"[...] Esta ideia ocorreu-me ao ler a sintética literatura que acompanhou a assinatura do acordo entre o Estado português e o Estado moçambicano sobre a transferência de propriedade da barragem de Cahora Bassa. Nem uma só vez foi referida a percentagem que os encargos acumulados com essa barragem representam na dívida pública da República portuguesa. Que me recorde, só um estudo de Abel Moreira Mateus no princípio dos anos 80 ousou referir que então esses encargos representavam "cerca de 50% da dívida pública directa" (in Caderno 5 do IED, 1982, p. 103). Seria um bom serviço que a Direcção-Geral do Tesouro difundisse a evolução desses números,[...]"

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