quarta-feira, maio 16, 2007
“Controlo da corrupção”, diz Camilo
Esta crónica de Camilo Lourenço, no Jornal de Negócios, das duas uma, ou revela escassez de discernimento ou então uma dose de avassalamento excessiva.Só três comentários aos argumentos do cronista: primeiro, a prova de que em Portugal não são precisos círculos uninominais para eleger governos maioritários é que nós temos precisamente um governo maioritário que não precisou dos ditos círculos para existir.
Segundo, a democracia serve, entre outras coisas, para castigar o partido — por definição mais responsável do que os políticos que o compõem — que tendo tido as condições de governabilidade, ou não governou, ou... governou-se.
Finalmente, Camilo Lourenço — que se considera mais iluminado que os outros — escreve que “os círculos uninominais aproximam eleitos e eleitores (ajudaria a ultrapassar o divórcio entre políticos e populações !!!); os grandes avanços do país, a vários níveis, aconteceram com governos mono partidários (Cavaco !!! e, agora, Sócrates !!!); há formas de controlar a corrupção (sublinhados meus): v.g. declarações de rendimento e património (além de outras?)”. Oh meu caro senhor: não lhe bastam os exemplos — alguns deles ilustres reeleitos — de Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras, Armando Vara, Pina Moura, Isaltino de Morais, Avelino Ferreira Torres, Carmona Rodrigues, Pinto da Costa... Oh perdão, este senhor não é do mesmo clube...
:: enviado por JAM :: 5/16/2007 11:17:00 da manhã :: início ::