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terça-feira, outubro 26, 2004

A quimera do ouro negro

Mais de um bilião de chineses estão a dar entrada no mercado do petróleo. A explosão económica e o apetite em plena expansão dos automóveis, e doutras maquinas vorazes em energia, estão na origem do aumento vertiginoso das necessidades de petróleo na China. Como é que, neste contexto, poderemos esperar que os preços baixem?

Os chineses deixaram de exportar petróleo em 1993 e estima-se que as suas reservas não deverão durar mais do que 14 anos. Por isso, os seus dirigentes multiplicam os contactos com os principais países exportadores e, ao mesmo tempo, procuram investimentos na extracção de petróleo nos países que possuem campos petrolíferos mas que não têm meios para os explorar. Se a China foi um dos países que votou contra as sanções internacionais propostas pelo Conselho de Segurança da ONU contra o Sudão, pelas suas responsabilidades no genocídio do Darfur, foi porque os chineses acabaram de assinar um contrato de 15 mil milhões de dólares para explorar o petróleo sudanês.

Mas, dado que é impossível atingir em algumas dezenas de anos o nível tecnológico que as companhias petrolíferas tentam conseguir há mais de um século, a China é obrigada a comprar petróleo no mercado livre. Estão em curso negociações com a Rússia para a construção dum oleoduto ligando os campos de petróleo da Sibéria às refinarias de Daquing, no norte da China. Este projecto permitirá aumentar de 15% as importações chinesas. No entanto, a China está a ter outras dificuldades para encontrar investidores multinacionais para a construção de infra-estruturas de transporte e exploração de petróleo e gás natural no interior do país.

Entretanto, num contexto já fortemente conturbado pelos conflitos no Médio Oriente, as necessidades chinesas em petróleo não param de aumentar e vão continuar a pesar sobre o mercado, puxando os preços para cima. Segundo a Agência Internacional para a Energia, dentro de vinte anos, o consumo da China será da ordem de 21 milhões de barris por dia, ou seja, o equivalente do consumo actual dos Estados Unidos.

Fonte TIME Asia Magazine.

:: enviado por JAM :: 10/26/2004 01:37:00 da tarde :: início ::
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