quinta-feira, janeiro 26, 2006
Ainda o rescaldo eleitoral
- A partir de agora, além do finado S. Lopes, outro ectoplasma vai andar por aí a arrastar correntes e a fazer figuras tristes: M. Soares.- Não há mé nem meio mé: o PS foi derrotado em toda a linha, foi cilindrado e humilhado, e, se apostaram num bloco politico central a alto nível, esqueceram-se de que as contradições no seio do poder dominante podem ser secundárias, mas, a prazo, são sempre desagregadoras.
- Quanto a Alegre, que vai ele fazer com as ilusões que despertou e embalou aos molhos, como os cravos?
- Provávelmente houve gente, para lá do seu eleitorado habitual, que ainda acreditou que J. Sousa poderia vir a ser o candidato mais votado à esquerda;
por outro lado, houve gente, do recém-conquistado eleitorado do B. E., que duvidou que o candidato Louçã fosse além do último resultado do seu partido, e, pelo sim pelo não, votou Alegre.
- Não votei em Garcia Pereira, mas não posso deixar de lastimar o tratamento de menoridade que lhe foi imposto durante a campanha eleitoral.
- Last but not the least, 37 % dos inscritos nos cadernos eleitorais não se deu ao trabalho de exercer o seu direito de voto e, dos que votámos, mais de metade escolheu um candidato com 10 anos de provas dadas: o povo é soberano, que Deus nos ajude e que o Diabo não nos desampare.
:: enviado por Manolo :: 1/26/2006 12:44:00 da manhã :: início ::
2 comentário(s):
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A pretexto do autoritarismo de Sócrates, a votação em Alegre traduziu todo o rancor acumulado contra Soares. Se dúvidas houvesse, os blogues aí estão, alguns a vazar bílis. Por singular, retenho a franqueza desabusada de Tiago Geraldo, no Notas Várias: reconhecendo que «A eleição de Alegre [...] seria um desastre para o regime», mesmo assim votou nele porque «queria ver Soares humilhado». Sem mais, num texto jubilatório da vitória de Cavaco. Portanto, não vale a pena extrapolar para o milhão. Ninguém vai sujar as mãos no vazadouro.De Carlos Alberto, em janeiro 26, 2006 10:36 da manhã
in:http://daliteratura.blogspot.com -
Se me é permitido, sugeria uma alteração na redacção da última linha, que rezaria então assim:" que o Diabo nos ajude e que Deus não nos desampare."De , em janeiro 26, 2006 6:35 da tarde
A razão de ser desta modificação reside na constatação de que só uma vacina diabólica nos poderá imunizar contra os "diabitos" que nos têm apoquentado ultimamente.
Quanto a Deus, esse coitado, deve estar farto deste povo que tão ingrato se tem mostrado e não mexerá uma palha para nos ajudar. Portanto... pelo menos que não nos desampare!!!