sábado, setembro 03, 2005

Arte e poligamia

Há tempos o JAM escreveu aqui sobre a Mona Lisa, que, como todos sabem, reside no museu do Louvre e, como todos sabem ou calculam, atrai mais visitantes (já nem digo: turistas) do que qualquer outra obra de arte exposta nesse museu (incluindo a Vénus de Milo).
Naturalmente seria uma atitude no mínimo snob tirar valor ao quadro por este atrair multidões só pelo facto de ser famoso. Ainda bem que atrai muita gente, e até gente que, se não fosse pelo facto de a senhora ser famosa, não poria os pés no Louvre. Eu gosto da Mona Lisa, independentemente disso tudo.
Mas a minha ideia aqui e agora é propor-vos alternativas à Mona Lisa.
No Louvre, por ex., eu prefiro um rendez-vous com “A dama da pérola” de Corot. É um tête-a-tête sossegado, sem mirones, e a senhora, além de muito bonita, também tem o seu ar de mistério e um fascínio muito especial.
Fora do Louvre, temos em Haia, na Holanda, “A rapariga do brinco de pérola” de Vermeer.
Ao menos em arte é-nos permitido ser polígamos...