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sábado, fevereiro 04, 2006

A memória pode ser uma arma

Por um lado, o tempo passa a correr e esta voragem tudo reduz a cinzas e a nada em menos de um fósforo. Por outro lado, o mundo é uma aldeia (global) e, por todo o mundo, os acontecimentos sucedem-se velozmente uns aos outros, tão velozmente e em tanta quantidade que se encobrem uns aos outros como biombos, os de hoje encobrem os de ontem e os de amanhã hão-se encobrir os de hoje. Além disso, é duvidoso que a capacidade do cérebro e, sobretudo, da sensibilidade humana, consiga processar devidamente todos estes inputs. E, muitas vezes, para não estoirarmos os fusíveis com uma carga tão grande, ligamos à terra, esquecemos ou fazemos por isso.
Mas a memória também pode ser uma arma (pelo menos para nossa legitima defesa). Vejamos, por exemplo:
Agora que o frio e até a neve (esta nos sítios mais inesperados, como Évora, Lisboa, Algarve…) estão aí fora de portas, quem se lembra ainda do inferno dos incêndios dos Verões passados?
Agora que se fala em ressuscitar a ideia do nuclear em Portugal, quem ainda se lembra de Chernobyl (1986)?
Quem ainda se lembra e que é feito de Alfredo Pequito, esse mesmo, o do caso Bayer (1998)? Em 19.10.2003, Pequito acusara o Presidente da República de ter promulgado uma amnistia de penas que acabou por beneficiar (também) a Bayer, empresa representada pelo escritório de advogados de que fazia parte o próprio Jorge Sampaio.
Que é feito de Felícia Cabrita, a jornalista que levantou o véu sobre o caso Casa Pia?
Que é feito da queixa enviada pela Comissão Nacional de Eleições para o Ministério Público por causa das declarações de Jardim em actos oficiais, durante a campanha para as autárquicas, apelando ao voto e ameaçando eleitores?
E o Pina Moura já ganhou vergonha na cara ou ainda continua como deputado, pago pelos nossos impostos, a tratar da sua vidinha?...

:: enviado por Manolo :: 2/04/2006 05:58:00 da tarde :: início ::
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