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sexta-feira, agosto 25, 2006

Homem rico, homem pobre

A Espanha está a enfrentar 2 problemas bicudos: um fora de portas, nas suas fronteiras a Sul (Melilla, Canárias, estreito de Gibraltar) com os emigrantes ilegais sub-saharianos, e o outro portas adentro com os bascos.
O problema com o nacionalismo não é exclusivo da Espanha na Europa: a França tem um problema idêntico na Córsega; a Itália tem a Liga do Norte; e que dizer da esfrangalhada ex-Jugoslávia e dos países da ex-URSS em que variadas minorias étnicas querem a independência? Há até um caso, o Montenegro, habitado por gentes que em nada de essencial (História, religião, língua) se distinguem das gentes que habitam a Sérvia e que se tornou independente deste país para, num futuro próximo, se poder integrar na CE.
Por sua vez, a questão da migração ilegal dos pobres para os países supostamente ricos também não é exclusivo da Espanha nem na Europa nem no mundo. Na América, por ex., muitos mexicanos e sul-americanos tentam passar a fronteira e fixar-se nos Estados Unidos. A Itália, que fica mais longe de África do que a Espanha, também não tem ficado de fora: ainda recentemente ocorreu mais um naufrágio de emigrantes ilegais africanos junto à ilha italiana de Lampedusa. Esta fronteira, que os pobres querem passar a qualquer preço e os ricos querem estanque custe o que custar, existe, inclusive, dentro dos países supostamente ricos: na Itália, a Liga do Norte quer separar a região rica a que chamam Padânia do resto do país, menos rico. E, voltando ao inicio deste post, na Espanha os independentistas bascos querem separar-se do resto do país para não terem de ser solidários com as regiões mais pobres, como, por ex., a Andaluzia e a Extremadura.
Como diria o outro: isto anda tudo ligado.

:: enviado por Manolo :: 8/25/2006 12:47:00 da manhã :: início ::
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