quinta-feira, novembro 09, 2006
Greve
Hoje e amanhã são dias de greve na função pública. Muitos ouvirão a TSF e as várias televisões. Haverá as habituais entrevistas às velhinhas que ficaram sem consultas e aos cidadãos impolutos que queriam pagar os seus impostos, mas foram impedidos pela greve. Malandragem que protesta por tudo e por nada. Motivações políticas. A conversa do costume.
A realidade é bem clara e só não vê quem não quiser. A generalidade dos serviços públicos à população são prestados por pessoas, não existe ainda o serviço público caixa multibanco. São as pessoas que recolhem o lixo, que ensinam, que tratam, que cobram impostos, que acorrem em socorro de quem precisa em momentos de catástrofe...
Todos os especialistas são unânimes em concordar que a qualidade dos serviços públicos depende da qualidade das organizações e das legislações enquadradoras. Ora não são os funcionários que decidem estas coisas. Os funcionários são soldadinhos num exército que só os políticos (quase sempre os mesmos) controlam e regulam.
Agora todos sacodem a água do capote. Na televisão é vê-los, com duas ou três reformas milionárias no bolso, a falar de como se justificam os sacrifícios pedidos aos portugueses. De barriga cheia os sacrifícios dos outros são sempre coisa virtuosa.
Daqui a umas horas lá estarão os sindicatos e o governo a fazer a farsa vergonhosa dos números da greve, como se isso tivesse alguma relevância. Todos os que não fizerem greve serão contados como apoiando o "rumo" do despedimento encapotado de 80000, que virão antes dos 200000 que deseja a direita portuguesa. Claros que se esquecerão de contar os medos e as ameaças. E é confrangedor ver a inocência dos que pensam que, um dia, com menos um terço de funcionários, os serviços prestados serão melhores. Enfim, inocências...
A vanguarda do neoliberalismo de esquerda, conhecido por esquerda moderna, diz que conhece o rumo, mas até agora ainda só nos deu suspeição e divisão social... Cá estaremos para ver...
Os homens superiores libertam-se dos consolos do rebanho, ou não celebrássemos, de entre os nossos avós, a voz dos que souberam ser egrégios.
A realidade é bem clara e só não vê quem não quiser. A generalidade dos serviços públicos à população são prestados por pessoas, não existe ainda o serviço público caixa multibanco. São as pessoas que recolhem o lixo, que ensinam, que tratam, que cobram impostos, que acorrem em socorro de quem precisa em momentos de catástrofe...
Todos os especialistas são unânimes em concordar que a qualidade dos serviços públicos depende da qualidade das organizações e das legislações enquadradoras. Ora não são os funcionários que decidem estas coisas. Os funcionários são soldadinhos num exército que só os políticos (quase sempre os mesmos) controlam e regulam.
Agora todos sacodem a água do capote. Na televisão é vê-los, com duas ou três reformas milionárias no bolso, a falar de como se justificam os sacrifícios pedidos aos portugueses. De barriga cheia os sacrifícios dos outros são sempre coisa virtuosa.
Daqui a umas horas lá estarão os sindicatos e o governo a fazer a farsa vergonhosa dos números da greve, como se isso tivesse alguma relevância. Todos os que não fizerem greve serão contados como apoiando o "rumo" do despedimento encapotado de 80000, que virão antes dos 200000 que deseja a direita portuguesa. Claros que se esquecerão de contar os medos e as ameaças. E é confrangedor ver a inocência dos que pensam que, um dia, com menos um terço de funcionários, os serviços prestados serão melhores. Enfim, inocências...
A vanguarda do neoliberalismo de esquerda, conhecido por esquerda moderna, diz que conhece o rumo, mas até agora ainda só nos deu suspeição e divisão social... Cá estaremos para ver...
Os homens superiores libertam-se dos consolos do rebanho, ou não celebrássemos, de entre os nossos avós, a voz dos que souberam ser egrégios.
:: enviado por RC :: 11/09/2006 09:32:00 da manhã :: início ::