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sábado, dezembro 17, 2005

Areia para os olhos

Há demasiados ressentimentos e se, por hipótese, algum candidato desistir, quem ganhará com isso é a abstenção, logo Cavaco Silva. Estranha-se assim o apelo de vários dirigentes socialistas à desistência de Manuel Alegre. Mário Soares precisa de Manuel Alegre para poder passar à segunda volta, como Alegre precisa de Soares. Tal como ambos precisam que Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã cativem os seus eleitorados. O PS quererá dar um novo impulso a Mário Soares, talvez pela má consciência de pouco se ter mobilizado nesse sentido ou por recear o futuro de Manuel Alegre. Qualquer que seja a sua intenção, o PS parece continuar empenhado em vitimizar Alegre e concentrar atenções em “tricas”.

(António José Teixeira, Diário de Notícias)


:: enviado por JAM :: 12/17/2005 02:00:00 da tarde :: início ::
3 comentário(s):
  • O "circo" está montado há já bastante tempo e nada disto é inocente. O presidente dos lideres do PS é Cavaco, o resto é conversa!!!

    De Anonymous Anónimo, em dezembro 17, 2005 2:41 da tarde  
  • Com Alegre até ao fim, decididos e unidos!

    Sócrates quer governar com Cavaco Silva em Belém. Vasco Graça Moura já o tinha aqui demonstrado lucidamente.
    Por isso o PS escolheu Soares para candidato à Presidência da República, sabendo que dificilmente ele poderia fazer o pleno da Esquerda e derrotar Cavaco.
    Mas essas sinistras intenções surgem agora bem mais claras, com os pesos-pesados Jorge Coelho, António Vitorino e António Costa a apelarem descaradamente à desistência dos candidatos da Esquerda a favor de Soares, sabendo-se que, nesse caso, muitos eleitores de Alegre, Louçã e Jerónimo optariam pela abstenção, já para não admitir que alguns até poderiam votar logo em Cavaco facilitando a sua vitória na primeira volta. Sócrates poderia assim atribuir as culpas da derrora de Soares aos que "dividiram a Esquerda" e não a um erro de escolha do PS ou mesmo à recusa pelo eleitorado do regresso a Belém de alguém que já cumpriu dois mandatos presidenciais.
    Mas para que esta maquiavélica estratégia resultasse na "perfeição", seria necessário que Mário Soares, mesmo perdendo, ficasse claramente à frente de Manuel Alegre. É que se acontecer o contrário — Alegre ter mais votos que Soares — , além de ser uma humilhação para Sócrates (& Cia.), a situação tornar-se-lhe-á delicada, pois a escolha dos eleitores será entendida como uma crítica às políticas anti-sociais do Governo, tornando-o assim mais dependente do apoio do "presidente" Cavaco Silva.
    Não admira, por isso, que, com o agudizar da campanha, o directório do PS, mais do que preocupar-se em derrotar Cavaco, eleja Manuel Alegre o principal adversário a abater!

    Mas nós não desistiremos. Iremos com Alegre até ao fim, decididos e unidos!

    E acreditem, como dizia Sérgio Godinho,

    "que não sou o único que acho
    que a gente o que tem é que estar unida,
    unida como as uvas estão no cacho."

    De Blogger Maio, em dezembro 18, 2005 7:45 da manhã  
  • Maio: Foram Alegre e Louçã os responsáveis pela situação a que vamos chegar em 22 de Janeiro de Cavaco ter à sua esquerda quatro candidatos a irem a votos. E se há dez anos Sampaio ganhou a Cavaco (com 53,91%) foi porque Jerónimo ajudou numa dinâmica campanha nacional, desistindo na véspera de ir às urnas e apelando ao voto em Sampaio. Mas desde 2003 temos vindo a ouvir dirigentes do BE a desdenharem em qualquer hipótese de candidato do PS com argumentos fúteis e para ajudar à divisão vemos depois do PS ter escolhido o seu candidato, o Alegre a apresentar-se. E só depois de consumada a divisão é que o Cavaco se apresenta.

    Bem trabalharam os cavaquistas para montaram este cenário onde pelo menos Cavaco não corre o risco de chumbar na primeira volta. Não lhes faltou nem tempo nem recursos. E agora aparecem uns tantos alegristas como você a isentarem Alegre das responsabilidades? Haja mais decoro. A malta não nasceu ontem.

    De Anonymous Anónimo, em dezembro 18, 2005 8:55 da tarde  
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