BRITEIROS: O trigo e o joio <$BlogRSDUrl$>








sexta-feira, março 18, 2005

O trigo e o joio

Muito raramente consigo ler um artigo de opinião com mais de 500 palavras. O tempo de lazer é cada vez mais curto e os artigos a ler são cada vez mais numerosos. Assim, logo que me deparo com um que ultrapassa nitidamente esse volume, ataco-o em diagonal, se o seu autor for conceituado, ou então passo imediatamente ao artigo seguinte. Acho que, neste aspecto, os espaços de opinião dos jornais são um pouco como os blogs: como os leitores têm diariamente uma longa lista de favoritos para ler, esperam encontrar posts curtos, concisos e objectivos.
Por isso, quando dou comigo a ler, palavra por palavra, do princípio ao fim, um texto com mais de 1200 palavras, apetece-me repetir aqui, pelo menos as últimas 130:

[...] Quanto ao resto, ainda não reparei se o professor Marcelo já começou a criticar o novo Governo, se Freitas do Amaral já virou pró-americano, se Luís Delgado ainda continua a chorar pelo “Pedro”, se Eduardo Prado Coelho já desistiu de fuzilar o Luís Delgado e de promover, semana sim semana não, Manuel Maria Carrilho a qualquer coisa, e se Jaime Nogueira Pinto já começou a “refundar a direita”, com base nos valores defendidos pelo “doutor Salazar” – Deus, Pátria, Família – acrescentados de um quarto, de sua lavra: “A Propriedade!”
O que eu queria mesmo agora é que chovesse sobre nós. Uma chuva densa, constante, dias a fio. Uma chuva que tudo lavasse, que devolvesse a esperança onde só há desilusão, que reanimasse todas as coisas verdadeiramente importantes. Uma chuva refundadora.

:: enviado por JAM :: 3/18/2005 01:13:00 da tarde :: início ::
3 comentário(s):
  • Não sei quem escreveu,
    mas...também eu!

    De Anonymous Anónimo, em março 18, 2005 7:56 da tarde  
  • O artigo integral está no nosso segundo caderno. O autor é Miguel Sousa Tavares, publicado pelo PÚBLICO.

    De Blogger JAM, em março 18, 2005 8:36 da tarde  
  • Quando inseri o 1º post aqui, ainda não tinha lido a coluna do M.S.T. no Público de 6ª feira. Aliás, è leitura que não dispenso. Embora às vezes não concorde com ele, acho que faz o género de coluna de opinião necessária neste país: opinião de rompe e rasga, de pôr merda na ventoinha, de criar poémica(s).

    De Anonymous Anónimo, em março 21, 2005 2:18 da manhã  
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