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terça-feira, janeiro 25, 2005

Maturidade

Há, sem sombra de dúvida, bastante exagero no post de Pedro Oliveira, ao dizer que, sob o efeito do choque das palavras de Louçã, muitos eleitores confessos do Bloco de Esquerda manifestaram já a sua intenção de deixarem de o ser. Se as intenções de voto se pautassem pelas afirmações menos felizes dos políticos, já não existiriam, por certo, eleitores neste país, nem neste mundo. Que o diga George W. Bush...
Para quem ainda não viu, Francisco Louçã, confessa-se hoje nas páginas do Público. Na minha opinião, por detrás das críticas agora feitas a Louçã, escondem-se muitas hipocrisias desta nossa sociedade do século XXI. A questão do aborto é uma delas. Como aqui escrevemos, há já alguns meses, na sociedade competitiva em que vivemos, cheia de desigualdades, as mulheres devem ter opção. Opção a uma maternidade desejada, porque uma criança tem de ser desejada, amada e acarinhada. Opção à sua dignidade. Opção a ter opção. Não é, afinal, esta capacidade de opção que distingue a VIDA dos seres humanos, da vida dos protozoários, dos cogumelos, dos caracóis ou dos carneiros?

:: enviado por JAM :: 1/25/2005 01:42:00 da tarde :: início ::
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