quinta-feira, junho 21, 2007
Jogar às escondidas
"Vários conselheiros – entre eles Manuel Alegre e Almeida Santos (do PS) e Francisco Pinto Balsemão (do PSD) – contrariaram a tese do líder social-democrata, que conta, à partida, com forte oposição de Cavaco Silva e de Durão Barroso. O presidente da Comissão Europeia defendeu a necessidade imperiosa de se ultrapassarem todos os impasses relacionados com a aprovação do tratado europeu e não entrou na discussão sobre o referendo. Mas já depois da reunião do Conselho de Estado, confrontado, segunda-feira, com o assunto no Programa "Prós e Contras" da RTP, enfatizou várias vezes que ''um tratado ratificado pelos Parlamentos tem tanta legitimidade quanto um tratado referendado''.
O Presidente da República também não se referiu directamente ao assunto na reunião em Belém, mas ao enfatizar as prioridades que considera estarem colocadas à presidência portuguesa da UE, Cavaco ignorou a forma de ratificar o eventual tratado. As suas reticências ao referendo já foram assumidas pelo próprio publicamente.
Manuel Alegre e Francisco Pinto Balsemão, que falaram depois do líder do PSD, criticaram indirectamente a defesa do referendo feita por Marques Mendes e alertaram para a necessidade de ter prudência na ordem de prioridades, por forma a não dificultar a obtenção de um acordo europeu, ainda que sob a forma de tratado simplificado.
Alegre considerou inoportuno querer condicionar a ratificação do tratado quando ainda não se sabe se haverá tratado e que tratado. E Balsemão reforçou que a questão central não deve ser a da consulta popular, muito menos quando ainda não se sabe o que vai estar em cima da mesa."
O Presidente da República também não se referiu directamente ao assunto na reunião em Belém, mas ao enfatizar as prioridades que considera estarem colocadas à presidência portuguesa da UE, Cavaco ignorou a forma de ratificar o eventual tratado. As suas reticências ao referendo já foram assumidas pelo próprio publicamente.
Manuel Alegre e Francisco Pinto Balsemão, que falaram depois do líder do PSD, criticaram indirectamente a defesa do referendo feita por Marques Mendes e alertaram para a necessidade de ter prudência na ordem de prioridades, por forma a não dificultar a obtenção de um acordo europeu, ainda que sob a forma de tratado simplificado.
Alegre considerou inoportuno querer condicionar a ratificação do tratado quando ainda não se sabe se haverá tratado e que tratado. E Balsemão reforçou que a questão central não deve ser a da consulta popular, muito menos quando ainda não se sabe o que vai estar em cima da mesa."