domingo, maio 20, 2007
O silêncio
Como disse alguém, é preciso vencer este silêncio velho. José Medeiros Ferreira, no Bicho Carpinteiro, escreve hoje um post absolutamente demolidor. Se ainda houver por aí algum responsável do Partido Socialista que acredite nos valores da esquerda, um afirmação destas, por parte de um respeitado português e socialista, deveria perturbar o olímpico silêncio.
Não deveriam os militantes, os que votam, os que vão aos jantares, os que abanam as bandeirinhas, os que pagam as quotas, merecer mais?
Os silêncios do regime
Lá consegui os jornais e li artigo do VPV no Público.VPV indigna-se, e bem, com a história de um professor de inglês que foi suspenso pela directora regional da educação do norte por ter feito «um comentário jocoso» sobre a licenciatura do primeiro-ministro.É obvio que a senhora se excede e merece uma cura de bom senso.Mas não tem razão o Vasco quando diz que nem no tempo do salazarismo acontecia uma prepotência desse género.Acontecia, e cito o processo disciplinar que me expulsou de todas as Universidades Portuguesas por 3 anos, em 1965, por ter usado um tom jocoso!
«O tom jocoso da sua fala transparece claramente da fotografia junta a fls423, e é confirmado sem hesitação pelo funcionário(x) e pelo estudante(y)»
Como escreveu o saudoso Salgado Zenha, futuro fundador do PS, no meu recurso:
«Esta história do tom jocoso não deixa de ter a sua graça...»(in Salgado Zenha, Jorge Sampaio, Jorge Santos, Universidade-Processo de uma expulsão disciplinar Lisboa 1967,pp77-79)
Como se constata desta vez até o regime anterior fazia o mesmo!Só nos faz falta o Salgado Zenha para nos rirmos amargamente.
posted by josé medeiros ferreira @ 15:48
Não deveriam os militantes, os que votam, os que vão aos jantares, os que abanam as bandeirinhas, os que pagam as quotas, merecer mais?
Os silêncios do regime
Lá consegui os jornais e li artigo do VPV no Público.VPV indigna-se, e bem, com a história de um professor de inglês que foi suspenso pela directora regional da educação do norte por ter feito «um comentário jocoso» sobre a licenciatura do primeiro-ministro.É obvio que a senhora se excede e merece uma cura de bom senso.Mas não tem razão o Vasco quando diz que nem no tempo do salazarismo acontecia uma prepotência desse género.Acontecia, e cito o processo disciplinar que me expulsou de todas as Universidades Portuguesas por 3 anos, em 1965, por ter usado um tom jocoso!
«O tom jocoso da sua fala transparece claramente da fotografia junta a fls423, e é confirmado sem hesitação pelo funcionário(x) e pelo estudante(y)»
Como escreveu o saudoso Salgado Zenha, futuro fundador do PS, no meu recurso:
«Esta história do tom jocoso não deixa de ter a sua graça...»(in Salgado Zenha, Jorge Sampaio, Jorge Santos, Universidade-Processo de uma expulsão disciplinar Lisboa 1967,pp77-79)
Como se constata desta vez até o regime anterior fazia o mesmo!Só nos faz falta o Salgado Zenha para nos rirmos amargamente.
posted by josé medeiros ferreira @ 15:48
:: enviado por RC :: 5/20/2007 07:38:00 da tarde :: início ::
1 comentário(s):
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QUEM TEVE A INFELICIDADE DE LIDAR COM A "VÍTIMA" FERNANDO CHARRUA, QUANDO ELE ERA REI E SENHOR NA DREN E PERSEGUIA QUEM NÃO ESTAVA NAS BOAS GRAÇAS DO PODER AUTÁRQUICO E DAVA COBERTURA ÀS ILEGALIDADES DOS SEUS PROTEGIDOS NAS ESCOLAS, SÓ PODE SORRIR DIANTE DO PERCALÇO DESTE INDIVÍDUO. AFINAL DE CONTAS PARECE QUE ALGUÉM ACABOU POR ESCREVER DIREITO POR LINHAS TORTAS.De , em maio 22, 2007 12:43 da manhã