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quinta-feira, janeiro 13, 2005

Margens de erro

As sondagens podem ser dispositivos poderosos, como fachos de luz, capazes de ofuscar o discernimento dos eleitores, sobretudo dos mais indecisos. Permitem também afinar a estratégia dos partidos em função dos resultados divulgados. Sínteses numéricas de fácil compreensão, as sondagens têm a pretensão de conter a verdade das urnas, antecipando-a pela expressão “se a eleição fosse hoje...”, e nisso reside o seu potencial enquanto peças de propaganda.
Nas sondagens eleitorais um dos erros frequentes é entrevistar pessoas escolhidas entre as que passam pelos pontos mais movimentados das grandes cidades. É que existe um número maior de pessoas que raramente, ou nunca, passam por esses pontos. Se esses dois grupos tiverem opiniões diferentes sobre as eleições, os resultados finais serão totalmente distorcidos. Um exemplo curioso é o que nos revela o Afixe, em que, numa amostra não negligenciável de 260 votos, o PS aparece em primeiro lugar com 37%, logo seguido do BE, com 23%, e do PSD com 10%.
O público eleitor habituou-se, de tal modo, às sondagens, a discutir os seus resultados e a acompanhar a evolução dos seus candidatos através da comunicação social, que, hoje em dia, não se pode pensar em política sem pensar em sondagens.
Inspirado nos blogues que seguiram de perto as sondagens, nas recentes eleições americanas, nasceu o Margens de Erro do Pedro Magalhães, com o objectivo de recolher e analisar as informações sistemáticas que vão sendo publicadas. Aqui ficam as boas-vindas ao novo blogue e os votos de coragem porque, para trabalhar seriamente os números das sondagens, é preciso muito trabalho e precaução.
Já agora, participe também na nossa sondagem, mas lembre-se que uma eleição é o resultado da contagem de todos os votos. Nenhuma sondagem, por melhor que seja, substitui a eleição propriamente dita.

:: enviado por JAM :: 1/13/2005 11:15:00 da manhã :: início ::
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