quinta-feira, outubro 21, 2004
Peixe miúdo
Até agora, o Pentágono sustentava que os abusos físicos e sexuais ocorridos na prisão de Abu Ghraib foram obra de algumas “maçãs podres” que agiram por iniciativa própria.
Em testemunho ao tribunal militar que julgou o sargento Ivan Frederick por cinco acusações de abusos, o capitão Donald Reese, um dos comandantes da polícia militar em Abu Ghraib, confirmou que a CIA conduziu algumas vezes o abuso, interrogando prisioneiros iraquianos à noite, quando a supervisão da prisão era mais baixa, e que foram recebidas ordens do comando militar para tornar os interrogatórios mais rigorosos no local. Reese disse que, para além da CIA, havia equipas de interrogadores do FBI, da inteligência militar e da polícia militar.
O soldado Kevin Kramer, da inteligência militar, declarou que recebeu um e-mail em Agosto, provavelmente antes dos abusos, exigindo que os interrogatórios fossem “mais duros”. O e-mail, lido no tribunal e aceite como prova, foi mandado por um capitão do quartel-general do comando em Bagdade pedindo aos militares que deixassem os interrogadores “tirar as luvas”. Kramer, acrescentou que, quando viram o e-mail, ficaram quase em estado de choque ao constatarem que, com ele, o comando militar dos EUA estava a violar as Convenções de Genebra.
O julgamento começou ontem numa base nos arredores de Bagdade e terminou nesta quinta-feira. Sentença : o sargento Ivan Frederick foi condenado a oito anos de prisão.
:: enviado por JAM :: 10/21/2004 07:20:00 da tarde :: início ::
1 comentário(s):
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A CIA retirou secretamente prisioneiros do Iraque, para os interrogar, depois de ter pedido ao Departamento de Justiça norte-americano um memorando que justificasse a medida, que viola as Convenções de Genebra, noticia hoje a TSF Online, citando o Washington Post.De , em outubro 24, 2004 5:45 da tarde
( 16:40 / 24 de Outubro 04 )