quarta-feira, janeiro 12, 2005
Férias de Estado
Parece que o Ministro Morais Sarmento se quis demitir ontem (quis mesmo !?). Para além desta ideia peregrina de um Ministro se querer demitir de um Governo demitido, fica mais um episódio de reality show barato. O Ministro Morais Sarmento foi a São Tomé em visita oficial e aproveitou um (conveniente) buraco na agenda para ir a banhos no Príncipe. Na verdade, o episódio em si não tem nada de especial. Quem, dos que têm oportunidade para isso, não pensou já em combinar uma viagem profissional com umas férias subsidiadas pela empresa? O problema não está aí. Num país que banalizou o Doutor, ser Ministro passou, para alguns, a ser o patamar máximo da escala social. Com as mordomias que lhe estão associadas mas sem as obrigações.
Que eu passe uns dias de férias pagos pela empresa é um problema entre a minha pessoa e a empresa, que até me pode despedir se achar que ultrapassei algum limite. Que um Ministro faça o mesmo é porque perdeu a noção (se alguma vez a teve) do que é o serviço publico. O ordenado que os portugueses lhe pagam não são para passar férias disfarçadas de visita de Estado.
Não quero entrar em demagogias sobre os custos de ter governantes. No entanto, há limites que não se ultrapassam, sobretudo quando este tipo de episódio não é um caso isolado e faz parte de uma certa maneira de estar na política.
Morais Sarmento não percebe. Outros mais não o percebem (Vi ontem, na Sic Noticias, o jornalista(!?) Luís Delgado - que, creio, é agora empregado do governo - insurgir-se violentamente contra as criticas ao Ministro). Que eu saiba, ninguém obrigou o Sr. Sarmento a ser Ministro. O convite envaideceu-o e aceitou. Aproveitou as regalias e a exposição mediática e queixa-se. Morais Sarmento diz que não precisa de ser Ministro para viver e que vai voltar à vida profissional e privada. Que vá em paz e que fique por lá.
Que eu passe uns dias de férias pagos pela empresa é um problema entre a minha pessoa e a empresa, que até me pode despedir se achar que ultrapassei algum limite. Que um Ministro faça o mesmo é porque perdeu a noção (se alguma vez a teve) do que é o serviço publico. O ordenado que os portugueses lhe pagam não são para passar férias disfarçadas de visita de Estado.
Não quero entrar em demagogias sobre os custos de ter governantes. No entanto, há limites que não se ultrapassam, sobretudo quando este tipo de episódio não é um caso isolado e faz parte de uma certa maneira de estar na política.
Morais Sarmento não percebe. Outros mais não o percebem (Vi ontem, na Sic Noticias, o jornalista(!?) Luís Delgado - que, creio, é agora empregado do governo - insurgir-se violentamente contra as criticas ao Ministro). Que eu saiba, ninguém obrigou o Sr. Sarmento a ser Ministro. O convite envaideceu-o e aceitou. Aproveitou as regalias e a exposição mediática e queixa-se. Morais Sarmento diz que não precisa de ser Ministro para viver e que vai voltar à vida profissional e privada. Que vá em paz e que fique por lá.
:: enviado por U18 Team :: 1/12/2005 10:08:00 da manhã :: início ::