quinta-feira, julho 05, 2007
A visita do psicopata político
O clima moral em Portugal é cada vez mais de triste resignação. As estatísticas retratam um país onde a depressão económica e as desigualdades se agravam: em dois anos o país perdeu cerca de cinquenta mil micro e pequenas empresas e desaparecerem mais de vinte mil empresários em nome individual. Perderam-se setenta mil negócios capazes de gerar emprego e dinamizar a economia. Os números são do Banco de Portugal.Como se isso não bastasse, assistimos a um pestilento clima de intimidação que serve de incubadora a todo o tipo de subserviências, oportunismos e tráficos de influências. Em 1974 havia em Portugal cerca de trinta mil informadores da PIDE. Hoje, 33 anos depois da instauração da democracia e 18 anos após a queda do Muro de Berlim, temos um governo de um partido socialista que, em vez de promover, como lhe incumbe, a tolerância, protege e estimula a bufaria. Nem no tempo da ditadura se chegou ao cúmulo de acusar e sanear funcionários públicos por fazerem em privado humor e comentários jocosos sobre Salazar, Caetano ou Tomaz. Existia até um género teatral que servia para isso mesmo.
No aviltante ambiente reinante, Pedro Lomba mostra-se preocupado com o mais que provável convite que José Sócrates se prepara para endereçar ao “incomparável psicopata político”, Robert Mugabe, para a cimeira União Europeia-África. Conclui Pedro Lomba: “Receber convidados não significa estender-lhes um tapete vermelho. Por isso, Sr. primeiro-ministro, convide lá o sinistro Mugabe e depois trate-o como ele merece”.
Ora aí é que está o problema: alguém está a imaginar José Sócrates a tratar um psicopata político como ele merece?
Etiquetas: África, Democracia
:: enviado por JAM :: 7/05/2007 05:43:00 da tarde :: início ::
1 comentário(s):
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Ainda ontem escrevi sobre isto, vou colar aqui a transcrição que coloquei no meu post, sobre outro psicopata:De Filipe Tourais, em julho 05, 2007 9:10 da tarde
«Sócrates renovou a vontade do seu país de se eluciadar das visões estratégicas do coronel Kadafi e da sua sabedoria, tendo em conta o lugar remarcável que beneficia o guia líbio em África e o seu papel pioneiro na consolidação da posição do espaço africano no seio dos outros espaços que compõem o mundo.» (Panapress)
Que é isto senão uma passadeira vermelha? Só falta mesmo propor uma condecoraçãozita como cidadão honorário.