quarta-feira, setembro 29, 2004
A maioria medrosa
Em Portugal nada pode ser grande. Até as maiorias são medíocres e medrosas. Medrosas do debate, medrosas das consultas populares, medrosas do escrutínio.
Na Assembleia da República é demais.
Discutir em comissão de inquérito a questão dos concursos de professores? NÃO.
Discutir as nomeações para a Caixa Geral de Depósitos? NÃO.
Discutir as chorudas aposentações de alguns? NÃO.
Na realidade vivemos numa democracia em que as elites, chulé e Channel nº5, vivem saudosas da ditadura.
Ai que saudades.
Caros amigos, companheiros, camaradas, colegas, companheiros, EU, se confiardes em mim, lutarei pela maioria absoluta.
E penso eu cá para os meus botões: Maioria absoluta perfeita é aquela que tenda para os cem por cento. Que conforto, que clareza, governar sem dar cavaco (que me perdoe o Aníbal). Esta obsessão pela maioria absoluta contrasta com a lógica difusa que impera, tudo é relativo, enfim, não seja tão negativo!
A realidade nua e crua é que, cada mês que passe haverá 450 portugueses que descontarão 10% do seu modesto vencimento médio de 400€ para que a Caixa Geralmente da Miséria de Uns e de Aposentações de Outros pague a Reforma do Senhor Ex-Qualquer Coisa da Caixa Geral de Depósitos.
Claro que é justo.
E não há bernarda.
Radicais mesmo, já só os livres e os latinos...
Na Assembleia da República é demais.
Discutir em comissão de inquérito a questão dos concursos de professores? NÃO.
Discutir as nomeações para a Caixa Geral de Depósitos? NÃO.
Discutir as chorudas aposentações de alguns? NÃO.
Na realidade vivemos numa democracia em que as elites, chulé e Channel nº5, vivem saudosas da ditadura.
Ai que saudades.
Caros amigos, companheiros, camaradas, colegas, companheiros, EU, se confiardes em mim, lutarei pela maioria absoluta.
E penso eu cá para os meus botões: Maioria absoluta perfeita é aquela que tenda para os cem por cento. Que conforto, que clareza, governar sem dar cavaco (que me perdoe o Aníbal). Esta obsessão pela maioria absoluta contrasta com a lógica difusa que impera, tudo é relativo, enfim, não seja tão negativo!
A realidade nua e crua é que, cada mês que passe haverá 450 portugueses que descontarão 10% do seu modesto vencimento médio de 400€ para que a Caixa Geralmente da Miséria de Uns e de Aposentações de Outros pague a Reforma do Senhor Ex-Qualquer Coisa da Caixa Geral de Depósitos.
Claro que é justo.
E não há bernarda.
Radicais mesmo, já só os livres e os latinos...
:: enviado por RC :: 9/29/2004 09:36:00 da tarde :: início ::
1 comentário(s):
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Já em Julho de 1867, José Estevão, parlamentar de Aveiro, escrevia:De , em setembro 30, 2004 3:42 da tarde
"Para mim é um grande absurdo isto da religião da maioria. A religião é da consciência e na consciência não há maioria nem minoria."
Resta perguntar se aqueles que apelam à maioria absoluta têm consciência?!