BRITEIROS: A primeira grande falta de chá <$BlogRSDUrl$>








sexta-feira, março 04, 2005

A primeira grande falta de chá

Eu sabia! Eu tinha a certeza! Só não esperava é que fosse feito de uma forma tão leviana quanto pueril, com tanta arrogância e nas páginas de um dos jornais de maior tiragem no país. Pedro Silva Pereira, qual candidato ao lugar de bronco de Morais Sarmento, resolveu confundir os partidos da oposição com a generalidade daqueles que votaram e insultar da forma mais primária os eleitores de todo um Distrito.
Com que necessidade? A campanha do ódio foi certamente uma dura prova, mas já lá vai, e agora é tempo de reconciliação e de unidade. Numa altura em que os seus principais opositores encostaram às boxes, rendidos, este artigo de opinião, vindo de quem vem, é de um despropósito assustador e um primeiro mau sinal para o futuro.
É evidente que o povo de Coimbra votou com a coração nas mãos, desejando, como toda a gente, dar uma lição ao PSD e ao PP e, ao mesmo tempo, temendo pelas ameaças que pairam sobre a sua saúde pública. O Sr. Silva Pereira usa os números de uma forma enganadora e deveria ter verificado que o distrito de Coimbra foi, de longe, aquele em que o PS menos subiu no cômputo geral do país e, particularmente da região centro (15 % em Coimbra, contra 30 % nos outros cinco distritos da região centro). Ora, isto quererá dizer alguma coisa. Isto sim, será uma lição.
Depois, os portugueses já mostraram que estão fartos de política de vendedor de banha da cobra. Não é, pois, por Coimbra ter dado, também ela, a maioria ao PS, que a co-incineração passou, de repente, a fazer bem à saúde.

:: enviado por JAM :: 3/04/2005 03:29:00 da tarde :: início ::
4 comentário(s):
  • O povo de Coimbra cumpriu a sua parte: votou. E, ao votar, votou, como os outros, nas eleições legislativas. Não num referendo à co-incineração. Ao votar, elegeu os seus deputados. Não um decreto-lei. A confiança depositada por todos os portugueses, de Norte a Sul, no PS, merece, em resposta, uma boa governação, de Norte a Sul, em Portugal.

    De Anonymous Anónimo, em março 04, 2005 5:52 da tarde  
  • Não me considero ainda suficientemente esclarecido sobre o assunto para me poder manifestar favorável ou opositor à técnica da co-incineração. Devo mesmo confessar que, não fora o enumerado de inconvenientes apresentado por um anónimo em "Na mesa do costume", e neste momento defenderia posições muito próximas das suas!
    Agora sobre o que motivou este seu post, entendo que aquele ilustre representante do PS não tem o direito de insinuar que Coimbra se tenha manifestado favorável à co-incineração, até porque é ele mesmo a referir que..."apesar das manobras de diversão, a população de Coimbra teve a lucidez de insistir em fazer o julgamento da desgovernação dos últimos três anos e de optar por premiar com o seu voto quem se apresentou nesta campanha com o que verdadeiramente conta para o futuro...".
    Convenhamos, no entanto, que foi a co-incineração um dos poucos temas em que ficou clara a opção de José Sócrates e não foi o PS que transformou o debate em Coimbra num "quase referendo" a essa opção!

    De Blogger pindérico, em março 04, 2005 6:50 da tarde  
  • O objectivo do meu post foi só apontar para a falta de tacto de alguém que tinha obrigação de ser mais responsável. Se é sabido que há perigos para a saúde pública, é irresponsável afirmar publicamente que não os há. E, muito menos, afirmar que os conimbricences votaram a favor do processo.
    Não pretendo voltar a escrever um longo tratado sobre o assunto, mas, neste momento, o mínimo que se espera do PS é que seja sério, e esta não foi a melhor forma de começar. Ser sério é falar abertamente dos perigos e garantir aos portugueses que :
    a) todos os controles serão assegurados;
    b) que não será só a CIMPOR a fazer os seus próprios controles;
    c) serão autorizadas medições surpresa por parte de técnicos exteriores de reconhecida idoneidade;
    d) ...
    A propósito, quanto ao enumerado de inconvenientes apresentado por um anónimo em "Na mesa do costume", agradeço a referência. A resposta já lá está, Na mesa do Costume.

    De Blogger JAM, em março 04, 2005 9:19 da tarde  
  • Só se engana quem se quer enganar, Zé. Já passaram 30 anos após a legalização do PS e ainda há gente que tem ilusões...
    No que é essencial, amigos, a diferença entre o PS e o PSD é a mesma que existe entre um funeral e um enterro.

    De Anonymous Anónimo, em março 07, 2005 11:11 da tarde  
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