sábado, setembro 09, 2006
11 de Setembro
Quando o calendário se aproxima do tão fatídico dia, é bom não esquecer o criminoso golpe de estado levado a cabo no Chile, nesse dia de 1973. Um Presidente democraticamente eleito é barbaramente deposto pela camarilha fascista de Pinochet, com o apoio declarado dos E.U.A.
A imagem do Palácio de La Moneda, em chamas, é bem o retrato do monstruoso crime cometido.
Hoje, quando os escrivas de serviço do capitalismo se preparam para somente trazerem à "tona de água" o outro, é bom gritar-lhes:
Nós temos memória e não esquecemos!!!
E, com ARY dos SANTOS, dizer-lhes:
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Foram não sei quantos mil
operários trabalhadores
mulheres ardinas pedreiros
jovens poetas cantores
camponeses e mineiros
foram não sei quantos mil
que tombaram pelo Chile
morrendo de corpo inteiro.
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Nas suas almas abertas
traziam o sol da esperança
e nas duas mãos desertas
uma pátria ainda criança
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Gritavam Neruda Allende
davam vivas ao Partido
que é a chama que se acende
no Povo jamais vencido
– o Povo nunca se rende
mesmo quando morre unido.
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Alguns traziam no rosto
um ricto de fogo e dor
fogo vivo fogo posto
pelas mãos do opressor.
Outros traziam os olhos
rasos de silêncio e água
maré-viva de quem passa
Uma vida à beira-mágoa.
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Mas não termina em si próprio
quem morre de pé. Vencido
é aquele que tentar
separar o povo unido.
Por isso os que ontem caíram
levantam de novo a voz.
Mortos são os que traíram
e vivos ficamos nós.
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Viva ALLENDE!!!
Viva o heróico Povo Chileno!!!
