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sábado, fevereiro 18, 2006

Verde

“Verde que te quiero verde
verde viento verdes ramas
el barco sobre la mar
el caballo en la montaña…” escreveu Federico Garcia Lorca.
“Verdes são os campos
de cor de limão
assim são os olhos do meu coração…” escrevera, antes, Luís de Camões.
“Olhos verdes são traição
são cruéis como punhais…” cantava, já na nossa época, Francisco José.
Mais prosaicamente:
Verdes são os lagartos quando têm a coragem de não se dizerem leões.
Verdes são as uvas (“só os cães as podem tragar”) que a raposa da fábula não consegue alcançar.
Verdes são os ecologistas nos intervalos de estarem vermelhos de indignação por causa da progressiva destruição do nosso planeta azul.
Verde é agora a nova cor do banco do dr. Ricardo que, por sua vez, deve ter ficado verde de inveja do eng.º Belmiro por causa da opa sobre a Telecom.
Verde é a cor das bandeiras do Hamas, não sei se verde-vómito (o vómito, apesar de violento ou talvez até por isso mesmo, pode trazer alívio) ou verde-esperança.
E, sim, verde é a esperança. O poeta brasileiro Mário Quintana chamava-lhe irónicamente "urubu pintado de verde".

:: enviado por Manolo :: 2/18/2006 10:25:00 da tarde :: início ::
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