quarta-feira, janeiro 31, 2007
Sim porque não...
No referendo sobre a IVG vou votar “SIM” porque:— NÃO quero ser conivente com a actual situação de “liberalização clandestina do aborto, independentemente de prazos e do lugar da sua prática, bem como à margem de qualquer apoio ou ponderação serena da mulher grávida, que se vê frequentemente sózinha e desamparada na sua decisão” — como muito bem a define Vital Moreira (no “Público” de ontem);
— NÃO tenho pachorra para os hipócritas que tentam tapar-nos o Sol com uma peneira: com a lei actual, quem tem dinheiro, vai continuar a abortar em boas condições e quem não tem, vai continuar a abortar em condições insalubres e indignas e a contribuir para enriquecer ilegitimamente quem se aproveita desse negócio sórdido;
— NÃO estou disposto a aceitar que a hierarquia da Igreja imponha o seu dogma através do Estado (que felizmente, é laico!), o mesmo dogma, aliás, que condena os métodos contraceptivos, não sei bem se para poderem continuar a praticar a caridade com os desgraçadinhos ou para aumentarem, em benefício dos de sempre, o chamado “exército industrial de reserva”.