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terça-feira, julho 12, 2005

Quando os cidadãos se tornam jornalistas

Como reacção à difusão das informações a conta-gotas, que chegou a passar por censura por parte do governo britânico, os cidadãos do mundo inteiro precipitaram-se sobre os seus blogs afim de criar um contra-ataque informativo. No local, em Londres, armados de máquina fotográfica, ou simplesmente da câmara do telemóvel, foram eles quem, em primeiro lugar, fizeram circular a informação, marcando o verdadeiro nascimento do cidadão repórter.
A BBC tinha, há poucos dias, anunciado uma mudança na sua política editorial: a informação “em directo” passou a ser transmitida em diferido de alguns segundos para evitar as imagens mais chocantes. Mas a primeira consequência desta política foi que os estrangeiros estavam melhor informados do que os ingleses e recebiam informações muito mais regularmente sobre o número de vítimas.
The Guardian foi dos poucos que colocou em linha ligações para os blogs mais conhecidos, por forma a facilitar o acesso às informações alternativas. Esses blogs, para além das fotos e dos vídeos, tinham em linha informações práticas e humanas, como as ruas bloqueadas ou o nome das pessoas desaparecidas. Inúmeras fotos, impossíveis de realizar pelos jornalistas, permitiram mesmo documentar alguns dos artigos dos grandes jornais. É o efeito das novas tecnologias que favorecem a democratização da informação e fazem com que as pessoas possam comunicar a actualidade no mesmo momento em que ela se produz. As televisões só chegam normalmente depois dos acontecimentos.
Nicholas Negroponte, no seu livro Being Digital advertia que a Internet iria permitir aos leitores escolherem a informação. Só que eles já fazem muito mais do que escolher: participam também na sua produção.

:: enviado por JAM :: 7/12/2005 12:47:00 da manhã :: início ::
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