quarta-feira, outubro 27, 2004
Zangam-se os cunhados e descobrem-se as pressões
O presidente da TVI, Miguel Paes do Amaral, terá quebrado o pacto de silêncio, que fizera com Marcelo Rebelo de Sousa, mentindo estrategicamente, ao dizer que a sua conversa com Marcelo, que precipitou a saída deste da TVI, tinha versado apenas sobre “estratégia negocial” e “questões jurídicas relacionadas com as opções estratégicas da estação televisiva” e que o professor apenas tinha saído por razões de “estratégia política pessoal” – uma eventual futura candidatura à Presidência da República.
Foi esta traição que libertou a consciência de Marcelo Rebelo de Sousa, levando-o hoje a dizer, sem papas na língua, à Alta Autoridade para a Comunicação Social, que o presidente da TVI lhe impôs um prazo para que repensasse o teor das suas intervenções nas edições de domingo do Jornal da Noite, já que era inaceitável que houvesse uma informação e uma opinião sistematicamente anti-governamental na TVI. Foi perante este ultimato, que Marcelo Rebelo de Sousa decidiu abandonar a estação.
Depois disto, Paes do Amaral não vai ter outra alternativa que não seja… fazer as malas e emigrar para o Brasil !
:: enviado por JAM :: 10/27/2004 06:02:00 da tarde :: início ::
1 comentário(s):
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Malabarismo político :De JAM, em outubro 27, 2004 10:29 da tarde
Na sequência das declarações de hoje de Marcelo Rebelo de Sousa à AACS, o líder parlamentar do PSD, Guilherme Silva, considerou que as declarações do ex-comentador da TVI, “provaram que as pressões que este sofreu partiram do poder económico”. E aproveitou para rejeitar que tenha existido qualquer pressão política no caso Marcelo, reafirmando que o PSD «rejeitará qualquer iniciativa» dos outros partidos para que Rebelo de Sousa venha a ser ouvido no Parlamento.
in Diário de Notícias (2004/10/27)