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quarta-feira, janeiro 26, 2005

Quid dos programas culturais?

« Suicide Spud » – escultura cerâmica de Dan Hennig

Em Dezembro estive para escrever sobre o acto insólito que terá levado uma empregada da limpeza a deitar para o lixo uma obra do Centro de Arte e Espectáculos da Figueira da Foz constituída por 17 pedaços de um lavatório de cerâmica da autoria de Jimmie Durham. A infeliz que a lançou para um contentor achou que se tratava de lixo de obras a decorrer no centro.
O DN repete agora esta história, a propósito de um acto idêntico, desta vez perpetrado por três alemães que trabalham na recolha do lixo em Frankfurt, que destruíram e incineraram uma escultura de Michael Beutler, instalada numa rotunda daquela cidade. Neste caso, os responsáveis foram “condenados” a frequentar um curso de Apreciação de Arte.
Estes, e outros episódios do mesmo teor de que nos conta o mesmo artigo, deveriam ser motivo de reflexão, no momento em que procuramos eixos de mudança, para uma maior valorização da formação (e informação) artística, integrada em objectivos culturais a levar a cabo pelos nossos próximos governantes, e que deveriam constar dos respectivos programas.
É certo que, se por um lado uma obra artística é uma espécie de reformulação dos conceitos estabelecidos, levando a que se não é bem um conceito estabelecido então poderá ser eventualmente lixo, não nos devemos esquecer que arte é também tudo o que é feito pelo homem com a intenção de provocar uma emoção de ordem estética. E é aqui que entram em acção os tais objectivos culturais que deveriam desenvolver os estímulos dessas mesmas emoções de ordem estética nas pessoas.

:: enviado por JAM :: 1/26/2005 03:48:00 da tarde :: início ::
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