segunda-feira, julho 03, 2006
A pátria do fair-play
Eu sei que é só um jogo. Eu sei que um país (qualquer país) não terá menos desemprego, não terá menos injustiça social, não terá melhores contas públicas mesmo que seja campeão do mundo de futebol. Mas também sei que, sobretudo para quem gosta de futebol, é difícil passar ao lado de um Campeonato do Mundo. E é ainda mais difícil quando o percurso da equipa do meu país consegue unir um grupo de pessoas que partilha a mesma língua, a mesma História e a mesma cultura numa emoção que as palavras não conseguem descrever.
Por gostar muito de futebol e por saber que a euforia da vitória está ao lado da depressão da derrota à mercê de uma bola que entra ou não numa baliza, entristece-me ver este tipo de reacções. E fico ainda mais triste quando vem do país que não só inventou o futebol como também inventou o fair-play, conceito fabuloso para quem pensa que as relações humanas não são um combate de sobrevivência.
Eu sei que não se pode generalizar. Eu sei que num país (qualquer país) há de tudo. Eu sei que num país em que a liberdade é defendida até onde for preciso, o preço dessa liberdade é ter de conviver com estas coisas. Mas também sei que deve haver limites para tudo e que o futebol não é isto. E também sai que são idiotices como esta que podem levar a actos como este. Enfim, há que ter algum fair-play para estes ingleses ...
:: enviado por U18 Team :: 7/03/2006 12:43:00 da tarde :: início ::