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quinta-feira, janeiro 26, 2006

Maior desnorte é impossível

Embora se tenha esquecido de pedir desculpas pela distracção, Sócrates continua a jurar que não sabia que Alegre estava a falar. Imagine-se o estado em que ficou o líder do PS na noite eleitoral: cego, surdo... só não ficou mudo porque não podia!
O PS funciona como um cardume de piranhas. Descobre uma vítima e atira-se a ela como se fosse o alimento essencial para a sua sobrevivência. Por exemplo, a Madame Castafiore do PS, Ana Gomes, já identificou cientificamente o culpado de todas as desgraças do partido: Alegre, claro. Sócrates, num gesto benemérito, já fez soar que não quer assassínios políticos em público. Já chega o que fez a Alegre, por distracção, na noite das eleições.
Assim, o PS de Sócrates não reflecte. Olha-se ao espelho. Faz-se de vítima: A candidatura de Manuel Alegre nasceu, não para dar voz aos cidadãos, não contra os partidos, mas sim contra, única e exclusivamente, o PS. Mais precisamente, o PS de José Sócrates, que, entre dois velhos militantes do partido, não teve outra escolha que não fosse apostar no mais velho. Tadinhos!...
Pacheco Pereira escreve [link não disponível] que, “pouco a pouco, os partidos políticos democráticos conhecem uma lenta, mas segura, dissolução. Assiste-se a uma mudança para outra coisa, menos poderosa, mais vulnerável, mais frágil”... Mas, se não for através de um partido ou de qualquer outra força organizada, o grito daquele milhão de votantes de muito pouco ou nada vai valer à nossa democracia.
Eduardo Prado Coelho, põe água na fervura e escreve [no mesmo jornal] que “os membros do PS não têm qualquer razão para deixarem de ser membros do PS e Alegre deverá regressar ao partido na plenitude dos seus cargos e funções”. Mas lembra também que “mais de um milhão de votos em Alegre é sinal que um certo número de coisas podem mudar”.
E Manuel Alegre? Tenciona fazer o quê? Ficar ou abandonar o PS?

:: enviado por JAM :: 1/26/2006 07:31:00 da tarde :: início ::
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