sábado, maio 12, 2007
Até o Quim Barreiros seria menos embaraçoso
O Festival da Eurovisão é um daqueles programas que ninguém confessa ver mas que todos acabamos por seguir mais ou menos atentamente.Anteontem, foi o que me aconteceu. Com um olho na televisão e outro noutra coisa qualquer.
Não aprecio particularmente o estilo de música mas, confesso, que nesta ancestral competição entre os povos europeus e sendo a guerra hoje em dia bastante mal vista, a batalha das canções tem o seu quê de interessante.
Guardando as devidas distâncias e a relativa importância da coisa, creio que, apesar de tudo, algo se transmite da imagem de um país na escolha de uma canção e de representante para ser visto por um terço da população do continente.
O certame desenrolava-se como habitualmente até que... bem, até que... apareceu a representação portuguesa. Eu quero acreditar no Prof. Cavaco e no licenciado Sócrates. Juro que quero. Quero acreditar que o país é moderno, virado para o futuro e inovador. Quero acreditar na nossa excelência, nos nossos êxitos além fronteiras e na nossa importância para o mundo.
Só que... como é que hei-de explicar? Só que, quando na mosca estava escrito “Portugal”, apareceu no aparelho um grupo de pessoas vestidos como estava na moda entre Abril e Maio de 1987, uma coreografia do género que a minha filha faz na escola primária e uma rapariga, de que desconhecia a existência, a cantar algo numa língua que não percebi exactamente qual era, com um acompanhamento musical que esteve em voga nos anos 80.
Lembro-me, vagamente, de a Albânia, a Roménia e a Moldávia, terem uma representação assim na primeira vez que concorreram. Creio também que, uma vez, a Arménia apresentou algo do mesmo estilo.
Até o Quim Barreiros seria menos embaraçoso.
:: enviado por U18 Team :: 5/12/2007 11:15:00 da tarde :: início ::