terça-feira, outubro 25, 2005
Estado de medo
Agora é a gripe das aves que, no pior dos seus cenários, se poderia transformar numa pandemia capaz de matar milhares de pessoas num simples golpe de ar. Segundo Crichton, quando não encontramos um inimigo à nossa altura, acabamos por imaginá-lo e criá-lo à nossa imagem e semelhança, por forma a que o pânico acabe por dominar-nos a alma muito para além do sentido racional que temos das coisas.
Há que saber fazer a distinção entre o alarme que se deve pedir a uma população, perante um determinado perigo, e a propagação do pânico gratuito que desenvolveria a histeria colectiva irracional e instalaria a patologia do pânico, que do medo faz novos medos, os mesmos temores que acabam por limitar-nos e levar-nos à beira da destruição.
Esse Estado de Medo que descreve Crichton não pertence apenas ao mundo da ficção. Sofrem-no milhões de seres humanos em todo o mundo. Sabem-no os neurologistas, os cardiologistas, os psicólogos e os psiquiatras. E, de uma maneira geral, todos aqueles que sofreram alguma vez do contacto com o vírus do pânico.
:: enviado por JAM :: 10/25/2005 11:18:00 da manhã ::
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