BRITEIROS: fevereiro 2008 <$BlogRSDUrl$>








sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Oooopssss

PUBLICO.PT: "Fichas de avaliação: Maria de Lurdes Rodrigues foi “mal informada”, admite o Ministério
Ao contrário do que a ministra da Educação declarou hoje à saída do debate parlamentar com o primeiro-ministro, o conselho pedagógico do Agrupamento de Escolas Correia Mateus, em Leiria, ainda não se pronunciou sobre a proposta de ficha de avaliação que contempla a “verbalização” de críticas às mudanças ocorridas no sistema de ensino como um dos parâmetros de avaliação."

:: enviado por RC :: 2/29/2008 10:31:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Ana Benavente acusa Governo de pôr em causa escola pública - RTP Notícias

Ana Benavente acusa Governo de pôr em causa escola pública - RTP Notícias: "Ana Benavente acusa Governo de pôr em causa escola pública
A secretária de Estado do antigo governo de António Guterres considera que Maria de Lurdes Rodrigues não tem condições para permanacer como ministra da Educação."

:: enviado por RC :: 2/29/2008 10:26:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Ainda não será tarde



Três mil professores disseram, em Aveiro, o que pensam da política educativa deste ME.
Apesar de todos os esforços dos sindicatos nunca tinha sido possível mobilizar um número tão grande de manifestantes. Parabéns a Maria de Lurdes Rodrigues.

Obrigado pelo filme que nos enviou o AVS.

:: enviado por RC :: 2/29/2008 08:34:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Paciência

Aveiro: Três mil professores em protesto pela principal avenida da cidade - RTP Notícias: "Aveiro: Três mil professores em protesto pela principal avenida da cidade"

Mesmo para um professor a paciência tem limites.

:: enviado por RC :: 2/29/2008 12:34:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

E quem disse que é isso que o ME quer?


:: enviado por RC :: 2/28/2008 03:36:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

É obra

Como salientou recentemente Mário Nogueira, esta ministra da educação conseguiu em meros três anos unir todos os professores portugueses. É obra.

PUBLICO.PT: "O presidente da Associação Nacional de Professores (ANP), João Grancho, anunciou hoje que a estrutura vai participar na manifestação nacional de protesto contra a política educativa do Governo convocada pela Federação Nacional de Professores (Fenprof) para dia 8 de Março."

:: enviado por RC :: 2/28/2008 03:36:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Vale a pena

M!C - Movimento de Intervenção e Cidadania: "O desemprego: origem de todos os males. E o emprego está sempre em risco. Mesmo trabalhando, milhares de pessoas sobrevivem na faixa da pobreza. O eterno divórcio entre política e moral, e entre História e ética não justifica a reprodução, multiplicada, dos privilégios. Estes valores dominantes, sustentados por partidos ditos de 'esquerda', estão a criar o favorecimento da sua própria relegação. Quando a Sedes, sempre com atrasos históricos consideráveis, alerta para os perigos de uma grave cisão social, com eventuais convulsões de rua, reabilita, toscamente, o que Ortega y Gasset chamou 'a rebelião das massas'."

:: enviado por RC :: 2/28/2008 03:20:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Imóvel de interesse público


:: enviado por RC :: 2/28/2008 02:35:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

De luto...

SPRC - Sindicato dos Professores da Região Centro: Accao_010:2008: "PROTESTO DE LUTO E EM LUTA PELA EDUCAÇÃO:

Aveiro – 28 de Fevereiro (5.ª feira),
21H00 – Centro Comercial Oita
(Desfile Avª Lourenço Peixinho - Prª Joaquim Melo Freitas)"

:: enviado por RC :: 2/28/2008 02:13:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Assim não vamos lá...

SPRC - Sindicato dos Professores da Região Centro: Novidades_010:2008: "As fichas de avaliação que o ME quer aplicar já este ano lectivo (cuja ponderação de parâmetros está ainda em fase de discussão com os sindicatos) são consideradas por especialistas em avaliação das Universidades do Porto e de Évora tecnicamente incorrectas, com itens que não podem ser universalizados e outros de uma enorme subjectividade, para os quais não é possível encontrar indicadores de medida claros e objectivos."

:: enviado por RC :: 2/28/2008 02:12:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Tretonovela

Penhafidelis: Que espectáculo!: "«Desmente o Ministério da Educação hoje no JN que a equipa de Maria de Lurdes Rodrigues tenha, como aqui se disse, qualificado os professores que criticam as suas politicas de 'professorzecos'. Acontece, porém, que isso foi notícia na comunicação social, designadamente no 'Público' de 25 de Janeiro, e que o Ministério não o desmentiu. A notícia do 'Público', assinada pela jornalista Leonete Botelho, revela que, durante uma reunião com deputados socialistas que 'não terá corrido bem e acabou com acusações mútuas', 'a equipa do Ministério da Educação considerou que os deputados estavam a dar voz a 'professorzecos''. Por causa do elegante epíteto (citado noutros jornais e que teve enorme sucesso na Net), a Fenprof reclamou então um pedido de desculpas à ministra. Em quem acreditar, no Ministério, insuspeito de desamor pelos professores, ou numa notícia amplamente divulgada e nunca desmentida? 'Exige' afogueadamente o Ministério (muito se declina o verbo 'exigir' por aquelas educativas bandas) que eu prove não sei quê. Alguém informou mal o Ministério não sou (felizmente) funcionário do Ministério nem professor ou 'professorzeco' a quem o Ministério faça exigências e dê reguadas ou ponha virado para a parede se se porta mal. Mas foi uma boa tentativa»"

Vale bem a pena ler todo o post.

:: enviado por RC :: 2/26/2008 10:08:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Vender o peixe...

la dona bionica: "'Assunto: Preparar aulas... Resposta da Ministra

Falei hoje com um colega socialista que esteve na reunião com o 1ºM e MLR e estava indignado porque quando alguém perguntou onde os professores avaliadores iriam arranjar horas para avaliar, assistir às aulas e todo o lado burocrático do processo, a ministra respondeu - que não havia qualquer problema porque os professores avaliadores eram professores titulares, portanto com muita experiência, e já não perdem tempo a preparar as suas aulas...
Como diria Fernando Pessa:'E esta, hein?' '"

:: enviado por RC :: 2/26/2008 10:02:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Descuidos

Correio da Manhã: "Professor na Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, em Leiria, Vitorino Guerra é um dos impulsionadores do ‘Movimento Em Defesa da Escola Pública’, grupo cívico que no sábado reuniu em Leiria 700 docentes, médicos ou arquitectos.

Na Comissão Parlamentar de Educação, Odete João foi a voz dos deputados socialistas na defesa do polémico Estatuto do Aluno do Ensino Básico e Secundário. Como deputada socialista, votou a favor do Estatuto de Carreira Docente, que motivou muitas das alterações agora contestadas, como a divisão da carreira e a avaliação de desempenho."

:: enviado por RC :: 2/26/2008 09:59:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

"A minha política é o trabalho" ... ou será o futebol??

É sempre agradável verificar que este blog é também o reflexo deste socrático país onde vamos sobrevivendo (alguns com amargas dificuldades...).
Nada melhor do que fazer de conta que os Professores estão felicíssimos com o trabalho brilhantemente apresentado pela RTP ontem à noite.
De facto, que raio de coisa quererão esses Senhores Professores que em vez de se candidatarem ao Prémio de Melhor Professor de Portugal andam para aí a entreter-se com críticas à Sra. Ministra e ao Governo? Primeiro, não sabem "como é difícil governar" (onde é que eu já ouvi isto?); segundo, só nos ocupam o espaço dos noticiários com problemas que não nos interessam para nada:
Educação? Ensino? Aprendizagem? Avaliação? Faltas? Retenções?
Abandono escolar? Juventude? Futuro?
- Ó Camacho, pá, mas afinal o Benfica é campeão ou não é? Olha que tu decide-te pá!! Ouviste? Põe-me esse gajos a jogar, pá, que este país está com os olhos arregalados virados para o Estádio da Luz!!!! Porra, pá, tu não me tires do sério!!!
Viva o Benfica!! Viva Portugal uno e indivisível!!!
Amen.

:: enviado por vieira da silva :: 2/26/2008 06:05:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Camacho : me puedes llamar

Camacho não compreende porque é que o Benfica perde tantos pontos em casa. Eu também não. Quer dizer, se jogam tão mal fora como em casa porque é que só perdem pontos em casa? A questão é intrigante mas, ao contrário de Camacho, sou capaz de ter duas ou três ideias para mudar a coisa e para que não percam pontos em lado nenhum.
Sei que os campos de concentração estão um bocado mal vistos e haveria muita gente que não ia compreender a ideia. Talvez ainda não seja o momento de ir por aí. Pelo menos, antes de uma última tentativa.
Sem entrar em grandes detalhes, começaria por me inspirar no saudoso Jimmy Hagan e criar uma tabela de recompensas: um passe falhado, subir e descer 10 vezes as bancadas do Estádio da Luz; um corte mal feito, 20 vezes; um golo fácil falhado, uma sessão de treino intensivo contra a o pack avançado da equipa de rugby de Inglaterra. Estão a ver a ideia.
Depois de os jogadores já conhecerem de cor a distância entre a fila C do primeiro anel e a fila T do quarto anel e se encontrarem num estado de esgotamento físico compreensível, poderíamos passar à parte do trabalho psicológico individual: por exemplo, explicar detalhadamente ao Luís Filipe porque é que, para um jogador do seu nível técnico, não vale a pena tentar fintar junto da nossa área; explicar ao Luisão que o objectivo do futebol não é passar a bola para o lado e para trás até estarmos todos a dormir, para depois mandar um balão para o guarda-redes adversário; mostrar a Binya que é muito mais interessante para a equipa chutar na bola do que nas pernas com meias de uma cor diferente das suas (com exemplos práticos, se necessário); dizer ao Maxi Pereira que a ideia de um jogo de futebol é um bocadinho mais abrangente do que vestir uns calções, uma camisola vistosa e chuteiras e andar por ali no relvado. E por aí fora com os outros jogadores do plantel, num trabalho individual desgastante, certo, mas quão necessário.
Camacho: me puedes llamar. Se quiseres, podemos discutir isto mais em pormenor.

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:: enviado por U18 Team :: 2/26/2008 12:31:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Azia democrática


Pois é, o estômago dos democratas de meia tigela está em sofrimento.
Então esses malditos comunistas têm o descaramento de vencer uma eleição presidencial, num país da UE, sem pedir licença aos paquetes do império?
Que falta de respeito!!!
Por isso e para que não haja chatice, nada melhor que
apagar a notícia como fizeram os pasquins-cães- de- fila cá do burgo,
Não vá o povo saber que algo está a mudar!!!


:: enviado por ja :: 2/25/2008 08:45:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

domingo, fevereiro 24, 2008

Socialismo de rosto humano

“Começaram por tentar comprar-me dizendo: vê lá se não queres ir para a próxima lista do Parlamento Europeu. Depois era a intimidação, as acusações de deslealdade e, agora, até já estamos noutra fase que eu quase que chamaria de cilindragem mas, a menos que me passem com um carro por cima, eu não paro”, diz Ana Gomes. (Radio Renascença)
............................................................................
E eu, triste ignorante confesso, a pensar que isto só se passava, nas madrugadas cinzentas, lá para trás do Muro de Berlim, nos recônditos da velha Havana, em Pyongyang ou... na portuguesíssima Soeiro Pereira Gomes!!!
Enganei-me, paciência.
Moral da história: ou te calas ou levas no focinho!!!
Amen!!!


:: enviado por ja :: 2/24/2008 09:36:00 da manhã :: 2 comentário(s) início ::

sábado, fevereiro 23, 2008

Nada são 10 anos

Naqueles tempos em que sabíamos quem eram os bons e os maus, em que não tínhamos de aprender nomes de países como Quirguizistão ou Tajiquistão e em que uns rapazes altos e louros jogavam futebol com umas camisolas onde estava escrito CCCP, algumas pessoas contavam baixinho uma anedota que rezava assim:
Num Gulag, algures na Sibéria, Igor pergunta a Vladimir que acaba de chegar:
“Então, quantos anos apanhaste?”
“30”, respondeu Vladimir.
“E o que é que fizeste?”.
“Nada”.
“Não pode ser. Nada são 10 anos”.

Faz hoje 6 anos que Ingrid Betancourt é refém das FARC. Ingrid Betancourt não fez nada. Por isso apanhou 10 anos.


:: enviado por U18 Team :: 2/23/2008 12:58:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Uma desilusão o sr. Jokanovic

No sábado passado, a Sporttv passou meia hora com uma imagem branca onde, de vez em quando, se viam umas listas negras do Nacional e, com muito boa vontade, se vislumbrava um jogador do Guimarães (vestido de branco) e a bola (branca). Vi tudo.
Não é que o espectáculo fosse muito diferente do que é costume no que as pessoas normais teimam em chamar Primeira Divisão e que consiste em passar a bola devagarinho para o lado e para trás até adormecer o adversário e, quando menos se espera, reduzir a velocidade do jogo. Vi porque achei divertido o desespero do comentador ainda com menos visibilidade do que o zoom das câmeras e por ser uma variante interessante à monotonia da esmagadora maioria dos jogos do nosso Campeonato.
Não percebi bem porquê mas o árbitro interrompeu o jogo ao fim de 30 minutos (via-se tanto como no primeiro minuto) e mandou repeti-lo no dia seguinte. Não vi mas tenho sérias dúvidas de que tenha sido melhor do que na véspera e, disso tenho a certeza, não ficará na história do futebol nacional.
Porém, ficarão certamente na história as imagens do final do jogo em que o treinador do Nacional, o sr. Jokanovic, pareceu tentar agredir o treinador do Guimarães. Durante alguns nanosegundos ainda pensei que, na pessoa do sr. Cajuda por ser o treinador que estava mais próximo, o sr. Jokanovic quisesse simbolicamente e num gesto assimilável às bengaladas do Eça demonstrar toda a sua revolta pelos espectáculos paupérrimos e deprimentes que nos proporcionam os nossos clubes de futebol. Afinal, parece que não. É apenas mais uma história de “parto a cara” a quem me disse que me “partia a cara”.
Uma desilusão este sr. Jokanovic.

PS: Depois do que (não) vi no sábado, talvez não fosse má ideia que os jogos do Benfica se realizassem, obrigatoriamente, em noites de nevoeiro cerrado. Fica aqui a sugestão.

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:: enviado por U18 Team :: 2/22/2008 11:06:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Ele há empregos com pinta

Os meteorologistas são umas pessoas simpáticas que nos anunciam o tempo que vamos ter amanhã e, com um pouco de sorte, se chove ou há sol daqui a 5 dias. Alguns, mais ousados, fazem previsões a 6 meses de que nunca mais nos lembramos e que, de qualquer maneira, não levamos muito a sério. Outros ainda, mais científicos, fazem previsões a 50 anos em que acreditamos e que nos levam a substituir todas as lâmpadas em casa, a comprar Toyotas Prius e a passar menos tempo no duche do que o Obikwelu nos 100 metros. Não me importava de ter um emprego como meteorologista.
Também não me importava de ser funcionário da Comissão Europeia e fazer previsões de crescimento económico e de inflação para o ano seguinte.
Em Novembro, quando os problemas da economia americana já estavam à vista de todos e o preço das matérias-primas apontava para a estratosfera, acharam que o crescimento seria de 2,2% e a inflação de 2,1% em 2008. Agora, em finais de Fevereiro, quando os EUA já publicaram números deprimentes da economia e se começa a ter uma noção do buraco em que os Bancos europeus se meteram, acham que o crescimento será de 1,8% e a inflação de 2,6%. Parece-se um pouco com o emprego de meteorologista com a vantagem de o salário ser maior e de as previsões serem para ontem.
Mas ainda melhor do que ser funcionário europeu a fazer previsões de crescimento, é dar pelo nome de Joaquin Almunia e ser Comissário Europeu dos Assuntos Económicos.
O Sr. Almunia não tem que nos dizer como alcançar maior crescimento económico. O Sr. Almunia não tem que se preocupar em como controlar a inflação ou diminuir o desemprego. O Sr. Almunia nem sequer tem que ter uma ideia sobre desenvolvimento económico. Tudo o que o Sr. Almunia tem que fazer é anunciar periodicamente o que é evidente para o comum dos mortais e que os seus serviços tão minuciosamente calcularam em formato de percentagens.
Confesso que tenho alguma inveja do Sr. Almunia. Mais a mais porque deve dar algum prazer levar para casa 18000 euros todos os meses, ter uma esposa que conseguiu emprego na Representação espanhola na UE ao mesmo tempo em que era nomeado Comissário (uma afortunada coincidência, claro) e explicar aos governos e às empresas (sendo socialista, o Sr. Almunia não gosta da palavra patrões) que, perante cenário tão negro, devem ser contidos nos aumentos salariais que darão aos seus empregados.
Ele há empregos com pinta.

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:: enviado por U18 Team :: 2/22/2008 10:05:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Santana diferente?

Propaganda e Peter Pan

A avaliação do desempenho dos professores é a referência mais recente e persistente na demagogia do discurso de Sócrates

No Parlamento, a 13, e na SIC, a 18, Sócrates falou duma Educação virtual, dum país que não existe senão no imaginário dele. Em qualquer dos locais, o homem cavalgou uma onda autista. Falou do que quis, mas não do que é. Como se estivesse num comício do PS, despejando propaganda sobre os fiéis. Parafraseando Churchill, o êxito dele não é mais que ir de fracasso em fracasso, mantendo o entusiasmo.

A avaliação do desempenho dos professores é a referência mais recente e persistente na demagogia do discurso de Sócrates. Com a arrogância que lhe conhecemos, tem falado dela com a mesma ligeireza com que projectou vivendas sobre estábulos ou prestou provas de licenciatura por fax.

Não é verdade que durante 30 anos não tenha havido avaliação de desempenho dos professores, como não se cansa de repetir, ou que os professores não queiram ser avaliados, como insinua. A questão reside na substituição de um modelo de avaliação ineficiente, o que existia, por outro, escabroso, o que propõe, que, se se consumar, trará mais caos ao caótico sistema de ensino. Nenhuma organização séria, seja pública ou privada, propõe mudar seja o que for, neste quadro, sem permitir (e mais que isso, fomentar e promover) o envolvimento dos visados na construção do processo. A avaliação do desempenho só vale a pena, se for concebida como instrumento de gestão do desempenho. Quer isto dizer que o seu fim primeiro é identificar obstáculos ao desenvolvimento das organizações, removendo-os, e não castigar pessoas. Dito doutro modo, as instituições maduras preocupam-se hoje mais com a apropriação por parte dos colaboradores dos valores que, intrinsecamente, geram o sucesso e melhoram o desempenho do que com os instrumentos que, extrinsecamente, o promovem.

Porque o primeiro-ministro não tem tempo para ler esses estudos, quando na SIC deu o exemplo dos Estados Unidos da América, ignorava, por certo, que a introdução, aí, do indicador "resultados obtidos pelos estudantes", logo fez aparecer professores a treinarem alunos nas técnicas de copiar nos exames. Ou ainda, quando invocou a França, se esqueceu que a avaliação do desempenho dos professores franceses (que mostrou desconhecer) não impediu o descalabro do respectivo sistema educativo. Lá, como cá (ainda não tivemos Lisboa a arder como eles já tiveram Paris), é a desregulamentação da sociedade e a desagregação da escola pública que tornou os menores franceses o grupo mais representativo nos delinquentes cadastrados (quase 20 por cento).

Sem discutir a bondade dos fins, o que afasta qualquer democrata honesto do primeiro-ministro é a teimosia em que este persiste: porque julga que o fim é bom, despreza os meios e os processos, como fazem os ditadores. Uma questão deste melindre e com as implicações sociais que lhes estão associadas, obrigaria sempre a ponderações criteriosas das soluções e à sua testagem antes da aplicação. Não entender isto, compactar tudo em prazos irreais, persistir na defesa das trapalhadas normativas do ministério, mesmo depois de, por quatro vezes, quatro tribunais administrativos distintos aceitarem providências cautelares sobre a matéria, é reagir como um menino grande, que manipula o brinquedo do poder sem qualquer sentido de Estado.

Quando Sócrates fala de números em Educação, já sabemos o que vai dizer, porque repete sempre o mesmo. Na SIC, Nicolau Santos, jornalista familiarizado com estatísticas, deveria tê-lo confrontado com as mais fresquinhas do INE: durante o Governo de Sócrates o desemprego aumentou 6,5 por cento e, dentro deste, o aumento do desemprego dos licenciados ultrapassou os 63 (sessenta e três) por cento. Este sim é o país real. O resto são fantasias de Peter Pan.


Público - 20.02.2008 • Santana Castilho, Professor do ensino superior

:: enviado por RC :: 2/22/2008 03:17:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A brincar se dizem as verdades

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:: enviado por RC :: 2/22/2008 09:17:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Ler os outros

Campo lavrado: "Os 'recados' de Sócrates aos professores

O Primeiro Ministro reuniu-se ontem, sábado, com professores do Partido Socialista. O encontro foi preparado tendo sido dito que ele queria 'ouvir' a voz de quem está no terreno, e tanto assim era, que estaria sozinho, isto é, sem a presença da equipa do ME.
Desconfiei de tanta fartura. Primeiro, Sócrates tem-se desdobrado em manifestações de apoio à Ministra e às suas políticas. Segundo, a dispensar a presença desta, estar-se-ia perante um acto que inevitavelmente a diminuiria politicamente.
Claro que nada disto aconteceu. Nem a Ministra faltou nem o objectivo era 'ouvir'. Pelo contrário, tratou-se de dar 'recados'. Suponho que se tratou de mais um capítulo da chamada do rebanho ao redil quando algumas ovelhas se começam a tresmalhar face ao desnorte dos pastores.
À entrada para a reunião Sócrates foi vaiado por um grupo de professores, o que o deixou muito indignado. Esta vaia deve ser entendida como uma metáfora. De facto, pelo país inteiro ecoa uma enorme vaia à equipa do ME, a que o Primeiro Ministro também já não consegue escapar.
Se alguém no Governo e no partido ainda acredita que seja possível fazer reformas na educação contra os professores e contra as escolas, que se desengane. Estão a semear ventos, mas vão colher tempestades.
Apoiei Sócrates para Secretário Geral, sou militante e autarca do PS e quero que o partido ganhe as eleições em 2009. Mas também sou professor e técnico de educação, com méritos reconhecidos pelo Governo, a convite de quem desempenhei altas funções no ME, que deixei a meu pedido em 2006.
Nestas duas qualidades tenho obrigação de levantar a voz quando os professores são ofendidos e de chamar a atenção para o que, em minha opinião e na opinião de muitos mais, está a ser feito de errado em matéria de reformas educativas, o que prejudica gravemente o PS e diminui substancialmente a sua base de apoio eleitoral.
Se o Primeiro Ministro, o Ministro das Obras Públicas e muitos mais se enganaram em relação à localização do aeroporto e tiveram de dar o dito por não dito, não pensarão que também podem estar errados relativamente a muitas das medidas que contra tudo e todos querem impor às escolas e aos professores? Um pouco de humildade e bom senso não fazem mal a ninguém.
(nosso negrito)

José Manuel Silva,
ex-Director Regional de Educação do Centro
http://www.campolavrado.blogspot.com

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:: enviado por RC :: 2/22/2008 09:13:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Ao quilo

WEHAVEKAOSINTHEGARDEN: "«Alunos poderão passar 11 horas diárias na escola.
Actualmente, um estudante do 6.º ano com um horário normal passa cerca de 39 horas semanais na escola, hora de almoço incluída. No futuro, o volume deverá subir até às 55 horas semanais."

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:: enviado por RC :: 2/21/2008 11:57:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Faça a sua lista e participe


:: enviado por RC :: 2/21/2008 09:46:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Hasta la victória , siempre


"Não me despeço de vós. Desejo apenas combater como um soldado das ideias. Continuarei a escrever sob o título «Reflexões do companheiro Fidel». Será uma arma mais do arsenal com o qual se poderá contar. Talvez a minha voz seja escutada. Serei cuidadoso."
............................................................
Que pena em Portugal só encontrarmos brigadas do reumático portadoras da sua sempre eterna flatulência verbal grulhenta!!!

:: enviado por ja :: 2/21/2008 04:16:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Percebe-se?


:: enviado por RC :: 2/21/2008 11:03:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Lexicometria

EDIÇÃO IMPRESSA: "Pelo contrário, os portugueses compreendem bem que só uma agenda reformista - séria, exigente e corajosa - será capaz de modernizar o país, de recuperar o atraso, de ganhar eficiência nos serviços públicos, de garantir competitividade e dinamismo à nossa economia - única via para alcançar os níveis de vida dos países mais desenvolvidos da Europa.'
'Velha' e 'nova' esquerda
Ou seja, a 'velha' esquerda, ideológica, é um obstáculo e faz parte do problema. Enquanto o objectivo da 'nova' esquerda é a modernização do país e o dinamismo económico, os quais seriam tranquilamente abraçados por qualquer partido de direita. Poderemos encontrar uma linha de demarcação mais clara no plano dos valores? Sim, se tivermos em linha de conta a questão do referendo ao aborto; nem por isso, quanto ao resto."


Ora aí está uma nova abordagem.

:: enviado por RC :: 2/21/2008 10:54:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Grande título

AFP.com | Agence France-Presse, a global news agency: "Scientists' row over G spot nears a climax"

:: enviado por RC :: 2/21/2008 08:58:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Pudera

DN Online: Ministra cede no ensino especial: "E também já é sabido que no regime jurídico de autonomia e gestão das escolas, que será aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros, o Ministério decidiu deixar cair a decisão de interditar aos professores a presidência dos conselhos gerais dos estabelecimentos de ensino."

É a especialidade desta gente. Ceder naquilo que é claramente inconstitucional para que acabe por passar o que é mais gravoso.

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:: enviado por RC :: 2/20/2008 11:11:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A comissão liquidatária

PortugalDiário - A informação actualizada ao minuto: as últimas notícias do país e do mundo.: "A directora regional de Educação do Centro, Engrácia Castro, admitiu hoje a possibilidade de serem encerradas mais escolas na região, depois de uma análise no terreno, a iniciar em Março, juntamente com conselhos executivos e autarquias, noticia a Lusa.

Engrácia Castro esteve hoje à tarde reunida com autarcas do Sul do Distrito de Viseu, tendo um dos temas abordados sido o reordenamento da rede escolar do ensino básico e secundário."

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:: enviado por RC :: 2/20/2008 10:54:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Um país mais pobre

M!C - Movimento de Intervenção e Cidadania: "“Eliminar a possibilidade de o ensino público especializado da música continuar a gerar talentos e revelar vocações é uma decisão grave” afirmou hoje o deputado Manuel Alegre, em pergunta dirigida ao Ministério da Educação. Alegre considera que esta medida anunciada “irá atirar para o ensino privado todos os alunos que não puderem ou não quiserem optar, desde muito cedo, por uma dedicação exclusiva à música, com custos muito superiores para as famílias.”"

:: enviado por RC :: 2/20/2008 10:52:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Outra Música

droffadas: Dissonancia Grave: "Ao musico, o papel principal, aquele que importa, é o pautado. O diploma não faz parte de qualquer composição aproveitável, e logo torna-se inútil. Por isso mesmo raramente se emitem diplomas de musica no ensino secundário. Mas isto aos olhos do ministério, que só vêem nomes e números, é sinónimo de insucesso escolar. Gostaria de saber a opinião pessoal (se é que ele tem direito a uma) do actual primeiro-ministro sobre este dilema: no meio da musica, os diplomas de ensino secundário não são objectos de estatuto. São papéis que nada interessam. O músico tem que provar a cada trabalho, a cada biscate, que sabe tocar e pode tocar aquilo para o qual está a fazer a audição. Um bocado de papel não vai ajudar. Mas vão lá dizer isso à ministra..."

:: enviado por RC :: 2/20/2008 08:57:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Bem apanhado

Não resisto a divulgar também aqui o excelente video que aparece hoje no Bicho Carpinteiro.


:: enviado por RC :: 2/20/2008 12:27:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Diz mas não luta?

Federação Nacional dos Sindicatos da Educação | PROFS irritam Sócrates: "PROFS irritam Sócrates

PRIMEIRO-MINISTRO PASSOU-SE DURANTE ENTREVISTA À SIC

Estava tudo a correr calmamente até que a questão da Educação veio à baila. José Sócrates não gostou do tom das perguntas e acusou os entrevistadores de estarem a ser demagogos como a oposição.

Parece sina de José Sócrates assim que o tema “professores” vem ao de cima. Ontem, durante uma entrevista à SIC, o primeiroministro voltou a irritar-se quando explicava, ou tentava explicar, as
reformas no sistema educativo.
Não gostou de ouvir reparos de Nicolau Santos e Ricardo Costa, os entrevistadores de serviço, encolheu os ombros, franziu o sobrolho e saiu-se com esta: “Os senhores estão a repetir os argumentos falsos e demagógicos da oposição. Deixem-me explicar, por favor”.
Mais calmo, ou pelo menos aparentando-o, Sócrates lá disse que as alterações ao estatuto da carreira docente visa apenas “premiar o mérito dos professores”. E atirou que desde que está à frente do Governo conseguiu “com o mesmo dinheiro atrair mais alunos e garantir mais sucesso escolar”."

O "Grande Educador" até já começa a fazer milagres. Beato, pelo menos.

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:: enviado por RC :: 2/19/2008 11:42:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A luta continua...

FENPROF: "FENPROF anuncia Marcha da Indignação
'Assim não se pode ser professor. A Escola Pública não aguenta mais esta política'.


A Direcção da FENPROF anunciou em conferência de imprensa (19/02/2008), a realização de uma Manifestação Nacional de Professores e Educadores no próximo dia 8 de Março. A acção decorrerá em Lisboa, com concentração no Alto do Parque Eduardo VII, às 14h 30, e terá como lema 'Assim não se pode ser professor. A Escola Pública não aguenta mais esta política'. O desfile terminará em São Bento, junto à Assembleia da República."



Vou comprar umas sapatilhas...

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:: enviado por RC :: 2/19/2008 11:37:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

canção do dia imaginado

no sangue do sonho
força viva do cantar
vem toda a gente
que se cansou de esperar

no fogo do vento
raiz vulcão tempestade
vêm os homens
libertar a liberdade

na sede do gesto
garra vingança semente
vêm os vivos
fartos da morte existente

na nova cidade
fonte alicerce embrião
ergue-se o dia
ferro pedra furacão.


vieira da silva

:: enviado por vieira da silva :: 2/19/2008 03:58:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Perguntar não ofende (64)

Fidel renuncia à presidência.

Afinal os revolucionários também se reformam?


:: enviado por U18 Team :: 2/19/2008 03:26:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A anti Midas?

Ao contrário do lendário rei Midas que transformava em ouro tudo em que tocava, a Ministra da Educação parece obstinada em ser uma espécie de anti-Midas que transforma tudo o que toca numa coisa que se pode descrever com aquela palavra começada por m e terminada em erda.
Desta vez, resolveu revolucionar o ensino da música. Da forma habitual: cria-se uma comissão onde não há ninguém do sector, não se pergunta nada a ninguém e anunciam-se medidas para solucionar um problema que não existia.
Talvez graças às aulas de Canto Coral do Liceu, nada percebo de ensino de música. No entanto, nesta barafunda da reforma do ensino musical, tenho mais tendência para confiar na opinião de pessoas como Vitorino de Almeida ou Mário Laginha do que na da Ministra da Educação. Não sei porquê.

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:: enviado por U18 Team :: 2/19/2008 03:21:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Obrigatório

http://sic.sapo.pt/online/scripts/2007/videopopup.aspx?videoId={8F05EBE1-99DA-4014-ACB5-62945F6401CE}

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:: enviado por RC :: 2/19/2008 12:40:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Eu não me conformo

Publicada hoje no Diário de Aveiro, fica aqui também o texto do meu amigo Carlos Lopes.


Eu não me conformo

Sou militante do PS desde 1982, desde esta data que estou ligado as causas da defesa dos trabalhadores, lutei em 2003 contra o Código do Trabalho aprovado na Assembleia da Republica pelos Deputados do PSD e CDS, o Grupo Parlamentar do PS votou contra dizendo na sua declaração de voto:
“O código do trabalho degrada os direitos dos trabalhadores, ataca a liberdade sindical, o direito à negociação colectiva e o direito à greve”.
Que o mesmo “assenta numa concepção conservadora e retrógrada, não assegura a protecção da dignidade e da liberdade pessoal dos trabalhadores nas empresas, aumenta a dificuldade de conciliar a vida pessoal e familiar”.
“ O que verdadeiramente está em causa, é a filosofia e a alteração estrutural das leis e o reforço dos poderes do empregador, o enfraquecimento da dimensão colectiva, o acentuar da dependência do trabalhador, visão que, tendo em conta a matriz constitucional do direito do trabalho e a concepção que partilhamos dos direitos dos trabalhadores, não podemos compreender nem aceitar”.
Ora, eu acreditei, e votei no PS em 2005 para ganhar as eleições, acreditando que se o PS fosse governo iria propor alterações reforçando os direitos dos trabalhadores, mas o que esta em cima da mesa, com o livro branco, vai em sentido contrário, portanto eu e milhares de trabalhadores sentimo-nos enganados.
Enganado, mas eu quero acreditar que é possível ainda alterar o rumo. Eu não me conformo.
Carlos Lopes

:: enviado por RC :: 2/18/2008 07:25:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

domingo, fevereiro 17, 2008

É a vida


:: enviado por RC :: 2/17/2008 11:25:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Printemps des Poètes

O "Poema com h Pequeno", de Manuel Alegre, inserido no seu livro "O canto e as armas", representa Portugal em Lyon, no X Printemps des Poètes. O festival, que se realiza na cidade francesa dias 4 e 5 de Março, este ano é subordinado ao tema "O elogio do outro".

[...]
Cantarei o homem que transforma tudo
e tão difìcilmente se transforma.
Ele que se escreve com h pequeno
em todas as coisas que são grandes.
[...]

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:: enviado por RC :: 2/17/2008 10:57:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Esperança

Leonel Moura no Jornal de Negócios
O escorpião e a tartaruga
“Entre outras coisas, Manuel Alegre vai mesmo conseguir dar cabo do PS.”

António Barreto dizia ainda há não muitos meses:

Manuel Alegre resiste, mas já não conta.
Medeiros Ferreira ensina e escreve. Jaime Gama preside sem poderes. João Cravinho emigrou. Jorge Coelho está a milhas de distância e vai dizendo, sem convicção, que o socialismo ainda existe. António Vitorino, eterno desejado, exerce a sua profissão. Almeida Santos justifica tudo. Freitas do Amaral reformou-se. Alberto Martins apagou-se. Mário Soares ocupa-se da globalização. Carlos César limitou-se definitivamente aos Açores. João Soares espera. Helena Roseta foi à sua vida independente. Os grandes autarcas do partido estão reduzidos à insignificância. O Grupo Parlamentar parece um jardim-escola sedado. Os sindicalistas quase não existem. O actual pensamento dos socialistas resume-se a uma lengalenga pragmática, justificativa e repetitiva sobre a inevitabilidade do governo e da luta contra o défice. O ideário contemporâneo dos socialistas portugueses é mais silencioso do que a meditação budista. Ainda por cima, Sócrates percebeu depressa que nunca o sentimento público esteve, como hoje, tão adverso e tão farto da política e dos políticos. Sem hesitar, apanhou a onda.
. . . . . . . .
Deputados «fogem» do Parlamento
117 deputados foram substituídos e que 37 abandonaram
Em três anos, um total de 117 deputados suspenderam o mandato e 37 abandonaram de vez a Assembleia da República, o que quer dizer que apenas um terço dos parlamentares em funções foram eleitos. As contas foram feitas pela Comissão de Ética da Assembleia da República.

Excertos


"uma corrente de opinião que possa intervir na vida pública nacional, e alargar-se e discutir na sociedade, para dentro e fora do partido, na busca de soluções alternativas"

"Vou propor a constituição de uma corrente de opinião que possa intervir na vida pública nacional, e alargar-se e discutir na sociedade, para dentro, dentro e fora do partido, na busca dessas soluções alternativas"

"Tudo tendo em vista aquilo que para nós é essencial, que são os serviços públicos, como o serviço nacional de saúde, a segurança social, as leis do trabalho, as reformas na Justiça, a Educação, a desertificação, enfim, as grandes questões nacionais"

"Pensamos, contra as receitas do pensamento único, contra a ideia de que não há alternativas, que há alternativas. E o papel dos socialistas é construir essas alternativas", acrescentou, lembrando o alerta para os "perigos de explosão social" feito pelo director do Observatório de Segurança, general Garcia Leandro.

"Não estamos aqui para disputar eleições internas, mas porque pensamos que o socialismo não está morto nem enterrado e que, numa época geral de globalização e de recuo geral da esquerda, o dever dos socialistas, e da esquerda em geral, é encontrar soluções de esquerda para melhorar as condições de vida do nosso povo"

Manuel Alegre escusou-se também a comentar as afirmações de outros dirigentes socialistas, como José Lello e Vitalino Canas, que desvalorizaram o encontro de hoje.
"Não quero fazer quaisquer comentários. Estou aqui para tentar ajudar a resolver os problemas do país. Mas lembro apenas que aqueles que desvalorizaram a minha candidatura tiveram depois uma desagradabilíssima surpresa nos resultados das urnas"

No futuro

“É preciso ter em conta as posições dos sindicatos . Um poder político e nomeadamente um poder socialista não pode desequilibrar as relações de força em desfavor das classes trabalhadoras.”


O socialismo deve respirar da busca constante de soluções para uma sociedade mais justa, solidária e equitativa.
Cada militante ou simpatizante socialista, cada homem e mulher que ainda acredite na promessa de uma sociedade mais justa tem que se interrogar sobre a essência da presente governação. Tem que se interrogar sobre se a arrogância e a sobranceria, a prepotência e o desprezo do outro, fazem parte da ideologia socialista. No nosso pais há espaço à esquerda e à direita para todos e todos os ideais, mas seguramente não é aceitável nem honesto que pessoas que se gabam de querer partir a espinha ao movimento sindical, que se deixam deslumbrar pelo poder, achem que o seu lugar é num partido socialista.
Num tempo de socialistas modernos, arcaicos, empedernidos, de 1ª, 2ª ou 3ª via, arrependidos, alinhados e pragmáticos, Manuel Alegre é socialista só.


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:: enviado por RC :: 2/17/2008 10:48:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

sábado, fevereiro 16, 2008

Carta aberta ao Sr Procurador-Geral da República

Cada um com as armas que tenha na mão. Aqui ficam as questões de Domingos Cardoso.

"Quem quer acabar com a dignidade dos professores? Quem quer destruir o ensino público? Quem anda a brincar com os professores, os alunos e as famílias? Quem anda a hipotecar o futuro do País?"

:: enviado por RC :: 2/16/2008 10:28:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Madalenas

A pureza dos arrependidos fá-los abraçar o inimigo com o ardor da fé dos mártires. Imagino o asco dos antigos camaradas e a tristeza com que vamos penando pelos textos de Vital Moreira. Mais papista que o Papa. Vejamos:

Conservadorismo de esquerda
Por Vital Moreira

Nas críticas da esquerda tradicional ao actual Governo do PS há uma reiterada convergência na acusação de "esvaziamento" ou de "destruição" do Estado social, bem como de "convergência com as políticas de direita" a esse respeito. Todavia, independentemente do juízo político que se tenha sobre a orientação e o desempenho governativo nesta área - que, a meu ver, peca ao invés por alguma inconsistência doutrinária e timidez na execução -, a verdade é que as referidas acusações não são de modo nenhum suportadas pelos factos. Nem esvaziamento do Estado social, nem convergência com os partidos de direita.

É certo que o Governo eliminou logo no início do seu mandato vários regimes especiais de segurança social e de saúde, de que eram beneficiários certos grupos privilegiados no sector público. Mas parece evidente que tais medidas só podem ser aplaudidas sob um ponto de vista de esquerda, que não pode defender privilégios nem regimes especiais injustificados. É também inegável que houve encerramento de muitas escolas, de alguns blocos de partos e vários serviços de pseudo-urgências com escassa procura, ou de má qualidade ou simplesmente redundantes. Todavia, em vez do proclamado desastre, o que se verificou em geral foi a melhoria da cobertura nacional das respectivas redes e da qualidade dos serviços em causa, como se pretendia. Também é verdade, por último, que as reformas em curso invocam valores de rigor e eficiência operacional e financeira, tradicionalmente associados à direita. Contudo, devia ser hoje indiscutível que a boa gestão dos recursos públicos deve ser uma preocupação sobretudo da esquerda.

Voltando ao falso argumento da "destruição do Estado social", o que se verifica é justamente o contrário, ou seja, a sua recuperação e ampliação. No caso da segurança e da protecção social, basta referir o reforço do RIS, a valorização das pensões mais baixas, o novo complemento para pensionistas pobres, os novos apoios à natalidade e às famílias numerosas, o seguro de desemprego no sector público, o extenso programa de novos equipamentos sociais. No caso da educação, não podem ficar sem destaque a tendencial universalização do ensino pré-escolar, o alargamento do horário do ensino básico, o programa de recuperação das escolas do ensino secundário, o programa de "novas oportunidades", o aumento da procura do ensino secundário e do ensino superior, o novo programa de empréstimos no ensino superior, etc. No caso da saúde, importa lembrar os programas de recuperação da listas de espera cirúrgicas, a racionalização e qualificação da rede de maternidades e da rede de urgências, as novas redes de cuidados primários e de cuidados continuados, os novos programas na área da medicina dentária e da vacina contra o cancro do colo do útero, etc.

Portanto, em vez de "esvaziamento", o que tem havido é um claro reforço do investimento político e financeiro na realização dos direitos sociais nessas três áreas-chave, em boa parte através de ganhos de eficiência e de melhor utilização dos recursos disponíveis. Além disso, o mais importante foi inverter a ideia de irrecuperável insustentabilidade e decadência dos respectivos serviços públicos, que levavam cada vez mais pessoas a procurar no sector privado protecção social, educação e cuidados de saúde. Por conseguinte, em vez de "destruição do Estado social", o que tem havido é uma inegável aposta em melhorar a sua capacidade de resposta.

Não tem maior fundamento a ideia de que as referidas reformas não se distinguem das propostas da direita. O que se passou no debate da reforma da segurança social e o que se sabe das ideias do PSD e do CDS, bem como dos círculos ideológicos da direita, sobre o ensino e a saúde não deixam nenhuma margem para dúvidas sobre o fosso doutrinário e político entre o que está a ser feito e o que seria feito se fosse a direita a governar.

Recorde-se que na reforma da segurança social, enquanto o PS fez vingar a reafirmação e as condições de sustentação do modelo de segurança social pública, universal e geral, a direita insistiu num modelo de capitalização individual das pensões, o qual, além de abandonar qualquer ideia de solidariedade social e intergeracional, necessitava de um gigantesco endividamento público para suportar os encargos das pensões nas próximas décadas, dada a cessação das contribuições para o fundo geral da segurança social. No caso da educação e da saúde, os projectos da direita não podem ser mais claros. Como se exprimiu enfaticamente o líder do PSD, trata-se de "desmantelar o Estado" - com o Estado social à cabeça, bem entendido - ou, nas palavras de Manuela Ferreira Leite, de "afastar o Estado" da saúde e da educação. Mesmo que se proteste que pode haver garantia dos direitos sociais sem passar pela sua prestação pública - o que é verdadeiro, em abstracto -, a verdade é que não pode haver grande ilusões de que nas actuais circunstâncias nacionais a privatização dos serviços públicos de segurança social, de educação e de saúde, transformando o Estado em simples pagador da sua prestação privada a quem não tivesse meios para os pagar, produziria uma inaceitável segmentação social, entre os serviços "de primeira" para quem pode pagar e os serviços "de segunda" (ou "terceira") para quem depende da subvenção estatal.

Por conseguinte, enganam-se deliberadamente os que não querem ver que a alternativa à política de modernização e racionalização dos serviços sociais públicos não consiste em insistir no modelo tradicional (e caminhar para o seu inevitável colapso a médio prazo), como quer a esquerda conservadora, mas sim em seguir as receitas da direita, suprimindo a responsabilidade colectiva por serviços públicos universais e substituindo-a, quando muito, pela garantia supletiva de "serviços mínimos" para quem não possa pagar a sua prestação privada. A opção (de esquerda) devia ser óbvia.

(Público, terça-feira, 12 de Fevereiro de 2008)

Não deixa de ser interessante este último parágrafo. Em resumo, ser de esquerda moderna é ser de direita. E esta?

Os negritos são meus, mas a resposta deixo-a a cargo de quem fez a madalena... Comentem, comentem... no Briteiros ainda há liberdade de expressão e não temos telefone vermelho.

:: enviado por RC :: 2/16/2008 09:54:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Para ter saudades é preciso ter memória...

Onde é que eu já vi isto?


:: enviado por RC :: 2/16/2008 09:51:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

D'abord


:: enviado por RC :: 2/15/2008 10:21:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

...

Já tivemos a música e linguagem gestual americana. Agora vamos lá a ver se a letra se entende... :)

Mourir Pour Des Idées Georges Brassens


Mourir pour des idées, l'idée est excellente
Moi j'ai failli mourir de ne l'avoir pas eu
Car tous ceux qui l'avaient, multitude accablante
En hurlant à la mort me sont tombés dessus
Ils ont su me convaincre et ma muse insolente
Abjurant ses erreurs, se rallie à leur foi
Avec un soupçon de réserve toutefois
Mourrons pour des idées, d'accord, mais de mort lente,
D'accord, mais de mort lente

Jugeant qu'il n'y a pas péril en la demeure
Allons vers l'autre monde en flânant en chemin
Car, à forcer l'allure, il arrive qu'on meure
Pour des idées n'ayant plus cours le lendemain
Or, s'il est une chose amère, désolante
En rendant l'âme à Dieu c'est bien de constater
Qu'on a fait fausse route, qu'on s'est trompé d'idée
Mourrons pour des idées, d'accord, mais de mort lente
D'accord, mais de mort lente

Les saint jean bouche d'or qui prêchent le martyre
Le plus souvent, d'ailleurs, s'attardent ici-bas
Mourir pour des idées, c'est le cas de le dire
C'est leur raison de vivre, ils ne s'en privent pas
Dans presque tous les camps on en voit qui supplantent
Bientôt Mathusalem dans la longévité
J'en conclus qu'ils doivent se dire, en aparté
"Mourrons pour des idées, d'accord, mais de mort lente
D'accord, mais de mort lente"

Des idées réclamant le fameux sacrifice
Les sectes de tout poil en offrent des séquelles
Et la question se pose aux victimes novices
Mourir pour des idées, c'est bien beau mais lesquelles ?
Et comme toutes sont entre elles ressemblantes
Quand il les voit venir, avec leur gros drapeau
Le sage, en hésitant, tourne autour du tombeau
Mourrons pour des idées, d'accord, mais de mort lente
D'accord, mais de mort lente

Encor s'il suffisait de quelques hécatombes
Pour qu'enfin tout changeât, qu'enfin tout s'arrangeât
Depuis tant de "grands soirs" que tant de têtes tombent
Au paradis sur terre on y serait déjà
Mais l'âge d'or sans cesse est remis aux calendes
Les dieux ont toujours soif, n'en ont jamais assez
Et c'est la mort, la mort toujours recommencée
Mourrons pour des idées, d'accord, mais de mort lente
D'accord, mais de mort lente

O vous, les boutefeux, ô vous les bons apôtres
Mourez donc les premiers, nous vous cédons le pas
Mais de grâce, morbleu! laissez vivre les autres!
La vie est à peu près leur seul luxe ici bas
Car, enfin, la Camarde est assez vigilante
Elle n'a pas besoin qu'on lui tienne la faux
Plus de danse macabre autour des échafauds!
Mourrons pour des idées, d'accord, mais de mort lente
D'accord, mais de mort lente

:: enviado por RC :: 2/15/2008 10:08:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Parabéns


Faz hoje 77 anos o jornal Avante!
Ontem, como hoje, continua a ser o porta-voz das lutas dos trabalhadores e do Povo português contra as políticas de direita com que os governos PS/PSD/CDS-PP nos têm brindado nos últimos trinta anos.
Apesar de em muitos locais de trabalho a sua circulação já ser clandestina e andar no ar um cheiro de "bruma e de nevoeiro", ele aí está honrando a memória dos Homens e Mulheres que deram o melhor de si para que ele, em condições dramáticas, existisse e iluminasse o povo trabalhador na longa noite fascista!!!



:: enviado por ja :: 2/15/2008 02:28:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Universal


:: enviado por RC :: 2/14/2008 09:52:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

O antes não parece mau de todo


:: enviado por RC :: 2/14/2008 09:08:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

A barbárie

São seis os Conservatórios portugueses. Este foi oferecido a Aveiro pela Fundação Calouste Gulbenkian. Há uns anos foi a própria Associação de Pais que deu à Câmara de Aveiro cópia da escritura de doação que a própria câmara desconhecia. Fica assim explicado o desprezo a que o edifício foi votado pela autarquia ao longo dos anos. Dá Deus nozes a quem não tem dentes...
Vamos agora ver aonde o social liberalismo nos vai levar. Leia a posição da Fenprof aqui.


:: enviado por RC :: 2/13/2008 02:46:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Buracos negros

Alternativas
[29-12-2008]
Bob Reich, antigo ministro de Clinton, afirmou: “Nós respeitávamos outrora o modelo capitalista americano pela sua capacidade para garantir um crescimento forte, alicerçado num sistema de valores. Hoje rejeitamo-lo porque ele agrava as desigualdades e aumenta a nossa precariedade. Liquida impiedosamente o cidadão que há em cada um de nós.”

Edmund Phelps, prémio Nobel da economia em 2006, constata a existência de “duas Américas”, uma confortável e que vive bem, outra “com dificuldades para viver decentemente”. Phelps considera que os baixos salários e o alto desemprego entre os trabalhadores menos qualificados são “o maior problema para a política económica nos próximos anos”.

Nos Estado Unidos, país por muitos considerado como a pátria do capitalismo, sucedem-se vozes autorizadas a exigir novas prioridades e novas alternativas.
Pena é que em Portugal, mesmo na esquerda, haja quem se resigne ao pensamento único e estranhe que o papel dos socialistas seja o de procurar alternativas.

Manuel Alegre

[12.02.2008]

"Há um buraco negro na esquerda"

Manuel Alegre

:: enviado por RC :: 2/13/2008 08:41:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Puxar pelos neurónios


"Hoje há um pensamento único, as receitas aplicadas na Europa e um pouco por toda a parte são as mesmas: a diminuição do papel regulador do Estado, o esvaziamento dos serviços públicos, flexibilização, guerra aos sindicatos, etc. Nós pensamos que há soluções alternativas e que o dever dos socialistas é procurar essas soluções. E esse vai ser o nosso contributo."


E agora?




:: enviado por RC :: 2/12/2008 09:20:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Juntos contra ... lobos e hienas

Num tempo em que os direitos, a liberdade e a própria democracia são diariamente espezinhados, todos não somos muitos para sair à rua em sua defesa.
34 anos após a madrugada libertadora de Abril, doi ver como eles "vivem aqui" e "vagueiam pelas aldeias". Tal como Vieira da Silva, tão bem, nos canta.




Eles estão aí
os lobos
elas vivem aqui
as hienas

vagueiam pelas aldeias
contam contos de terror:
« vem aí o comunismo ai que horror »
saltitam de casa em casa
com a ajuda do prior:
« rezem pela nossa pátria por favor »

sussurram grandes histórias
em tom de muito segredo:
« vem aí o comunismo ai que medo »
e dizem ao lavrador
que resolva enquanto é cedo:
« os vermelhos não lhe deixam nem um dedo »

eles estão aí
os lobos
elas vivem aqui
as hienas

disfarçados de cristãos
entre cânticos de amor
prometem fazer do povo um senhor
vomitam lindos discursos
liberdade liberdade
mas vão escondendo ao povo a verdade

liberais capitalistas
em disputa do país
legionários com a sua flor de liz
vestidinhos de meninos
todos com ar infeliz
para não se ver que são bons nazis.

eles estão aí
os lobos
elas vivem aqui
as hienas.

:: enviado por ja :: 2/12/2008 06:48:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Os alunos que paguem


O Reitor da Universidade do Algarve, João Guerreiro, manifestou esta terça-feira a intenção de voltar a aumentar as propinas da instituição, assinalando que a subida não será tão grande como ocorreu nos últimos dois anos. Os alunos já contestaram esta possibilidade e recusam pagar o novo aumento.





:: enviado por RC :: 2/12/2008 01:54:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Manifestante condenado sem ter sido notificado

DN Online: Manifestante condenado sem ter sido notificado: "Primeira sentença por manifestação ilegal pós-Abril
A 16 de Janeiro deste ano, João Serpa fica a saber que nas instalações do Sindicato da Construção Civil do Sul tinha sido entregue uma notificação para se apresentar no Tribunal de Oeiras no dia seguinte. Não sabia do que se tratava.

Quando chegou ao Tribunal de Oeiras apercebeu-se de que ia ser presente a julgamento, acusado de ter participado numa manifestação ilegal de trabalhadores da Pereira da Costa, em Janeiro de 2005, um caso que pensava estar encerrado há muito tempo. Assim, sem ter sido notificado ao longo de meses, sem ter levado consigo testemunhas, nem tão- -pouco um advogado contratado, João Serpa teve a defendê-lo um advogado oficioso. Acabou condenado."

Ao que nós chegámos...

:: enviado por RC :: 2/12/2008 01:51:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Mr. H


:: enviado por RC :: 2/11/2008 09:19:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A brincar, a brincar...


:: enviado por RC :: 2/11/2008 09:02:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Só p'ra lembrar


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:: enviado por RC :: 2/08/2008 11:57:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Referendo para quê?

(uma coisa são os períodos eleitorais outra coisa são os superiores interesses …)



O Alegre Manuel
manda calar o Poeta
na hora da votação…

acha que não…
e que sim…

a europa é importante
os portugueses talvez

em resumo:

abstenção!


:: enviado por vieira da silva :: 2/07/2008 11:09:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Os novos "revolucionários" do rato e da beata


Nada me move contra o Miguel Sousa Tavares (que aprecio como jornalista), mas a verdade é que, quando lhe dá para ser fanático, ninguém lhe leva a palma. Digo isto a propósito da sua coluna do Expresso que, no sábado passado, abordou, mais uma vez, a lei “do” tabaco e a ASAE. Agora parece que se tornou moda dizer mal da ASAE e da lei que impede os fumadores de imporem o seu fumo aos não fumadores em locais fechados. Aparentemente, de acordo com estas vozes, estaríamos agora em presença de um grave atentado às liberdades individuais, ou até mesmo à democracia.
Ora, não me lixem!...Com tanta ameaça (por parte deste governo e dos anteriores) às liberdades, de informação, de reunião, de manifestação, com tanta ameaça aos direitos fundamentais, como o direito ao trabalho, o direito à saúde, o direito à educação…vêm agora estes “revolucionários” da treta defender o “nosso” sacrossanto direito a comer em restaurantes onde os ratos se passeiam pela cozinha, a comer/beber qualquer porcaria/mixórdia só porque são “caseiras/os” ou porque temos forçosamente de respeitar a intocável tradição (talvez a de sermos miseráveis e brutos como antigamente), e o "nosso" inviolável direito a respirar, em espaços fechados, o fumo que os fumadores nunca se coibiram de expelir para cima de nós. Tenham lá paciência!...
Podem chamar-me "ayatollah" à vontade, mas eu, ao contrário de MST, acho mesmo que uma das funções do Estado (desde que democrático) é defender-nos até de nós próprios – e, se não, pense-se no que seriam as estradas se não houvesse um código para cumprir e uma fiscalização para assegurar o seu cumprimento…- e acredito (ainda) que é possível, e sobretudo é desejável, aspirar a um mundo, já não digo perfeito, mas menos imperfeito do que este em que (con)vivemos.

:: enviado por Manolo :: 2/04/2008 10:00:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

sábado, fevereiro 02, 2008

Para ler e meditar...

Da política, dos políticos e outros....

:: enviado por touaki :: 2/02/2008 02:26:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Rir baixinho...

"«Existe em Portugal uma criminalidade muito importante, do mais nocivo para o Estado e para a sociedade, e que andam por aí impunemente alguns a exibir os benefícios e os lucros dessa criminalidade e não há mecanismos de lhes tocar. Alguns até ostensivamente ocupam cargos relevantes no Estado Português», afirmou Marinho Pinto, bastonário dos advogados, à Antena 1.

Entretanto, o Procurador-Geral, Pinto Monteiro, anunciou que determinou a abertura de um inquérito às declarações do bastonário da Ordem dos Advogados, disse à Lusa fonte da Procuradoria."


Num país em que a justiça não consegue descobrir e condenar quem durante anos abusou de criancinhas, em que parte dos gestores da banca vivem no regabofe de que vamos tendo conhecimento, abre-se um inquérito às declarações do bastonário.

Vamos lá rir baixinho...

:: enviado por RC :: 2/01/2008 07:04:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Cebolinhas

"Um grupo de cientistas da Nova Zelândia e do Japão criaram uma cebola que "não faz chorar", ao desligarem o gene responsável pela enzima que produz essa reacção, noticiou hoje a imprensa britânica."

Parece qie Teixeira dos Santos contactou este grupo de cientistas para que alterem o código genético do IVA.

:: enviado por RC :: 2/01/2008 06:55:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Quem é o "padrasto" do projecto?

Quem será o artista que fez semelhante cagada ?
Aceitam-se apostas!!!


:: enviado por ja :: 2/01/2008 04:46:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::