BRITEIROS: canção para um natal <$BlogRSDUrl$>








terça-feira, dezembro 11, 2007

canção para um natal

porque tudo é egoísmo
porque é grande a solidão
porque é bela a poesia
porque é doce a ilusão

inventámos o natal

e gritamos
o amor inexistente
num cenário todo neve
em auto-satisfação
e falamos
do tal poeta que um dia
veio criar o poema
do amor revolução

mas depois
a noite longa
vai trazer a madrugada
e nós vamos ser covardes
e o tudo será nada.

porque o barco vai perdido
porque o leme vai quebrar
porque as velas vão cansadas
porque é urgente aportar

vamos fugir do natal

e vamos todos à rua
marinheiros naufragados
saudade feita canção
gritar que o amor nasceu
que o amor tem que nascer
porque é preciso viver
para além da ilusão.


vieira da silva

in "MARGINAL (poemas breves e cantigas)

:: enviado por vieira da silva :: 12/11/2007 04:05:00 da manhã :: início ::
1 comentário(s):
  • Líder líbio acusa europeus de não respeitarem africanos
    Kadhafi confronta países ocidentais com direitos dos imigrantes
    11.12.2007 - 18h38 AFP
    O dirigente líbio Mouammar Kadhafi disse hoje aos países ocidentais que “antes de falarem sobre os direitos do Homem” deveriam “verificar se esses mesmos direitos são cumpridos com os imigrantes” nos seus Estados. As declarações foram proferidas em Paris, perante vários membros da comunidade africana.

    “Estamos no país que fala dos direitos do Homem. E não haverá certos direitos que não são aplicados?”, questionou Kadjafi, dirigindo-se aos seus “irmãos africados imigrados”, presentes no grande anfiteatro da Unesco.

    “Somos objecto de injustiças. O nosso continente foi colonizado, fomos escravizados e fomos transportados em navios como gado. Hoje trabalhamos na construção civil e nas estradas. Mesmo depois de tudo isto somos mandados embora e os nossos direitos são violados pelas forças da polícia”, acrescentou o líder líbio.

    Kadhafi considerou ainda que “os imigrantes africanos são considerados como marginais. Testam a cólera dos imigrantes pela violência e acendem o seu fogo”, numa aparente alusão aos incidentes violentos ocorridos nos arredores de Paris.

    De Anonymous Anónimo, em dezembro 11, 2007 11:13 da tarde  
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