terça-feira, agosto 22, 2006
"O medo vai ter tudo, quase tudo, e, cada um por seu caminho, havemos todos de chegar, quase todos, a ratos" Alexandre O'Neill
Qualificar de “democracia militarizada” o Estado israelita, como faz George Monbiot no texto aqui trazido pelo JAM no seu post de ontem, não é propriamente uma novidade, um achado. Eu diria mesmo que é descobrir a cana do foguete…As próprias circunstâncias que rodearam e condicionaram a criação de Israel explicam o papel desde sempre ali atribuído aos militares.
E se é verdade que, ganhando ou perdendo, o papel dos militares só tem saído reforçado (em caso de vitória, por motivos óbvios; em caso de derrota, porque esta cria ainda mais insegurança à população civil), não é menos verdade que também não ajuda nada o facto de Israel estar cercado de inimigos, alguns dos quais não aceitam a sua existência e prefeririam apagá-lo do mapa.
O medo é mau conselheiro.
E isto vale tanto para os israelitas como para todo o mundo que, após o 11 de Setembro, vive em paranóia entre 2 fogos: de um lado, os vários actos terroristas (cujos supostos autores acabam sempre pulverizados, levando espíritos mais desconfiados a pensar em queima de arquivos…); do outro lado, os vários governos, encabeçados pela administração Bush, que, pretextando defender-nos do terror avulso, empregam o terror de Estado, através da guerra e da limitação cada vez mais descarada das nossas liberdades e direitos.
:: enviado por Manolo :: 8/22/2006 11:10:00 da tarde :: início ::