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domingo, dezembro 11, 2005

Quioto pode avançar


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A conferência das Nações Unidas para as alterações climáticas, que reuniu representantes de 190 países, em Montreal, conseguiu alcançar um acordo que poderá ser histórico. As metas iniciais de redução de emissões assinadas em Quioto, em 1997, poderão agora evoluir para novos compromissos de maior alcance e ambição.
Os países desenvolvidos sabem que, no futuro, os aguarda uma tarefa ainda mais árdua que a realizada até agora. A União Europeia pretende reduzir as emissões de gases de efeito de estufa entre 15 e 30% até 2020 e de 60 a 80% até 2050. Outro desafio importante consiste em conseguir que os países em vias de desenvolvimento assumam também compromissos para controlar as suas emissões, mesmo que numa primeira fase com caracter voluntário. Em troca, os países mais afectados podem pedir ajuda, sob a forma de transferência tecnológica e financeira.
Portugal reiterou a sua decisão de cumprir os seus compromissos, mesmo que para isso tenha que instaurar mais um imposto em 2006. Mas deverá para além disso fazer um enorme esforço, por ter demorado tanto tempo a aplicar medidas correctoras. No cenário mais optimista, Portugal aumentará em 42,2% as suas emissões de dióxido de carbono até 2012 (em relação a 1990), o pior desempenho da Europa dos 25.
Portugal não pode ultrapassar em mais de 27 por cento as emissões de gases de efeito de estufa entre 2008 e 2012. Caso não cumpra os limites, poderá ter de pagar 700 milhões de euros, até ao final, em licenças de emissão. Nesse cenário, é extremamente preocupante a falta de medidas concretas no plano nacional de alterações climáticas, que ponham a trabalhar em conjunto os diferentes ministérios implicados, as comissões coordenadoras das regiões e as autarquias.

:: enviado por JAM :: 12/11/2005 11:26:00 da manhã :: início ::
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