quinta-feira, dezembro 15, 2005
O cheque britânico está careca
A Grã-Bretanha recebeu de Bruxelas um mínimo de 1.500 milhões de euros em 1995 e um máximo de 3.600 milhões em 1999. Mas em 2001 o cheque disparou para os 7.300 milhões; em 2002 alcançou os 4.900; em 2003 subiu para 5.100 e em 2004 voltou a subir, para 5.200. Entre 1984 e 2003, a Alemanha contribuiu com 167.800 milhões de euros líquidos, enquanto que a cota da Grã-Bretanha foi de 57.900, a da França 28.600, a da Holanda 25.900 e a da Itália 17.400. Suécia, Áustria e Finlândia pagaram entre 9.000 e 400 milhões de euros. Irlanda, Grécia, Espanha e Portugal foram beneficiários em termos líquidos.
É claro que todas essas contribuições não foram filantrópicas: foram uma contrapartida do desaparecimento das barreiras alfandegárias. Face ao preço pago, a Alemanha soube tirar partido da abertura dos mercados. A Grã-Bretanha não. Preferiu manter-se fora do Euro, o que lhe proporciona quase todos os benefícios e quase nenhum inconveniente. Por isso, não quer renunciar a um cheque que quebra o princípio de que cada um contribui em função dos seus recursos e recebe em função das suas necessidades.
Faz algum sentido que, quanto menor é a proporção dos gastos na política agrícola, maior é o valor do cheque britânico?
:: enviado por JAM :: 12/15/2005 05:18:00 da tarde ::


1 comentário(s):
-
Este cheque é uma questão de vida ou de morte política para Blair.De , em dezembro 16, 2005 10:22 da manhã
se ele o perde... tá frito. Por isso não pode ceder. É que já tem o "novo Blair" liberal nos seus calcanhares...