quinta-feira, setembro 21, 2006
Perguntar não ofende (28)
Para provar que o Islão não é violento, será assim muito inteligente ameaçar de morte aqueles que afirmam que o é?
:: enviado por U18 Team :: 9/21/2006 03:56:00 da tarde :: início ::
3 comentário(s):
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Depois de tantas explicações, feitas por tanta gente, em tantas línguas, por esse mundo fora, parece que já toda a gente compreendeu que afinal o papa não visava os muçulmanos, mas sim os ateus. A matéria da famosa aula de Ratisbona era, dizem os teólogos, a fé e a razão.De JAM, em setembro 22, 2006 3:42 da tarde
Pois bem, em primeiro lugar, parece-me evidente que, em todas as religiões, quanto maior é a fé, menor é a razão. Por isso, se o papa visava os ateus, escolheu muito mal a matéria. Em segundo lugar, quem não se lembra do ditado: “em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”. É aí que entram os islamistas violentos.
O problema do Islão actual não é, como dizia Manuel II Paleólogo, a essência tumultuoso dos seguidores de Mahomet, mas sim este estado actual das coisas que tem transformado as relações entre cristãos e muçulmanos, já não numa relação entre exploradores e explorados, do tempo das colónias, mas, mais do que isso, numa relação ente “humilhadores” e humilhados.
Por isso, enquanto nas casas dessas enormes hordas de muçulmanos, que nem o Corão leram, houver miséria e não houver pão, ... não só não são eles o melhor exemplo para opor a fé à razão, mas também o chefe da igreja católica não é a figura mais bem colocada para lhes atirar a primeira pedra, no que toca ao uso da espada. -
Só falta ao comentário de «Jam» dizer que é legítimo continuar a matar em nome de Deus, só porque há injustiças, humilhações «históricas», problemas políticos por resolver. Como diz JPP no Abrupto, ainda vem que o papa disse o que disse. Não podemos continuar a ter como válido aquilo que ofende a Razão, sem colocarmos em questão as bases duma humanidade civilizada.De Manuel, em setembro 24, 2006 11:15 da manhã
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Manuel:De JAM, em setembro 24, 2006 12:36 da tarde
A razão quando nasce é para todos. É claro que não é legítimo matar em nome de Deus. Mas isso é igualmente válido para muçulmanos, para cristãos e para judeus.
Toda a gente sabe que a razão da guerra no Iraque não foram as armas de destruição maciça. De igual modo, a razão da guerra no Líbano era supostamente matar terroristas e afinal matou mais de mil civis inocentes. Não nos iludamos: nenhum deles mata em nome de Deus. A razão de todos esses assassinos tem muito pouco a ver com a respectiva fé.