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quinta-feira, outubro 11, 2007

O prémio para a contista épica da experiência feminina

A onze dias do seu 88° aniversário, a melhor prenda que podiam dar a Doris Lessing era... o prémio Nobel da Literatura de 2007, que recompensa a contista épica da experiência feminina que, com obstinação, ardor e uma força visionária, esquadrinha uma civilização dividida. Quanto à própria, define-se a si mesma como uma escritora... simplesmente.
No entanto, as suas tomadas de posição valeram-lhe a designação de persona non grata na África do Sul e depois no Zimbabué, por ter patenteado o seu ódio à ditadura directamente ao presidente Robert Mugabe.
Doris Lessing foi militante do Partido Comunista inglês — sim, sim, existe mesmo — no princípio dos anos 50. Diz ela que, nessa altura, “eram os únicos a encarar sem medo a questão da dominação dos brancos em África e as desigualdades na sociedade inglesa”.
Doris Lessing nunca se travestiu na sua escrita, nunca rejeitou a sua condição de mulher na observação da realidade. E, acima de tudo, Doris Lessing nunca transigiu com a estupidez humana. Aos jornalistas não hesita em declarar: “nunca fui capaz de me resignar a ter que responder a perguntas estúpidas sem antes deixar bem claro até que ponto as considero estúpidas”.

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:: enviado por JAM :: 10/11/2007 03:12:00 da tarde :: início ::
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