BRITEIROS: São tantos que até já lhes trocam os nomes <$BlogRSDUrl$>








quinta-feira, janeiro 20, 2005

São tantos que até já lhes trocam os nomes

A falta de vergonha não tem limites. Entre o dia 30 de Novembro, data da queda do governo, e hoje, foram vários os casos de recrutamento para cargos como adjuntos de gabinete, secretárias ou chefes de gabinetes. Ao todo, foram publicados, no Diário da República, 2446 despachos de nomeação, de vária ordem.
Instado pelo Público a justificar esta pouca vergonha, Santana Lopes limitou-se a dizer: “Se o PS tivesse juízo, não falava nisso”.
Primeiro que tudo, impõe-se desde já a seguinte questão ao presidente do PSD: A resposta que deu foi para o PS. Mas, atendendo a que nem todos os portugueses são militantes do PS, como explica o PSD aos portugueses toda esta euforia de nomeações?

Mas, esta história não acaba aqui.
Santana Lopes ao acusar o PS, e o seu líder José Sócrates, de ter feito promoções de pessoas, em 2002, já depois da vitória do PSD nas legislativas, apontou o exemplo de Filipe Baptista, Inspector Geral do Ambiente, nomeado pelo então ministro Sócrates, já depois de Durão Barroso ter ganho as eleições.
O nome de Filipe Baptista revelou-se, porém, estar errado. Algumas horas mais tarde, Miguel Almeida, membro da comissão política nacional do PSD, lamentou a troca de nomes no discurso do primeiro-ministro, assumindo a sua própria culpa e afirmando que quem foi “nomeado [por José Sócrates] foi o Presidente do Instituto Geográfico Português, Carlos Mourato Nunes”, como consta “no Diário da República de 12 de Abril de 2002”.

O PS ainda está a tempo de prometer, no seu programa eleitoral, que não fará mais nomeações dos seus “boys” para os cargos públicos, ou então de propor a criação de uma Alta Autoridade fiscalizadora da competência dos titulares nomeados, como sugeriam os resultados da nossa anterior sondagem.
Quanto ao PSD, os portugueses que votarem neles sabem agora, de antemão, que estarão inequivocamente a apoiar a continuação do amiguismo, clientelismo, compadrio e empreguismo, ou seja, a continuação do assalto desenfreado aos tachos por parte dos militantes do partido.

:: enviado por JAM :: 1/20/2005 11:07:00 da manhã :: início ::
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