segunda-feira, março 27, 2006
Há 37 anos, falecia Mário Sacramento
Nasceu em Ílhavo em 1920, tendo cursado medicina na Universidade de Coimbra. Pelo exercício da sua actividade profissional, desde cedo procurou Aveiro, aqui se radicando em 1957. Humanista de coração e seguindo uma linha ideológica marxista, desde cedo se afirmou como opositor à governação salazarista, advindo-lhe daí várias prisões e prejuízos sociais e económicos. Figura de militância no Partido Comunista Português, esteve sempre presente (vivo ou morto) nos Congressos de Oposição Democrática realizados em Aveiro. Morreu em 1969 (27/03/69) .Temido pela força dos seus escritos que tantas vezes foram de difícil publicação pela acção controladora da PIDE, ainda assim deixou importantes contributos literários que, em grande parte, só viram a luz do dia após a sua morte. Desses contributos salientam-se: Na ante- câmara de Eça de Queirós (1943); Fernando Pessoa - poeta da hora absurda (1953); Fernando Namora - o Homem e a obra (1967); Há uma estética Neo-realista? (1968); Carta Testamento (1973); Diário (1975); Palavras de Mário Sacramento (1984);
Após o 25 de Abril, o seu nome emergiu como bandeira da resistência, em diversas homenagens póstumas, figurando hoje na toponímia da sua cidade natal (Ílhavo) e na cidade que o acolheu como seu filho (Aveiro).
Após o 25 de Abril, o seu nome emergiu como bandeira da resistência, em diversas homenagens póstumas, figurando hoje na toponímia da sua cidade natal (Ílhavo) e na cidade que o acolheu como seu filho (Aveiro).
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Na sua Carta - Testamento, a terminar, escreveu: "Façam um mundo melhor,ouviram? Não me obriguem a voltar cá!.
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Lamentavelmente camarada, hoje mais que nunca, estamos à tua espera!!!
:: enviado por ja :: 3/27/2006 05:45:00 da tarde :: início ::
2 comentário(s):
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Ironia do "destino"!!!De ja, em março 27, 2006 8:08 da tarde
Foi hoje a enterrar o ilhavense José Gouveia, camarada de luta,de partido e de prisão de Mário Sacramento.Com ele desaparece mais um pedaço da memória viva da longa noite fascista que, durante mais de 40 anos, se abateu sobre a nossa Pátria.
Ficámos mais pobres, mais uma vez, mas, para nós...os mortos caminham a nosso lado!!!
Por isso...AVANTE!!! -
Bem haja o João Almeida pela evocação. Não teremos que forçosamente ter ficado mais pobres;a nossa responsabilidade em seguir o exemplo dos camaradas é que se torna mais imperiosa.De Mocho Sábio, em março 28, 2006 1:09 da manhã