segunda-feira, janeiro 17, 2005
Lavagem da honra ou defesa da dignidade
Caro LR,Se a desonra e a indignação de alguém que vê a sua identidade negada, diminuída ou insultada, são de fácil percepção (embora dependa sempre da susceptibilidade do ofendido e do seu estado de espírito no momento da ofensa), já a reestruturação da integridade moral após a agressão não é tarefa fácil. A revolta dos ofendidos, frente à experiência do insulto e do desrespeito, costuma ser invariavelmente expressa em depoimentos, comentários, reacções discursivas e manifestações de indignação diversas, onde percepção e emoção costumam estar associadas, como dois lados da mesma moeda.
Os Tribunais não estão, nem nunca estiveram, preparados para resolver estes casos em que há uma forte sobreposição entre os universos da legalidade e da moralidade (veja-se, por exemplo, os casos de divórcio litigioso). A melhor forma de os resolver seria uma sintonização de pontos de vista entre os actores que, quando não se realiza, pode ameaçar a integridade moral de ambas as partes.
Sem pretender particularizar, de novo, o caso de VM, que já foi suficientemente escalpelizado, é evidente que, ao não reconhecer o seu erro, ao não apresentar desculpas, ao adoptar a atitude infantil de tentar transformar o ofendido em ofensor, ou seja, ao recusar entrar em sintonia, Roberto Rodrigues provocou o aumento da emoção, da revolta e da consequente reacção discursiva de Vital Moreira. Não se trata, nem de legal, nem de legítimo; trata-se simplesmente de humano.
Cumprimentos,
:: enviado por JAM :: 1/17/2005 05:21:00 da tarde :: início ::
1 comentário(s):
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Acho piada e punha a minha cabeça no cepo, se LR não reagiria do mesmo modo(justificadíssimo) que VM reagiu!De mfc, em janeiro 17, 2005 6:58 da tarde
E faço justiça, não acredito que VM subscrevesse o post de LR!
Disse.