Depois de o Parlamento ter aprovado, primeiro (!?), a Constituição Europeia, os luxemburgueses confirmaram-no, em referendo: 56,5% SIM/44,5% NÃO. O voto é obrigatório pelo que não há abstenção.
Claro que este “Sim” não tem nada que ver com “razões internas”: não tem nada que ver com a chantagem do Primeiro-Ministro (o único político luxemburguês com alguma “envergadura”) de se demitir em caso de “Não”; não tem nada que ver com o facto de a maioria dos luxemburgueses trabalharem, ou quererem trabalhar, no sector público; não tem nada que ver com o facto de a economia estar bem, o desemprego baixo e o Luxemburgo beneficiar das deslocalizações.
É claro que este “Sim” se deve apenas ao facto de os luxemburgueses terem, todos, lido a Constituição e a acharem meritória.

O voto luxemburguês – que é, democraticamente, tão válido como qualquer outro “Sim” ou “Não” – vai dar um pouco de vida ao estado comatoso da Constituição e vai dar uma nova esperança aos que a esperam fazer passar mesmo que haja países que tenham votado contra.
Veremos que “peso” terá este “Sim”.
Entretanto, temo que vou ter que desenterrar o “monstro” (como diria o prof. Cavaco) do fundo da gaveta onde guardo os monos e continuar com os artigos sobre a dita.