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sábado, junho 16, 2007

O enviado da ONU acusa Washington

O diplomata peruano Álvaro de Soto, enviado especial do secretário geral das Nações Unidas para o Médio Oriente traçou, num relatório confidencial de fim de missão datado de 5 de Maio e revelado em 13 de Junho pelo The Guardian, uma constatação dramática e sem ilusões sobre o conflito israelo-palestiniano.
De tal modo que esse diplomata internacional que, durante 25 anos, empregou esforços para encontrar soluções para os mais variados conflitos do planeta (El Salvador, Chipre, Sahara Ocidental), se pergunta neste caso se vale a pena substitui-lo no seu posto (o que entretanto já foi feito, na pessoa do britânico Michaël Williams) e continuar com o Quarteto. Em todo o caso, “o papel das Nações Unidas deverá ser seriamente revisto”, salienta ele no relatório de 52 páginas.
Álvaro de Soto foi demitido depois de ter criticado os Estados Unidos (por terem boicotado o extinto governo de unidade palestiniano), Israel (pelas condições inaceitáveis que impôs ao Hamas) e o Hamas (por usar a violência).
O diplomata da ONU argumenta que a Administração Bush fez pressão para que o Hamas e o Fatah se enfrentassem: “fomos informados de que os Estados Unidos estavam contra qualquer tentativa para eliminar a linha divisória que separa o Hamas das forças palestinianas comprometidas com uma solução baseada na criação de dois Estados”. Para Soto, as consequências do boicote económico internacional foram gravíssimas para a economia palestiniana e alimentaram o radicalismo, ao mesmo tempo que conseguiram desviar a atenção internacional da construção de novos colonatos israelitas na Cisjordânia e do muro de separação. Álvaro de Soto denuncia, em conclusão, que o Quarteto foi perdendo gradualmente a sua imparcialidade graças às pressões da Administração Bush.

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:: enviado por JAM :: 6/16/2007 11:24:00 da tarde :: início ::
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