BRITEIROS: novembro 2007 <$BlogRSDUrl$>








sexta-feira, novembro 30, 2007

Quando a realidade ultrapassa a ficção

«A Caixa Geral de Aposentações diz que uma funcionária pública portadora de lombalgia e cervicalgia degenerativas tem de trabalhar. A Caixa considera que a funcionária de Ponte de Lima não se encontra "absoluta e permanentemente incapaz" para o exercício de funções.»

É claro que uma tal condição só pode ser preenchida por quem esteja morto. O legislador é cá um manhoso....


:: enviado por RC :: 11/30/2007 05:23:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

No exército americano também há suicidas

George W. Bush costuma dizer que só os terroristas se suicidam; que os terroristas suicidas “não são como os nossos; não dão valor à vida como nós damos”. Santa ironia, santa ignorância.
Uma investigação da CBS News revela que, em 2005, se suicidaram 6.256 efectivos que haviam participado nas guerras do Iraque e do Afeganistão. Uma média de 120 por semana, sete em cada dia. E isso num só ano: quase o dobro dos que caíram em mais de quatro anos de conflito.
A investigação da CBS News durou cinco meses. Reuniu informações de várias fontes oficiais, consultou especialistas e comparou as taxas de suicídios dos ex-combatentes com as do resto da população. Padeciam do chamado stress pós-traumático, uma generalidade que pode englobar muitas coisas: horrores do combate, crimes cometidos ou vistos cometer, desilusões da “liberdade e democracia” que era suposto levarem a esses países, angústias, pesadelos, remorsos, ...
Um outro estudo, publicado pela Reuters revela que mais de 25 por cento dos efectivos em actividade e 50 por cento dos reservistas, que regressaram a casa, apresentam sintomas de perturbações mentais.

Penny Coleman, viúva de um veterano do Vietname, escreveu um artigo difundido nesta 2ª Feira pelo Independent Media Institute — um organismo que apoia o jornalismo independente — “Há algo de superioridade, tão arrogante, na maneira como falamos nos atacantes suicidas e nas culturas que os produzem. E assoma um sentimento inquietante: Em 2005, 6.256 veteranos americanos puseram fim à vida. Nesse mesmo ano, houve cerca de 130 mortes documentadas de atacantes suicidas no Iraque. Façam as contas. A proporção é de 50 para 1. Quem são então os mais eficazes na criação de uma cultura do suicídio e do martírio? Se George Bush tem razão quando diz que é o desespero, o desleixo e a pobreza, que impele essa gente a cometer tais actos, não são os americanos quem mais se pode gabar de um melhor desempenho nessa matéria?”.
E neste caso, não são fiéis do Islão nem árabes, que W. tanto despreza, mas sim — à excepção dos psicopatas que sempre existem — pessoas que se alistaram por pobreza ou à procura de oportunidades de carreira... e não porque queriam matar civis.

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:: enviado por JAM :: 11/30/2007 12:49:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, novembro 29, 2007

Medina Carreira

Vindo de dentro do sistema (capitalista) e sem o pôr em causa, é de há muito conhecido o pensamento critico de Medina Carreira, agora publicado em forma de grande entrevista no livro “O dever da verdade”.
Partindo da constatação que faz de que as economias europeias ultimamente, mais ou menos dos anos setenta para cá, têm tido “comportamentos modestos” e de que, em contrapartida, as despesas do “Estado-Providência” têm crescido a um ritmo sempre mais rápido do que a criação de riqueza, chega à conclusão de que a solvência deste tipo de Estado tem passado, até agora, quase exclusivamente pelo aumento da carga fiscal.
E, ao longo da entrevista (ao jornalista Ricardo Costa), vai apontando a dedo, no caso português, os causadores principais do estado actual a que chegámos, naturalmente muito mais grave do que o dos nossos "parceiros" europeus:
— ao tecido empresarial portuga que sempre tem funcionado — e exige continuar a funcionar — à sombra do proteccionismo do Estado (o tal Estado que os “empreendedores” lusos acham sempre demasiado grande, invasivo e perdulário, sempre que este se lembra de que os pobres também são eleitores e lhes atira umas migalhas…);
— à “população asilada” no mesmo Estado, paga pelos impostos de todos, e que, entre políticos, funcionários, pensionistas, subsidiados e familiares destes todos, corresponde a mais de 50% dos residentes e a mais de 60% do eleitorado;
— e, evidentemente, às opções políticas dos sucessivos governos que, com o voto da maioria, têm administrado o país até aos dias de hoje.
Pode estar-se de acordo, pode discordar-se, ou pode considerar-se que é uma crítica que, vinda de dentro, não aponta para o problema de fundo…
Mas não se pode é ficar-lhe indiferente. Acho eu.

:: enviado por Manolo :: 11/29/2007 11:02:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Quem quiser que assobie para o ar...


:: enviado por RC :: 11/29/2007 10:29:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

O regresso dos escravos

John Kenneth Galbraith denunciou, em tempos, a enganadora associação que existe entre dinheiro e inteligência. A equação que nos querem impingir de que os rendimentos são directamente proporcionais ao talento especulador é tão falsa — pelo menos a longo prazo — como pretender que o império da astúcia e da fraude é mais forte que o conhecimento.
Se Ho Chi Min saísse agora da tumba, assistiria a mais de 10.000 discípulos vietnamitas que iniciaram uma greve, contra as condições draconianas que lhes são impostas por uma empresa local subcontratada pela multinacional NIKE.
Se fosse vivo, o pai do comunismo indochinês dar-se-ia conta de que a sua proclamada confiscação das companhias imperialistas de nada serviu para melhorar as coisas nas fábricas de calçado desportivo do seu país. As empresas multinacionais, cujos tsunamis mundializantes convertem qualquer militante anti-globalização numa ave rara em vias de extinção, estão convencidas de que a sua acção exploradora é inexpugnável. Pouco importa que um empregado vietnamita seja uma criança, que trabalhe 14 horas por dia ou que ganhe apenas 50 dólares por mês.
Sim! Somos todos uns monstros. Compramos umas sapatilhas por 100 euros, ou mais, que na origem são facturadas — na melhor das hipóteses — por dez vezes menos. Mas, pior do que isso, a mão-de-obra asiática que as fabrica não recebe mais do que 1% do preço do produto.
Os seres humanos reinventaram o esclavagismo tão facilmente como se tivessem reinventado a roda. Mas não nos esqueçamos de que — como dizia o filósofo esloveno Slavoj Zizek — o moralismo ocidental, que promove campanhas de boicote aos produtos fabricados por asiáticos explorados, só serve para limpar a nossa consciência... à custa do aumento da miséria dos escravos.

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:: enviado por JAM :: 11/29/2007 10:24:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, novembro 28, 2007

O que nasce torto...

O estudo que a ACP desenvolveu completa o puzzle das alternativas em jogo. E que são, neste momento, as seguintes:

a) insistir na construção de um aeroporto na Ota, uma localização que nenhum estudo técnico recomenda como a mais favorável em termos de custos ou de aeronáutica;

b) optar por uma localização na Margem Sul do Tejo, com óbvias vantagens no que respeita aos custos da infra-estrutura, à sua construção faseada e às suas possibilidades de expansão, mas ainda colocando novos desafios em termos de ordenamento do território;

c) continuar a melhorar o aeroporto da Portela transformando-o na placa giratória da TAP (e, se possível, da Star Alliance no Sul da Europa), ao mesmo tempo que se desviam os voos das companhias de low cost, por regra voos ponto-a-ponto, para um dos aeroportos militares dos arredores de Lisboa, ganhando tempo para perceber em que direcção evoluirá o transporte aéreo.

A primeira hipótese é a mais megalómana, a que tem mais limitações em termos de opções futuras e, no que respeita à infra-estrutura aeroportuária, a mais cara. Logo, é a mais arriscada para o Estado e a que mais pode dar a ganhar às empresas de construção civil.
A segunda é mais prudente, mais razoável se se quiser criar uma verdadeira placa giratória aeroportuária e menos favorável à especulação. Está, contudo, ainda algo “verde” no que respeita aos estudos de apoio.
A terceira pode representar apenas um adiar do problema ou evitar criar um problema, pois é a que altera menos a situação actual, melhor optimiza o que já existe (mesmo com as suas limitações) e permite ganhar tempo para perceber melhor as tendências do mercado.

Jornal Público, 28/11/07 (sublinhados nossos)


:: enviado por JAM :: 11/28/2007 09:41:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

terça-feira, novembro 27, 2007

Quanto mais se mexe na merda...

Um enorme cinismo paira sobre a “cimeira” que vem, mais uma vez, remexer o inextinguível conflito israelo-palestiniano. Essa não-sei-quê de Annapolis, como lhe chama Rui Tavares.
Assunto debatido até à exaustão, sobre o qual é impossível dizer-se o que quer que seja de novo. Não existe já um único centímetro quadrado, nenhuma solução teórica, nem um só ponto de vista ou método de negociação, que não tenham sido já revirados em todas as facetas possíveis.
Um conflito que, para a maioria dos observadores, está militarmente terminado, ganho — de uma forma esmagadora — pelo lado israelita. Só que... sem que tenha havido a mínima transformação, sobre o terreno, dessa vitória militar em vitória política ou em paz durável... nem sequer nos cemitérios.
Daí essa imensa frustração bem visível em ambas as partes.
Os israelitas, à procura de uma remota vitória total, vêem-se obrigados a estabelecer um compromisso com o inimigo vencido — subjugado, mas ainda não aniquilado.
E os palestinianos, historicamente conduzidos por uma liderança catastrófica, submetidos por um inimigo mil vezes mais poderoso e embrenhados numa sangrenta guerra intestina, oscilam entre o inacessível sonho nacional... e a busca de uma existência quotidiana simplesmente suportável.

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:: enviado por JAM :: 11/27/2007 11:25:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, novembro 23, 2007

O injustiçado

Não há nada como o futebol para alimentar uma boa polémica. Tinha prometido a mim mesmo que não falaria mais de futebol neste blog porque implica sempre alguns insultos e o olhar reprovador da família e dos amigos. Temo, no entanto, que a minha fraqueza seja superior à minha vontade.
O meu amigo JAM (certamente influenciado por ser adepto do Sporting e portanto estar habituado a perder jogos que deveria ganhar facilmente) acha que Scolari tem razão e que não tem nada que responder a perguntas de jornalistas que não sejam de louvor. Eu acho que não.
Obviamente, os adeptos têm sempre expectativas muito altas em relação às suas equipas o que faz com que eu, por exemplo, apesar das miseráveis exibições do Benfica e da evidente falta de qualidade da equipa, continue com a expectativa irracional de que possam ser campeões da Europa. No caso da selecção nacional é diferente. Primeiro, porque os jogadores são de qualidade, jogam em boas equipas e são pagos ao nível dos melhores do mundo, depois porque o seleccionador não se cansa de repetir que já foi campeão do mundo, que é um dos melhores na sua profissão e que os objectivos são os quartos de final dos campeonatos do Mundo ou da Europa. Sendo assim, é normal que as nossas expectativas sejam elevadas e que, para quem tem como objectivo chegar aos quartos de final, seja normal que se qualifique primeiro para a fase final da competição. Logo, o simples facto de se qualificarem já não é suficiente para nos contentar. Há que o fazer, claro, mas jogando futebol ao nível do que apregoam ser capazes. Foi a pergunta de porque é que não o fazem (que muitos portugueses também teriam feito) que irritou Scolari não se percebe muito bem porquê.
Aliás, haveria outras perguntas em que seria interessante ouvir a opinião do treinador: que me lembre, Portugal nunca teve um grupo de qualificação tão fácil. Se não, vejamos: Portugal é 8° no ranking da FIFA, a Polónia é 23°, a Sérvia é 30° e a Finlândia 36° - dos outros nem falo porque são daquelas equipas para quem o futebol é fácil quando não têm a bola nos pés. Como é que com um grupo destes conseguiram não ganhar a nenhuma destas três equipas e acabar o último jogo de qualificação a sofrer contra uma equipa ao nível da Guiné ou da Costa do Marfim e a empatar o jogo sem golos? Conheço o discurso de que já não há equipas fáceis e todos são agora do mesmo nível. Se é assim, porque é que o Cristiano Ronaldo ganha mais num ano do que toda a equipa da Arménia junta? Não será que aos bons profissionais se paga melhor porque são precisamente melhores? E não terão que o demonstrar quando para isso são chamados? Ou será que entendem que basta jogar 15 minutos - como fizeram contra a Sérvia – e depois é só deixar passar o tempo? Ou que jogar na Arménia com frio, num terreno menos bom e contra uma equipa que correu como se o fisco português os perseguisse deveria ser proibido pela UEFA?
A não ser que se considere um feito futebolístico ganhar 4-0 em casa contra a Bélgica, há que ter muito boa vontade para encontrar um bom jogo de Portugal nesta fase de qualificação. É certo que esta equipa portuguesa está em remodelação e que há jogadores importantes indisponíveis. Scolari até poderia referir isso como justificação para exibições menos conseguidas. Não o fez. Preferiu a cena do injustiçado depois de nos ter feito a cena do macho latino a defender a “honra” ao murro.
Pouco me importa se Scolari está indignado ou não. Pagamos-lhe (e bem) para fazer o seu trabalho e para cumprir objectivos. Não lhe pagamos para ser mal-educado.

PS: A Inglaterra foi eliminada porque tiveram a brilhante ideia de escolherem um treinador que tinha no Middlesbrough jogadores sem muito talento mas com muita vontade, para treinar uma equipa com jogadores de grande talento mas sem vontade nenhuma de estarem ali.

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:: enviado por U18 Team :: 11/23/2007 02:58:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Causa Nossa

O Causa Nossa completou, ontem, quatro anos de existência. Parabéns a todos os que aí participam, principalmente a Vital Moreira que consegue manter, por si só, uma das maiores taxas de refrescamento dos blogues que visito.

De empedernido a moderno, aplaudir a muito obriga.

:: enviado por RC :: 11/23/2007 08:23:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, novembro 22, 2007

Desta vez, Scolari tem razão

São compreensíveis as palavras de indignação de Scolari, ontem à noite dirigidas aos jornalistas: “Pelo amor de Deus, vou-me sentir desiludido por me qualificar? Eu estou é muito feliz. Alguns entendiam que a torcida do Porto não nos apoiava, mas deram um grande exemplo. Foram espectaculares, como são sempre. Será que vocês não conseguem ver nada de bom naquilo que nós fazemos? Será que só tem porcaria e ruindade no nosso trabalho?”.
É certo que Portugal ficou em segundo lugar no seu grupo (a um ponto do primeiro). É certo que sofremos que nem burros até ao último segundo de um jogo em que os nossos acabaram a colar a bola à bandeirola de canto com supercola3 (até quase se ter que arrancar a bandeirola). É certo que poderíamos ter aliviado as coisas muito mais cedo (em casa, contra a Sérvia e a Polónia, por exemplo).
Mas puxa! Agora que o pior passou, agora que a qualificação está no papo, o momento é de alegria (e os portugueses bem precisam dela). Para quê então continuar a massacrar o “pobre” Filipão? Não lhe chegou já o raspanço?
Se até a “grande” Inglaterra (o berço do futebol) ficou pelo caminho. Se Portugal foi dos poucos segundos classificados que deixou o terceiro a mais de três pontos de distância (muitos foram segundos à rasquinha)...
Por isso, caros senhores jornalistas: Desta vez, porque não se calam?

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:: enviado por JAM :: 11/22/2007 01:17:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, novembro 21, 2007

Deliciem-se com esta que é muiiiiito gira....

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:: enviado por touaki :: 11/21/2007 01:53:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

terça-feira, novembro 20, 2007

A "comodidade" educativa

(Entram-nos estas coisas pela caixa do correio..)

:: enviado por RC :: 11/20/2007 12:10:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

segunda-feira, novembro 19, 2007

Por que não se calam?


© Desenho de Bandeira - Diário de Notícias


"Porque não te calas?" é o tema do Prós e Contras. Até agora só há prós no palco e um contra na plateia. Eu calo-me já.


:: enviado por RC :: 11/19/2007 11:06:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

A democracia vai morrendo sem ninguém dar por isso

[...] Entretanto, o país discute o hipotético aeroporto de Alcochete, a putativa fusão do BCP e do BPI, a presuntiva demissão de José Rodrigues dos Santos, Maddie McCann, a Casa Pia (essa praga), o aborto e, a pedido do Sr. Presidente da República, o mar. Por outras palavras, José Sócrates (com a voluntária ajuda de Cavaco) despolitizou Portugal. Vivemos numa sociedade apolítica, que obedece à autoridade, sofre calada e aceita com resignação o seu destino.
Sócrates conseguiu, de facto, impor a toda a gente a obediência servil do PS. Pouco a pouco, o essencial desapareceu de cena: a liberdade e a justiça, o Governo e o Estado. E voltaram, como sempre, o “imperativo nacional” e a competência técnica, que Sócrates naturalmente encarna. A democracia vai morrendo sem ninguém dar por isso.

[Vasco Pulido Valente, Jornal Público, 18/11/07]

Será que VPV também já aderiu ao Partido Comunista?

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:: enviado por JAM :: 11/19/2007 10:33:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Memória das putas censuradas

No Irão, foi bloqueado há dias o acesso ao YouTube por representar, na sábia opinião dos ayatolahs que governam o país, “uma ameaça contra a moral e os bons costumes”. Agora, os mesmos sábios decidiram proibir a circulação da tradução persa da Memoria de mis putas tristes de Gabriel García Marquez, uma novela inspirada n’A Casa das Belas Adormecidas, de Yasunari Kawabata. Kawabata foi o primeiro japonês a ser laureado com o Prémio Nobel da Literatura, em 1968, e estranhamente suicidou-se quatro anos depois de ter recebido o distinto galardão.
A Casa das Belas Adormecidas é uma singular e exclusiva pousada, situada nos arredores de Tóquio, onde acorrem assiduamente alguns anciãos endinheirados para “desfrutar” ou “sofrer” da companhia de jovens virgens que permanecem a seu lado durante toda a noite, nuas e drogadas. O regulamento da casa é implacável: os velhos não só não podem ter relações sexuais com as jovens como nem sequer lhes podem tocar. Em contrapartida, podem sonhar e reviver as experiências amorosas e sexuais das suas vidas, afastando, ao mesmo tempo, o temor de terem que expor os seus corpos decadentes.
A Memoria de mis putas tristes de García Márquez estava para ser distribuída pela editorial Nilufar, quando chegou a fulminante ordem dos ayatolahs: Proíba-se!...
A novela, publicada em 2004, é uma história de amor: a história de um jornalista que, chegado à idade de 90 anos, oferece a si mesmo de presente uma jovem de 14 anos que conhecera numa casa de putas.

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:: enviado por JAM :: 11/19/2007 11:00:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, novembro 14, 2007

Ainda há movimentos reivindicativos simpáticos

As suecas lançaram uma campanha nacional denominada “mamas ao léu” (Bara Bröst, em sueco) para reivindicar o direito de irem à piscina sem a parte de cima do fato de banho.
O movimento pretende animar o debate sobre as regras culturais e sociais não escritas que sexualizam e discriminam o corpo da mulher. Segundo as animadoras, “é importante que as mulheres tenham os mesmos direitos que os homens e que estes sejam capazes de se manterem serenos quando vêem uma mulher em topless”.
Para além de justo, parece-nos uma maneira simpática de dar mais vivacidade aos movimentos reivindicativos — que têm andado um pouco por baixo —, sem necessariamente provocar grandes conflitos de classes.
Será que alguém está contra esta luta?

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:: enviado por JAM :: 11/14/2007 01:33:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

segunda-feira, novembro 12, 2007

Toma que é democrático!

O acontecimento mais marcante deste fim-de-semana foi sem dúvida a insólita saída de trono do Rei Juan Carlos para mandar calar Chávez. Ao fazê-lo, deu o verdadeiro tom a uma reunião em que, pela primeira vez, neste tipo de círculo de altos voos, os empresários espanhóis foram alvo de duras críticas por parte dos dirigentes da Argentina, Venezuela e Nicarágua.
O remate final foi a forma como Chávez qualificou José María Aznar como “fascista”, acusando-o — a ele e aos empresários espanhóis — de terem apoiado o fracassado golpe de Estado perpetrado em 2002 contra o governo de Caracas.
É certo que o presidente venezuelano interrompeu Zapatero quando este defendia a honra de Aznar, argumentando que “não é aceitável” que no foro democrático se usem desqualificações a pessoas que governaram como fruto da vontade popular. Mas, daí a que o rei espanhol, também no foro democrático, mande calar alguém, há no mínimo um pequeno abismo conceptual.
É concebível que o monarca espanhol tenha ultimamente os nervos à flor da pele, sobretudo desde que os seus súbditos se puseram a queimar-lhe os retratos e a fazer escárnio da família real, levando os juízes a cerrar fileiras em defesa da imaculada coroa, dando a entender que a realeza é uma divindade encarnada com a qual ninguém se deve meter.
Mas que Chávez tache Aznar como fascista, não deve surpreender ninguém minimamente informado sobre a verborreia habitual do líder da direita espanhola. É certo que muitos espanhóis acreditaram e votaram nele, mas isso não significa que — como asseverou Zapatero — as tachas de Chávez sejam uma ofensa ao povo espanhol. Pior do que isso foi o desprezo que Aznar manifestou pelos seus próprios concidadãos quando estes disseram “não” nas ruas à intervenção do trio dos Açores no Iraque, agressão ilegal, contrária ao direito, antidemocrática e — porque não dizê-lo — fascista. E isso não significa minimamente que os respectivos povos sejam fascistas.
Aznar, cabeça visível da democracia intolerante e agora defendido pelo socialista Zapatero; Aznar, que perdeu as eleições de 2004 por ser mentiroso, continua a pôr em xeque o estado de direito espanhol com a sua obsessão de que os atentados do 11 de Março em Madrid foram obra da ETA. Os juízes já disseram que não, que os etarras nada tiveram a ver com isso.

Juan Carlos não tem nada que mandar calar seja quem for. A não ser que pretenda demonstrar que nestas cimeiras se faz o que ele ordena. Talvez esteja cansado e nervoso porque no seu país cresce imparável um estado de opinião que põe tudo em questão, inclusive a vigência da monarquia. Talvez por isso não se atreva a dizer tudo o que pensa em Espanha e tenha que vir aos seus antigos territórios botar um discurso tão arcaico como a própria monarquia.
O mundo muda e é tempo dos governantes espanhóis falarem de igual para igual mesmo com aqueles que se expressam em termos “politicamente incorrectos”. Sobretudo tendo em conta que os empresários espanhóis, silenciosamente apoiados pelo seu governo, encorajam intentonas como a da Venezuela. Sobretudo por causa de certos tratamentos humilhantes de que são alvo muitos emigrantes latino-americanos em Espanha. Daí também o protesto do presidente do Equador em relação à brutal agressão xenófoba sofrida por uma sua concidadã no metro de Barcelona. É claro que o seu homólogo Álvaro Uribe nada disse sobre a brutal agressão que, dias depois, foi propiciada por quatro espanhóis a um emigrante colombiano, quando este saía de uma discoteca de Madrid.
O mundo muda e também a democracia terá que ser para todos e em toda a sua expressão.

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:: enviado por JAM :: 11/12/2007 12:27:00 da tarde :: 3 comentário(s) início ::

domingo, novembro 11, 2007

Mais um que já percebeu o que se passa....

Mais um que já percebeu o que se passa... no reino da educação. Ainda bem. Ainda bem porque assim já não são sempre os mesmos a clamar no deserto. Pode ser também que, por esta via, as vozes cheguem a quem de direito. É bom que a dita sociedade civil (como detesto esta expressão estúpida) comece a mexer, a chamar os bois pelos nomes e faça também ela algo de útil pelo seu futuro....
É só seguir o texto...

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:: enviado por touaki :: 11/11/2007 01:23:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

sábado, novembro 10, 2007

Efeméride


Lembrando Álvaro Cunhal no dia do seu 94º aniversário.

Como estamos mais pobres!!!


:: enviado por ja :: 11/10/2007 09:44:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, novembro 09, 2007

A propósito da justiça...

Para relembrar as memórias tão atazanadas com outras coisas de lana caprina, como o orçamento do Estado para 2008.
Aos poucos, a comunicação social encarrega-se de fazer desaparecer da memória, já de si curta, das pessoas, casos e coisas que deram brado.
Aqui estão algumas para recordar....

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:: enviado por touaki :: 11/09/2007 03:15:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, novembro 07, 2007

Para a antologia do dislate ético

"A "esquerda do PS"
Não tenho que me imiscuir num debate político intra-PS, a que sou alheio, e cujos "códigos pessoais" desconheço. Mas não posso deixar de sentir alguma perplexidade com a explícita acusação de J. Medeiros Ferreira a uma alegada «produção legislativa contra o edifício frágil da segurança social»."

Quando um antigo ex-comunista dá em socratista e ainda por cima diz que lhe é alheio, estamos conversados.

:: enviado por RC :: 11/07/2007 09:30:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Simples retoques

Valéry Giscard d'Estaing, o pai do Tratado Constitucional Europeu, sentiu vontade de se justificar e de explicar aos cidadãos europeus que o Tratado de Lisboa agora aprovado não é mais nem menos do que o seu Tratado, em outro tempo rejeitado pelos mecanismos democráticos da mesma Europa que se prepara agora para o ratificar com fórceps. Deixamos aqui um pequeno excerto:

Os acontecimentos mediáticos de 18 de Outubro chamaram a atenção de um público que pouco interessado parecia no acordo celebrado em Lisboa, no âmbito do Conselho Europeu, tendo em vista a adopção de um novo tratado institucional.
No entanto, muitos europeus, perturbados pela recusa do funesto referendo de 2005, gostariam de melhor compreender o desenrolar dos acontecimentos. Vou pois tentar responder à questão que se colocam: em que é que o Tratado de Lisboa é diferente do projecto de tratado Constitucional?
Os juristas do Conselho não propuseram nada de novo. Partiram simplesmente do texto do Tratado Constitucional, destacaram um a um os respectivos elementos, remetendo-os através de emendas para os dois tratados existentes: o de Roma, de 1957, e o de Maastricht, de 1992. O Tratado de Lisboa apresenta-se assim como um catálogo de emendas aos tratados anteriores. É ilegível para os cidadãos, que devem reportar-se constantemente aos textos dos tratados de Roma e de Maastricht, aos quais se aplicam essas emendas. Isto, quanto à forma.
Quanto ao conteúdo, o resultado é que as propostas institucionais do Tratado Constitucional — as únicas que de facto contavam para os membros da comissão — aparecem integralmente no Tratado de Lisboa, mas por outra ordem... e repartidas pelos tratados anteriores.

Voilà!... Vale a pena ler na íntegra o acto de contrição de VGE >>>

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:: enviado por JAM :: 11/07/2007 03:44:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Essa é que é essa!

Manuel Alegre jamais soube o que fazer com a sua candidatura e muito menos com o milhão de votos que alcançou, circunstancialmente ou não, empatando uma reorganização do espaço político da esquerda até hoje, uma atitude que ainda lhe pode valer a candidatura oficial pelo PS em 2010, caso Cavaco Silva esteja em boa forma.

Medeiros Ferreira, Bicho-carpinteiro, 4.Nov.2007


:: enviado por JAM :: 11/07/2007 11:02:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

A prevenção rodoviária deveria começar na escola primária

As crianças vietnamitas aprendem desta forma o b-a-ba da prevenção rodoviária, numa coreografia que na circunstância vem a pretexto dum render de graças a uma associação que oferece os capacetes. Aconteceu ontem em Hanoi.
Entre nós, em vez de andarmos a entreter-nos com ridículos “estatutos do aluno” e com discussões sobre se os alunos devem ou não ir à escola, faríamos melhor preocupar-nos com o desenvolvimento de verdadeiras acções complementares de educação cívica que contribuiriam certamente para aprender brincando e que seguramente poderiam evitar no futuro muitas medidas como esta.

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:: enviado por JAM :: 11/07/2007 09:08:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Mais um alfobre de democracia que não pega

Há meses que os Estados Unidos trabalhavam num plano para juntar o general-presidente Musharraf e a antiga primeira ministra Benazir Bhutto. Autorizada a regressar do exílio, esta seria facilmente eleita chefe do governo nas eleições de Janeiro. A oposição democrática e o exército passariam então a fazer frente à oposição islamista, contribuindo simultaneamente para a estabilização interna e o reforço da NATO na batalha contra os talibãs afegãos.
Mas a Administração americana já deveria saber que os ditadores não costumam aceitar partilhar o poder. Em vez disso, Musharraf preferiu decretar o estado de emergência, amordaçar a imprensa, adiar as eleições e lançar nas masmorras meio milhar de opositores, entre os quais o presidente do Supremo, o primeiro dos seus adversários.
Pervez Musharraf fê-lo por duas razões. Primeiro porque sabe bem que é de tal modo indispensável aos Estados Unidos que pode dar-se ao luxo de os contrariar sem qualquer risco. Nada fará Bush cortar-lhe os mantimentos sem que a situação afegã se torne ainda mais instável. O Paquistão tem a bomba atómica e 160 milhões de habitantes e é arriscado empurrá-lo ainda mais para a incerteza islamista.
Musharraf sabe disso e sabe também que o compromisso que Washington lhe propunha constitui para ele uma ameaça já que, por um lado, Benazir Bhutto será uma rival de peso após as eleições e, por outro lado, não é certo que o Supremo dê validade ao novo mandato que o Parlamento lhe confiou apesar de ele ser ainda o chefe das forças armadas.
Ou seja, mais uma vez os Estados Unidos — que continuam a arvorar-se em senhores do mundo — tentam cozinhar uma democracia e mais uma vez o resultado é o fortalecimento de uma ditadura.

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:: enviado por JAM :: 11/07/2007 12:02:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

terça-feira, novembro 06, 2007

Os novos missionários

Existem causas nobres e causas célebres. Estas têm para além do mais a particularidade de estarem na moda. É o caso das comoventes preocupações com a miséria africana, sobretudo quando têm a ver directamente com as crianças.
Hoje em dia, quase não se fala de estrelas de cinema sem falar ao mesmo tempo de adopções de crianças do terceiro mundo. Brad Pitt e Angelina Jolie são, nesse capítulo, indiscutivelmente os mais expeditos. Para além de um pequeno cambojano, adoptaram uma pequena etíope e fizeram nascer o seu próprio filho biológico na Namíbia. E prometem não ficar por aqui: a seguir, querem adoptar um pequeno birmanês,... uma escolha bem oportuna.
Faz agora um ano, contámos aqui a história de Madonna que fez a mesma coisa ao adoptar — à margem das leis do país — uma criança do Malawi, que de órfão nada tinha, já que tem um pai que não se sabe bem se deu ou não o seu consentimento à adopção. É o que se passa também agora com a epopeia da Arca de Zoe.
Adoptar uma criança do terceiro mundo não deixa de ser uma causa nobre — para além de ser célebre. Mas este triste caso da Arca de Zoe não vos faz lembrar a obra dos missionários que acompanhavam os militares e os comerciantes na África do século XIX ?

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:: enviado por JAM :: 11/06/2007 04:31:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

segunda-feira, novembro 05, 2007

Carta Aberta ao sr Presidente da República

Ler, meditar e divulgar...
Pode ser que chegue a esse e outros destinos...

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:: enviado por touaki :: 11/05/2007 06:31:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

E se nós voltássemos a reivindicar Ceuta?

O actual clima de alta tensão entre Espanha e Marrocos só é comparável às ancestrais faíscas com que Gibraltar electriza os espanhóis. Consta que os reis de Espanha não foram ao casamento de Carlos e Diana só porque na lua-de-mel dos noivos estava prevista uma escala no Rochedo, o que originou um enorme brado diplomático. Imaginem pois qual seria a reacção diplomática espanhola se Isabel II ou o Duque de Edimburgo resolvessem agora visitar oficialmente o penhasco britânico em terras castelhanas?
Tudo indica que esta visita da família real espanhola aos territórios do Norte de África não passa de uma manobra de diversão para sombrear internamente o pesadelo que foi a visita real à Catalunha ou até a recente sentença do caso 11 de Março. Mas também é bom não esquecer que a monarquia marroquina tem como prioridade interna número um o controlo cerrado dos islamitas e conta para isso com o apoio dos nacionalistas que acabam de encabeçar o governo saído das eleições de Setembro. E os territórios de Ceuta e Melilla fazem parte dessa avidez nacionalista.
Já em 2002, o rei Mohamed VI comparou a uma bofetada a ocupação pelas tropas espanholas do ilhéu desabitado de Perejil, que esteve na base de um conflito diplomático entre Rabat e Madrid e que quase resultou numa guerra entre os dois países. Foi preciso esperar pela chegada ao poder de Zapatero para que as relações de amizade entre Espanha e Marrocos se normalizassem de novo. Daí a petulância desta visita real.
Mas a questão da soberania de Ceuta e Melilla é muito mais importante do que parece e ultrapassa as próprias fronteiras dos respectivos territórios. É que, como dizia em tempos Felipe Gonzalez, «...se começamos a negociar Ceuta y Melilla acabamos a negociar as Ilhas Canárias».

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:: enviado por JAM :: 11/05/2007 11:46:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, novembro 02, 2007

Também vale no emprego?

Se tivéssemos a oportunidade de escolher o país onde queremos viver - e admitindo que teríamos um salário razoável – há três factores fundamentais nessa escolha: a Saúde, o Ensino e as infra-estruturas de transportes.
Se, graças aos dinheiros europeus, as infra-estruturas de transportes melhoraram muitíssimo nos últimos anos, já o mesmo não se pode dizer da Saúde e do Ensino públicos que melhoraram muito pouco nas últimas décadas e que fariam com que Portugal não fosse um País que eu escolheria para viver.
Cada vez que a Sra. Ministra da Educação fala percebemos melhor porque é que o ensino em Portugal está num estado lastimável. Ontem, declarou numa entrevista à televisão pública que deve progredir na escola quem tiver notas positivas, independentemente da assiduidade. Quer dizer, centenas de declarações governamentais a pedir rigor e profissionalismo aos portugueses e contra o facilitismo; décadas de teoria de ensino sobre a necessidade de frequentar a escola, de acompanhamento pelo professor e de trabalho de grupo; leis que tornam o ensino obrigatório; sistemas que avisam os pais automaticamente quando os alunos faltam como existem noutros países; tudo isto arrasado numa só frase: não é importante que os alunos frequentem as aulas desde que tenham aproveitamento.
Os alunos portugueses estarão, de certeza, muito mais descansados. Se tiverem mais que fazer do que frequentar aulas (e têm sempre) podem não se dar à maçada de pôr os pés na escola. A Sra. Ministra não se importa. Depois, com um pouco de sorte e talvez uma pequena ajuda das tecnologias modernas, até pode ser que passem no exame e progridam de ano escolar.
Já mostrei aqui na empresa as declarações da Sra. Ministra sobre a importância relativa da assiduidade. Perguntei se esta teoria “avançada” não me poderia ser aplicada. Ainda aguardo a resposta.

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:: enviado por U18 Team :: 11/02/2007 01:57:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

News of Europe/Gazette de Bruxelles/Brüssel Zeitung, 2 de Novembro 2015

Como os eleitores só são sábios nas declarações de quem é eleito e já não são assim tão sábios para que lhes perguntem se estão de acordo com um modelo de União Europeia que meia dúzia decidiram, creio que já todos percebemos que não haverá referendos para ratificar o novo Tratado Europeu ou haverá referendos onde se tiver a certeza que o resultado seja conveniente. Isto significa que, queiramos ou não, teremos que viver com este Tratado pelo que o melhor será começarmos a interessar-nos pelas suas consequências. O que vai mudar, o que fica na mesma, o que ganhamos e o que perdemos.
Alguns dizem que é a Constituição menos a bandeira e o hino. Outros afirmam ser a Constituição simplificada. Outros ainda defendem que é apenas um texto técnico sobre o funcionamento das Instituições Europeias. Sócrates e Barroso afirmam ser um Tratado histórico para fazer avançar a Europa.
Tudo isto faz com que seja difícil perceber como irá ser o nosso futuro. Por isso, e estando fora de questão a leitura do texto (nisso todos parecem estar de acordo: é uma grandessíssima pastelada), resolvi escolher o caminho da facilidade e ir procurar nos jornais do futuro o que realmente pode mudar e o que ficará na mesma. Este foi o primeiro que encontrei. Obviamente, não vos vou dizer como o consegui. [aqui]

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:: enviado por U18 Team :: 11/02/2007 01:51:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::