BRITEIROS: novembro 2005 <$BlogRSDUrl$>








quarta-feira, novembro 30, 2005

Na imensidão do céu

A culpa é do meu vizinho que resolveu pendurar uma enorme estrela brilhante no poste eléctrico em frente à porta. Como é, efectivamente, a melhor quadra do ano para ver estrelas, fui espreitar a foto astronómica do dia que hoje nos deliciou com uma belíssima imagem da Nebulosa da Cabeça de Cavalo, um dos objectos astronómicos mais fotografados de sempre. Tem o nome oficial de Barnard 33 e situa-se no complexo sistema de nuvens moleculares de Orion, a 1500 anos-luz da Terra.
Modelada pela acção dos ventos estelares e da radiação das estrelas, forma uma magnífica nuvem escura de gás e poeira interestelar com a forma caprichosa que lhe deu o nome. O efeito espectacular resulta do contraste das regiões iluminadas por estrelas não muito quentes – nebulosas de reflexão – em tons de azul, com a nebulosa de emissão avermelhada produzida pelas estrelas mais quentes.

:: enviado por JAM :: 11/30/2005 11:58:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Links interessantes

Todos os dias nos caem na caixa de correio centenas de mails.
Alguns merecem maior relevo:

Bela imagem de Paris à noite.

Imagens da região de Aveiro.

:: enviado por RC :: 11/30/2005 08:35:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Quem é Vitalino Canas?

«O deputado Manuel Alegre está neste momento a candidatar-se ao cargo do mais alto dignitário do Estado e garante da Constituição. Devia começar por cumprir a Constituição», afirmou o vice-presidente da bancada do PS, que falou aos jornalistas na qualidade de porta-voz do partido.

«Aparentemente Manuel Alegre não quis prejudicar a sua candidatura presidencial com uma votação do Orçamento ao lado dos deputados do PS», afirmou Vitalino Canas, considerando, contudo, que as circunstâncias da ausência de Alegre «não são totalmente claras».

Para o PS, disse, «a função de deputado não é subalternizável em relação à função de candidato presidencial». «Não existe nenhuma incompatibilidade entre as duas funções», sublinhou , lembrando que existem deputados de outros partidos que são candidatos a Belém e que estiveram presentes no debate e votação do Orçamento do Estado, casos dos líderes do PCP, Jerónimo de Sousa, e do BE, Francisco Louçã.

«Essa subalternização que está a ser protagonizada por Manuel Alegre não é aceitável e merece a nossa censura», reiterou Vitalino Canas.


Só falta perguntar quem é Vitalino Canas.
Manuel Alegre, conheço.

:: enviado por RC :: 11/30/2005 06:20:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Bernardo Soares

Há setenta anos morria.

"A maioria da gente enferma de não saber dizer o que vê e o que pensa. Dizem que não há nada mais difícil do que definir em palavras uma espiral: é preciso, dizem, fazer no ar, com a mão sem literatura, o gesto, ascendemente enrolado em ordem, com que aquela figura abstracta das molas ou de certas escadas se manifesta aos olhos. Mas, desde que nos lembremos que dizer é renovar, definiremos sem dificuldade uma espiral: é um círculo que sobe sem nunca conseguir acabar-se. A maioria da gente, sei bem, não ousaria definir assim, porque supõe que definir é dizer o que os outros querem que se diga, que não o que é preciso dizer para definir. Direi melhor: uma espiral é um circulo virtual que se desdobra a subir sem nunca se realizar: Mas não, a definição ainda é abstracta. Buscarei o concreto, e tudo será visto: uma espiral é uma cobra sem cobra enroscada verticalmente em coisa nenhuma."

:: enviado por RC :: 11/30/2005 06:09:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

O retrato de Oscar Wilde

Irlandês supersticioso, Oscar Wilde foi sempre assaltado pelo sentimento da fatalidade, que perpassa como filigrana através de todas as suas obras, como se tivesse pressentido que o seu destino não seria uma comédia mas sim um drama. Certo dia, um adivinho predisse-lhe a glória, seguida do desastre. Ele acreditou. A semelhança das trajectórias do artista Basil Hallward, personagem do livro “O Retrato de Dorian Gray”, e do seu criador, ambos esmagados pelas suas paixões, é um dos elementos mais perturbadores da biografia do escritor, que muito ajudou à sua mitificação.
Wilde não foi nem uma vítima de uma sociedade rígida, nem um militante homossexual perseguido pelas suas ideias. A sociedade vitoriana, impiedosa mas hipócrita, tolerava todos os escândalos, na condição de ficarem na sombra. Wilde sabia perfeitamente até onde podia ir. Nos seus livros, a homossexualidade permanece subentendida – os juizes abandonarão, aliás, esse lado da questão – e, em público, escusava-se a falar de uma vida privada demasiado agitada.
Nas palavras de Albert Camus, “do dia para a noite, hei-lo, em nome do escândalo, escandalosamente perseguido. Ainda sem saber exactamente o que aconteceu, desperta naquela cela, vestido de estopa e tratado como escravo”. Após a prisão ficou-lhe apenas a força para escrever “A Balada da Prisão de Reading”, um manifesto contra a pena de morte e a vida no cárcere. Depois, mais nada. Esgotado, de braços caídos, restou-lhe esperar a morte que o encontrou no dia 30 de Novembro de 1900, aos 46 anos, num pequeno hotel da Rive Gauche. O seu túmulo é hoje um dos mais visitados do cemitério de Père-Lachaise, em Paris.

Raros são os homens que tombaram como ele, “de uma espécie de eternidade de glória”, a “uma espécie de eternidade de infâmia”. Ainda mais raros são aqueles que analisaram e admitiram os seus erros com uma tal sinceridade. Oscar Wilde admirava os paradoxos. O menor dos quais não será o facto de esse apóstolo da frivolidade ter de bater no fundo para produzir a sua verdadeira obra-prima, “De Profundis”, um longo monólogo de 150 páginas, que é – escreve ainda Camus – “um dos mais belos livros que nasceram do sofrimento de um homem”. Isto porque o “dandy”, descobrindo a dor, compreende que se enganou não apenas sobre a vida mas sobre a arte e, renunciando a tudo o que foi, torna-se finalmente profundo.

Extraído e adaptado de Oscar Wilde, “o Desacreditado”

:: enviado por JAM :: 11/30/2005 05:38:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Cartelização


A Autoridade da Concorrência francesa vai multar em 500 milhões de euros as três operadoras móveis de França. Em Portugal ficamos à espera. Nós próprios já denunciámos o escândalo que é o descaramento com que o serviço de Internet móvel tem os preços aparentemente combinados entre as nossas três operadoras... Ou então é coincidência..

:: enviado por RC :: 11/30/2005 08:15:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

Se usar cannabis...


Se usar cannabis não conduza. A esta conclusão nos leva um estudo citado pelo Le Figaro. 28,9% dos jovens mortos em acidentes de viação tinham consumido cannabis nas horas que precederam o acidente.

:: enviado por RC :: 11/30/2005 08:09:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

terça-feira, novembro 29, 2005

Os misteriosos voos da águia

O comissário europeu da Justiça, Franco Frattini, avisou que qualquer um dos 25 Estados da União Europeia pode vir a sofrer sanções, no caso de se confirmar a existência de prisões secretas da CIA no respectivo território.
Desde que veio a público o escândalo das prisões secretas da CIA, a Comissão Europeia começou por dar mostras de um embaraço total. Como única resposta, o executivo da grande União Europeia contentou-se em confiar o inquérito ao gentil deputado suíço, Dick Marty, por conta da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa.
Quase tão patética como essa primeira reacção da Comissão, foi ontem a inspecção feita ao avião da CIA estacionado na base das Lages, pelas autoridades portuguesas, que (como é óbvio) não detectaram nada de invulgar a bordo. Agora, com a reacção do Comissário Frattini, a Comissão fez o que, no mínimo, deveria ser feito, o que já não era sem tempo.
O mistério das prisões secretas da CIA na Europa diz respeito a todos os europeus. Que somos todos nós. E, quanto a isso, é importante deixarmos claro que a Europa é muito mais uma questão de valores do que de mercados.

:: enviado por JAM :: 11/29/2005 11:53:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Promessas excitantes

É sabido que os políticos, sobretudo os mais incapazes de apostar na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, se multiplicam em promessas mais que enganadoras, afirmações pacóvias de amor à camisola, discursos idiotas, verdadeiros atentados à inteligência dos eleitores. Em pleno período pré-eleitoral, mandam construir mais umas quantas rotundas, um quartel dos bombeiros, uma piscina de bairro. Os mais ousados fazem túneis ou viadutos. Depois, distribuem umas quantas esferográficas, electrodomésticos, chouriços...
A três meses das próximas eleições autárquicas italianas, a adjunta do presidente da câmara de Milão, Tiziana Maiolo, decidiu fazer obra em favor da terceira idade: encontrar os meios para facilitar as saídas nocturnas dos mais velhos, ajudá-los a conviverem entre si e... se eles estiverem interessados, dar-lhes acesso ao Viagra mais barato.
“Sembra una barzelletta” (uma anedota), como escreve o Corriere della Sera. Parece, mas não é, pois até o seríssimo Romano Prodi, responde: “Perché no?”
O que só prova que todas as idades têm direito a erecções democráticas!

:: enviado por JAM :: 11/29/2005 05:55:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Morto em combate

Estalou mais uma polémica a propósito de Jean-Charles de Menezes. Um retrato do electricista brasileiro assassinado na estação de metro de Stockwell pela polícia de Londres em 22 de Julho foi acrescentado, sem autorização, ao conjunto dos frescos murais de Stockwell, que constituem o memorial das vítimas das guerras. Os membros da Legião Estrangeira ameaçam agora organizar uma manifestação pela retirada do retrato, porque o brasileiro não foi morto em combate.
O Guardian ouviu o autor do retrato, Brian Barnes, que se diz perplexo com o escândalo: Jean-Charles foi ou não foi morto por causa da guerra contra o terrorismo? Nesse caso, é ou não é um soldado morto em combate?

:: enviado por JAM :: 11/29/2005 03:44:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

De Nuremberg a Guantanamo

Pinochet, Milosevic e Saddam Hussein são, todos eles, filhos de Nuremberg, o tribunal que há 60 anos julgou os criminosos de guerra nazis. Sem esse julgamento, provavelmente não teriam existido quaisquer processos intentados contra esses infames ditadores.
Mas a nação libertadora que permitiu Nuremberg não reconhece hoje o Tribunal Penal Internacional e continua a precipitar-se numa espiral de horror que inquieta o resto do mundo civilizado: as mentiras acerca das armas de destruição maciça, as torturas de Abu Ghraib e, mais grave ainda, a apologia da guerra preventiva contra o terrorismo, que autoriza tudo e desabona completamente quem a faz.

:: enviado por JAM :: 11/29/2005 07:18:00 da manhã :: 2 comentário(s) início ::

segunda-feira, novembro 28, 2005

Garcia Pereira apresenta queixa


Debates presidenciais: Garcia Pereira apresenta queixa

E com toda a razão. Na realidade o que temos, até este momento, por parte dos candidatos é a afirmação da intenção de o serem. Tanto quanto sabemos só Jerónimo de Sousa entregou as assinaturas.

Se os media puderem escolher quem tem voz, então não vivemos em democracia.

:: enviado por RC :: 11/28/2005 09:03:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Vale a pena

Ora aqui está uma das inúmeras fotografias que se podem encontrar em http://www.1000imagens.com

:: enviado por RC :: 11/28/2005 08:57:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

A lição de Harbin

Na corrida desenfreada para recuperar o seu atraso económico, a China não tem tido nenhum tempo para se preocupar com os pequenos pormenores: a saúde pública, o ambiente, a segurança industrial, ... São precisas catástrofes como a de Harbin para puxar o sinal de alarme, na esperança de que se aprenda a lição.
A China dos 9,4% de crescimento económico tem descurado consideravelmente a questão da segurança industrial, como o demonstram os 20 mil mineiros que morrem anualmente para assegurar o abastecimento da máquina económica. Foi preciso chegar a uma série negra mais mortífera que as outras, para que se viesse a saber que milhares de funcionários administrativos e políticos se tinham tornado accionistas das minas de carvão, para em troca fecharem os olhos ao respeito das normas de segurança. Só depois dessa revelação se procedeu à consequente campanha de “limpeza”.
A China dos 9,4% de crescimento económico fechou igualmente os olhos, durante muito tempo, à degradação do ambiente, um assunto considerado secundário em relação ao objectivo principal do desenvolvimento. A poluição desenvolve-se nas grandes cidades, a qualidade da água degrada-se, os conflitos emergem das grandes instalações industriais...
Existe no entanto um verdadeiro lobby ambiental no seio do poder chinês que tem conseguido fazer passar alguns objectivos ambiciosos, como o desenvolvimento das energias renováveis. Mas há ainda um grande caminho a percorrer para pôr em prática um dos slogans da actualidade a favor do “PIB verde”, um crescimento do produto interno bruto respeitador do ambiente.
A China faz a sua aprendizagem de certas questões que se regulavam antigamente de uma maneira autoritária e secreta. Mas, numa sociedade teoricamente mais aberta, há ainda demasiados interesses pessoais e políticos em jogo para que a transparência seja realmente possível.
Outras catástrofes são por isso de prever antes que a China consiga pôr termo ao seu crescimento louco, demasiado molesto, para ela e para os outros.

:: enviado por JAM :: 11/28/2005 08:52:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

O paroxismo da debilidade mental

Será que na nossa pequenez ainda temos a ilusão de pensar que não existe um vaivém permanente, com aviões civis ou militares, que transportam dezenas de coisas, incluindo agentes, e não prisioneiros, todos os dias do ano? Será que os portugueses pensam, ou acham, que não existem outros meios e rotas para levar e trazer? Haja pachorra.

:: enviado por JAM :: 11/28/2005 08:40:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Fome? Que fome?

A agência das Nações Unidas para a alimentação acaba de publicar o seu relatório anual sobre a insegurança alimentar no mundo. Estima-se que, em 2002, o número de pessoas subnutridas era de 852 milhões e que são cerca de 6 milhões as crianças que morrem todos os anos vítimas de doenças ligadas à fome e à má nutrição. Há três anos, o mesmo relatório dava conta que o progresso até então verificado na luta contra a fome no mundo se havia invertido. De progresso, passara a retrocesso.
Mais de meio século após a proclamação da Declaração Universal dos Direitos do Homem, que consagrava o direito à alimentação. Mais de trinta anos após a Declaração Universal para a Eliminação Definitiva da Fome e da Subnutrição que declarava que “cada pessoa tem o direito inalienável de ser libertado da fome e da subnutrição, a fim de se desenvolver plenamente e de conservar as suas faculdades físicas e mentais”.
Mais de quinze anos após a Declaração Mundial sobre a Nutrição que, em 1992, reconheceu que o acesso a alimentos apropriados constitui um direito universal. Mais de cinco anos após a Cimeira do Milénio de Setembro de 2000, cujo primeiro objectivo consistia em “reduzir para metade a pobreza extrema e a fome” até 2015.
E já só faltam dez anos...
Quando é sabido que os autores de todos esses relatórios e declarações, pagos com os impostos dos cidadãos dos países membros das Nações Unidas, gastam – como todos os habitantes dos países industrializados – dez por cento dos seus rendimentos anuais em dietas rigorosas, exercícios de ginástica, liposucções e medicamentos para emagrecer...

:: enviado por JAM :: 11/28/2005 12:24:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

domingo, novembro 27, 2005

Perdeu o pio???

Vital Moreira, comentador que respeitamos e cujo blog seguimos atentamente, perdeu o pio. Falta-lhe inspiração. Depois de comentar tudo e todos falta-lhe agora a veia para comentar o caso Professores/Valter Lemos/Louçã. Ficamos a saber de um défice de independência...

Então agora o senhor professor não fala?

:: enviado por RC :: 11/27/2005 12:06:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Em que ficamos!!!


"Diário Digital" de 27/11/05

Lisboa - O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), Carneiro Jacinto, negou esta quarta-feira a existência de documentos oficiais que provem que tenha havido pedidos para uso do espaço aéreo português por parte da agência de espionagem norte-americana.

"Expresso" de 26/11/05
Avião da CIA’ vinha vazio
O AVIÃO do Pentágono, com a matrícula N4476S, que em Abril aterrou no aeroporto Francisco Sá Carneiro, proveniente da base das Lages, «não transportava quaisquer prisioneiros. O Governo garante que estava vazio», disse ao EXPRESSO fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
.......................................................................................................................
.......................................................................................................................
Se "aterrou no aeroporto de Francisco Sá Carneiro" e " não há documentos oficiais que provem que tenha havido pedidos para o uso do espaço aéreo português"... estou a perceber!!! ...E tu?

:: enviado por ja :: 11/27/2005 11:35:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Ouvir para depois falar...

Leia aqui o discurso do senhor Presidente do Supremo Tribunal de Justiça.

:: enviado por RC :: 11/27/2005 03:03:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, novembro 25, 2005

Virtudes capitais: a LUXÚRIA


Hi-hi-hi...

:: enviado por Manolo :: 11/25/2005 07:33:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, novembro 24, 2005

Virtudes capitais: a IRA


Assalto ao Palácio de Inverno.

:: enviado por Manolo :: 11/24/2005 11:18:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Para que se saiba!!!


Defesa dos direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores

É essencial a promoção dos direitos económicos, sociais e culturais dos trabalhadores, bem como a ruptura com a acção governativa que, à revelia da Constituição, nega o direito ao trabalho e o trabalho com direitos, fomenta a crescente precarização do emprego, a desregulamentação das relações de trabalho e a restrição de direitos sindicais e laborais. Defendemos uma nova política que promova a valorização do trabalho nacional e dos valores do direito ao trabalho como um eixo democrático essencial e os direitos sociais como um suporte essencial de um Estado democrático que se reclama de moderno e avançado.Recusamos um modelo de desenvolvimento assente nos baixos salários, na diminuição dos direitos e liberdades dos trabalhadores e numa injusta repartição da riqueza criada.

Publicado por jeronimodesousa em 07:07 PM , no seu blog.

:: enviado por ja :: 11/24/2005 09:49:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Virtudes capitais: a GULA


“Apetece como um barco
Tem qualquer coisa de gomo
Meu Deus, quando é que eu embarco?
Ó fome, quando é que eu como?”
(Fernando Pessoa)

:: enviado por Manolo :: 11/24/2005 09:31:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Louçã arrasa Lemos IV

Louçã reitera pedido de demissão de Valter Lemos

O próximo capítulo será outra conferência de imprensa?

Há certas pessoas que, quando se montam num cavalo branco, não admitem contradição. O senhor Secretário de Estado sabe pouco de política: um silêncio tranquilo misturado com transparente informação teria resolvido o assunto.

:: enviado por RC :: 11/24/2005 09:24:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

O viajante solidário

Em Davos, Chirac já tinha ameaçado. Ontem, o governo francês aprovou-o. A partir do dia 1 de Julho 2006, todos os passageiros de avião que utilizem um aeroporto francês pagarão entre 1 e 40 euros de imposto. Este imposto, no dizer do governo francês, servirá para erradicar a fome e a SIDA no mundo. Melhor ainda, naquela linha de que mais vale dar lições ao resto do mundo que resolver os problemas internos, pretendem que outros países sigam o exemplo.
Porquê só os aviões? Mistério. Devem ser ainda resquícios daquele pensamento tão “soixante-huitard” de que só os ricos viajam de avião (Suponho que não serve para nada argumentar que há viagens de TGV mais caras que um bilhete de avião, para não falar do preço de certos cruzeiros pelo Mediterrâneo).
Ficam avisados. A partir de Julho, uma saltada a Paris (mesmo pela TAP) irá custar-vos, pelo menos, mais um euro.
O Sr. Mugabe, o Sr. dos Santos e o resto do bando, agradecem.
Apesar de tudo, creio que ainda prefiro a velha formula “a bolsa ou a vida”. Ao menos dá-nos uma alternativa.

:: enviado por U18 Team :: 11/24/2005 04:27:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Louçã arrasa Lemos III

É como o azeite.

Leia a notícia em:
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=613921&div_id=291

"O secretário de Estado está apenas a refugiar-se em subterfúgios legais. Valter Lemos mentiu duas vezes: primeiro quando disse que, como vereador nunca teve qualquer falta, depois quando disse que na Câmara de Penamacor não existia qualquer documento a falar na sua perda de mandato", disse à Lusa o dirigente do BE Fernando Rosas.

Valter Lemos apresentou hoje uma certidão passada pelo presidente da autarquia, na qual Domingos Torrão atesta que não consta nos arquivos camarários qualquer perda de mandato do actual secretário de Estado da Educação.

Posteriormente, Domingos Torrão reconheceu, em comunicado, que existe uma deliberação camarária que declarou a perda de mandato de Valter Lemos, então vereador do CDS-PP, tomada a 7 de Dezembro de 1993, ao abrigo de uma lei de 1984 que foi revogada em 1989."

O homem que ia pôr ordem nisto, lá terá que regressar pela "linha da Beira"...

:: enviado por RC :: 11/24/2005 01:33:00 da manhã :: 2 comentário(s) início ::

quarta-feira, novembro 23, 2005

EX ACTA

Vamos esperar pela cópia da acta.

"O documento hoje apresentado pelo secretário de Estado da Educação "certifica que o dr. Valter Vitorino Lemos exerceu o mandato de vereador da Câmara Municipal de Penamacor de 1990 a 1993, não constando dos arquivos desta câmara qualquer processo relativo à perda de mandato", nem "qualquer acção inspectiva em que tal medida fosse proposta".
A certidão remete para a legislação relativa às autarquias locais - segundo a qual, em caso de faltas excessivas, a decisão de perda de mandato tem de ser "precedida de audição do interessado", 30 dias após este ser "notificado" - e acrescenta que não consta qualquer "notificação" a Valter Lemos "nem qualquer expediente" relativo a esse assunto."

in http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=613721&sec=3

Quem conhece a língua de pau administrativa já está a ver o filme... Na realidade será preciso ver as actas de toda a actividade autárquica para o período relevante. O que está em causa é saber a assiduidade do senhor Secretário de Estado, uma vez que essa é que é a questão.

:: enviado por RC :: 11/23/2005 06:09:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Louçã arrasa Lemos II

[...] uma reprodução digitalizada do “Jornal do Fundão”, onde, sob o título “Valter Lemos perde mandato”, se diz: O executivo [de Penamacor] declarou a perda de mandato, por faltas, ao vereador Valter Lemos, no decurso da sessão da Câmara efectuada na sede do concelho, no passado dia 7 do corrente. A esta reunião só este vereador faltou”.

Recordamos que, Valter Lemos, arauto do rigor, afirmou:

«Como vereador nunca tive qualquer falta»
«O absentismo não faz parte da minha carreira»
«Como professor, também não tenho faltas averbadas no meu currículo»

Em trinta anos, nem uma gripezita é obra...

:: enviado por RC :: 11/23/2005 04:28:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Foi assim que tudo começou

Há uma teia reticular de interesses nestas eleições partidárias. O PS mantém considerável poder na sociedade portuguesa. No limite, as transformações de uma estrutura tão complexa como aquela são praticamente impossíveis. O «aparelho» por seu lado, é uma constelação de solidárias moléculas, que se movimentam consoante as vibrações circunstanciais. Isto significa que a «ideologia» não conta. O que, naturalmente, procria novos poderes, nascidos das autarquias, das empresas adstritas, do negócios dos terrenos, das empreitadas, das obras públicas. Ao pôr em causa a presença de Jorge Coelho, na apresentação de Sócrates como candidato, Manuel Alegre desafiou o «aparelho» e foi, de imediato, criticado com agressividade.

Excerto de um artigo profético de Baptista Bastos no Jornal de Negócios de 30 de Julho de 2004, para ler na íntegra e meditar.


:: enviado por JAM :: 11/23/2005 10:53:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

As (boas) ideias para uma campanha eleitoral

Todos nós já formámos uma opinião sobre as razões das candidaturas de Manuel Alegre e Mário Soares. Agora, gostaria muito de ouvir o Manuel Alegre falar sobre assuntos que considero de grande importância para o nosso futuro, como a cidadania, a exigência de qualidade, a urgente legalização dos imigrantes, a dignidade da nossa cultura. A ideologia move as pessoas, o resto não interessa!

:: enviado por JAM :: 11/23/2005 10:51:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Cenas dos próximos episódios...

Mário Nogueira, coordenador do Sindicato dos Professores da Região Centro, acusou Valter Lemos de estar a mentir, atestando ter visto a certidão da acta da reunião de Câmara de Penamacor, datada de 07 de Dezembro de 1993, onde terá perdido o mandato de vereador, por faltas injustificadas.

****************

"«Pedimos a demissão do secretário de Estado Valter Lemos por total falta de condições éticas para o desempenho do cargo», exigiu o deputado do BE Fernando Rosas, em conferência de imprensa.

«O secretário de Estado desmentiu furiosa e violentamente as afirmações de Francisco Louçã, convenceu a ministra a fazer um comunicado a exigir as suas desculpas», afirmou o deputado.

«Mentiu à ministra, mentiu aos professores e mentiu ao país», acusou Fernando Rosas, sublinhando que Valter Lemos «não contestou esta informação dos jornais».

«Seria escandaloso que fosse possível manter num cargo público de tal responsabilidade quem procedeu com tal leviandade», afirmou o deputado bloquista, apelando à ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, para que «obtenha a demissão» de Valter Lemos ainda hoje."

:: enviado por RC :: 11/23/2005 01:45:00 da manhã :: 3 comentário(s) início ::

terça-feira, novembro 22, 2005

Trabalhos da Esperança!!!

................................................................................................
"" Quando muitos confundem Portugal com os interesses e os lucros dos grupos económicos e financeiros esta candidatura apresenta-se para reafirmar um compromisso com os trabalhadores, o povo português, os jovens, os mais idosos, as mulheres, os trabalhadores, os pequenos e médios empresários, os intelectuais e quadros técnicos, os desempregados, os deficientes com os portugueses concretos que são e fazem Portugal.
Dirijo-me assim aos portugueses, aos comunistas e a todos os que em nós confiam, aos homens, mulheres e jovens das mais diversas opções partidárias e àqueles que não as têm, dirijo-vos uma palavra de estímulo e um apelo ao vosso apoio. Apoio que mais que a uma pessoa é a um projecto colectivo, a uma exigência de ruptura com o rumo de declínio do país, a um caminho de esperança.A meio da primeira década do século XXI, aqui estamos, a agir para o presente e o futuro do nosso país, a lançar mais sementes à terra portuguesa. Sementes daquelas que um dia germinaram em Abril e que amanhã germinarão num qualquer mês de uma qualquer primavera que permitirá um Portugal melhor para os portugueses de hoje e para as gerações vindouras.
Há um direito à esperança. E há uma esperança que não fica à espera, antes se transforma em acção, em trabalho e em luta. Organizar para lutar, resistir para crescer, unir para vencer, transformar Portugal num país mais livre, mais justo e mais fraterno.
– Eis, para hoje, os trabalhos da esperança.
VIVA PORTUGAL! ""
in “Declaração de Candidatura de Jerónimo de Sousa de 12/09/05”.

:: enviado por ja :: 11/22/2005 10:32:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Relembrar os moinhos de maré


Moinho de Maré de Corroios

A União Europeia promove um programa para a conservação e a valorização de um património marítimo pouco conhecido: os moinhos de maré. O projecto visa transformar esses moinhos em museus.
Graças ao primeiro encontro internacional sobre os moinhos de maré da Europa Ocidental, que teve lugar na localidade cantábrica de Arnuero, no Norte de Espanha, os países participantes puderam partilhar experiências das diferentes regiões europeias, editar guias de actividades pedagógicas e salvaguardar a História económica, social e tecnológica dos moinhos de maré da Europa Atlântica.
Esses moinhos de mar utilizam a força das marés como energia motriz. Quando a maré sobe, enche-se um tanque de reserva que se conserva cheio à medida que a maré baixa. Depois, abrem-se as válvulas e a água do tanque corre para o mar, provocando a rotação da roda.
Na costa Atlântica existem mais de mil moinhos desse tipo, construídos entre os séculos XI e XVII, das costas irlandesas e britânicas até Cádiz, no Sul de Espanha.

Visita ao Moinho de Maré de Corroios.

:: enviado por JAM :: 11/22/2005 10:32:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Virtudes capitais: a PREGUIÇA


O ódio espuma, a gula engorda, a avareza acumula, a luxúria se oferece, o orgulho brilha, a inveja se esconde …e a preguiça se derrama (em português do Brasil, que tem mais graça).

:: enviado por Manolo :: 11/22/2005 09:47:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Louçã arrasa Lemos

Afinal parece haver argumentos de sobra e mais um. Confirma-se que o argumento da donzela ofendida não tem fundamento. Mais vale ser coxo...

"Entretanto, a candidatura de Francisco Louçã distribuiu uma cópia de um artigo publicado na edição de 30 de Dezembro de 1993 da “Gazeta do Interior”, em que é feita uma referência à alegada perda de mandato de Valter Lemos como vereador da Câmara de Penamacor. "A Câmara de Penamacor reuniu, este ano, pela última vez, na Freguesia do Vale da Senhora da Póvoa. No encontro, que contou com a presença de todos os elementos do executivo, entre os quais João Manuel Gonçalves, que substitui Valter Lemos, que perdeu o mandato por excesso de faltas, o ponto mais forte foi a votação do Plano de Actividades e Orçamento para o ano de 1994", lê-se no mesmo artigo."
in Público

Francisco Louçã anunciou hoje que o BE solicitou à Câmara de Penamacor as actas sobre a perda de mandato de vereador do secretário de Estado Valter Lemos por faltas injustificadas, desmentida pelo Ministério da Educação.

(agradeço ao Malcata o comentário que me levou a completar esta informação)

:: enviado por RC :: 11/22/2005 05:53:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

José Maria Martins

E como a democracia é mesmo assim e o Briteiros não é mesmo nada sectário, este é o link para a página oficial da candidatura do advogado do Bibi:

O candidato que até tem um blog com uma referência para o Briteiros.


:: enviado por U18 Team :: 11/22/2005 03:02:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Manuel Vieira

Para provar que o Briteiros não é sectário (como se isso ainda fosse necessário ...) aqui fica a referência a mais uma candidatura ignorada pelos meios de comunicação social:

O candidato que afirmou um dia “só me demito se for eleito”, merece a nossa solidariedade.

:: enviado por U18 Team :: 11/22/2005 02:50:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

segunda-feira, novembro 21, 2005

Pancada de Molière


Ora ai está uma companhia teatral, a Companhia Teatral do Chiado-Mário Viegas, que, sem receber esmolas do Estado, ousa seguir o seu caminho apoiada apenas (apenas?) em bons textos, bons actores e... salas cheias. O fundador da trupe, Mário Viegas, onde quer que agora esteja, deve sentir-se orgulhoso deste grupo que também leva o seu nome.
Na passada 6ª feira, estiveram em Coimbra, no palco do Gil Vicente, e, durante 2 horas, com a peça “As obras completas de William Shakespeare em 97 minutos” fizeram rir, muitas vezes até às lágrimas, uma sala a abarrotar de gente, gente que, se já gostava de teatro, ficou a gostar mais ainda e, se não gostava, ficou a gostar ou, pelo menos, com vontade de arriscar de novo.
Já agora, deixo aqui registados os nomes dos 3 grandes actores que participam na peça. Da esquerda para a direita: João Carracedo, Simão Rubim e Manuel Mendes.

Saiba mais em pancadademoliere.blogspot.com.

:: enviado por Manolo :: 11/21/2005 10:13:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Em tempo de guerra...

É inqualificável aquilo que o Jornal Público e a Agência Lusa fazem com a intervenção de Francisco Louçã em Ovar.

Esta é a citação do Público On-Line:

"o secretário de Estado que divulga as faltas”, “o mesmo que enquanto vereador na Câmara de Penamacor cessou funções por ter excedido o número de faltas injustificadas".

Citação que se pode comparar com o excerto que obtivemos na página da RTP:


Powered by Castpost

Como pode ser verificado, a citação não é correcta e os jornalistas não se esqueceram das aspas, como tal afirmando que o que transcreviam eram as palavras exactas de Francisco Louçã. Vergonhoso!

Agora falta que o sindicalista que proferiu as afirmações que serviram de base às palavras de Louçã venha defender as suas afirmações. Não se prestigia o sindicalismo português nem a classe docente cedendo à tentação da calúnia. Há razões de sobra para criticar o Secretário de Estado, não é preciso inventar...

:: enviado por RC :: 11/21/2005 08:39:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

Ser ou não ser humanista

“Corre por aí que o Presidente da República terá de ser um humanista. É um requisito novo, do qual nunca se ouviu falar aquando das eleições de Ramalho Eanes, Mário Soares ou Jorge Sampaio, mas que, desta vez, está a assumir foros de coisa importante. [...] Se o assunto está agora a ser trazido à baila, é unicamente porque um dos candidatos, Aníbal Cavaco Silva, foi à partida rotulado, pelo estado-maior do humanismo indígena, como a negação de tudo quanto este entende que devem ser os saberes e competências humanistas.”
(Diogo Pires Aurélio, Diário de Notícias)

Curiosa esta capacidade de argumentação que consiste em começar por dar razão aos opositores (contra factos não há argumentos!) e daí partir para tentar fazer das fraquezas forças. É evidente que, sendo o presidente da República o líder supremo dos seres humanos de um país, seria vantajoso que dispusesse de um mínimo de qualidades humanistas.
É que, ser humanista não é só, como diz Pires Aurélio, acreditar que os problemas se resolvem com palavras. Ser humanista é muito mais do que isso: é defender os seres humanos contra as tiranias desumanas. É procurar melhorar a qualidade de vida de todos. Ser humanista não é opor-se à globalização e à revolução tecnológica, mas é desejar que elas diminuam, em vez de aumentar, o fosso entre os ricos e os pobres. Ser humanista é defender os direitos humanos, o desenvolvimento económico sustentável, o meio ambiente, a paz, a ética, a solidariedade...
É claro que não é necessário ser-se humanista para se ser presidente da República. O mundo está cheio de líderes que não precisaram do requisito humanista para chegarem ao poder. Basta pensarmos em George W. Bush, Vladimir Putine ou Silvio Berlusconi que, não sendo humanistas, são irrefutáveis personalidades que foram eleitas e reeleitas, influentes e respeitadas pela comunidade internacional e que tão bem sabem usar a força (de que muitos portugueses acham que Portugal precisa) e até justificar, quando é necessário, a suspensão dos direitos democráticos assegurados.
Se forem personalidades destas os modelos de líder que os portugueses almejam para seu Presidente da República, então Cavaco Silva é sem dúvida uma boa escolha. Ou não será a democracia, mais do que uma escolha de pessoas, uma escolha de modelos?

:: enviado por JAM :: 11/21/2005 06:41:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

domingo, novembro 20, 2005

Another brick in the wall?

“(...) Um feriado faz muita falta. Foi num feriado que um amigo nascido dos feriados – porque nas aulas não tínhamos tempo – me falou do “Principezinho” de Saint-Exupery. Na altura foi muito importante. Numa idade em que todos temos pressa, muita pressa, aquele livro (de que nenhum professor me falou) ajudou-me a perceber, entre muitas coisas, a importância do tempo. Do tempo que se conquista e do tempo que se concede – a nós próprios e aos outros (…)” Graça Barbosa Ribeiro, no “Público” de hoje.

Em principio, estamos de acordo: quem não tem uma jóia destas, proporcionada por um “furo” no horário escolar, guardada na sua arca de memórias?
Bom, mas isto, só por si, não chega para, como faz a colunista do Público, atacar e tentar derrubar as agora tão polémicas aulas de substituição.
Vamos lá ver: o que é que é preferível?
– Proporcionar aos alunos uma aula de substituição, ainda que não dada por um prof da mesma turma e/ou da mesma área, aula essa que pode ser tão interessante, produtiva e gratificante quanto o prof substituto puder e sobretudo quiser?
– Ou deixar o maralhal à vontade para fazer tudo o que lhes passar pelo capacete, sem qualquer enquadramento ou orientação (sabendo-se, como se sabe, que nem toda a gente aproveita os furos para falar de Saint-Exupery), apesar de ser suposto estarem na escola para obterem uma formação?
Será verdade que os professores têm uma ideia tão redutora da sua profissão que se sentem incapazes de (ou, pior do que isso, atingidos na sua dignidade por) substituírem um colega, já não digo dando uma aula de uma matéria que não é da sua área especifica (porque a isso não os obrigam), mas preenchendo aquele “furo” como educadores que é suposto serem? Não são capazes de aceitar esse desafio (mais um, afinal, numa profissão tão cheia deles) de encherem aquela hora de forma estimulante para os alunos e para o próprio professor? Querem limitar-se ao papel de meros funcionários que vão à escola debitar aquela, e só aquela, matéria, a que estão obrigados e, pronto, acabou? Ou, ainda pior do que isso, a questão, para muitos deles, é de natureza mais corriqueira: já estão dispostos a aceitar as aulas de substituição se estas forem pagas como horas extraordinárias?

Nota final: Se os professores optarem por dar aulas de substituição com fotocópias do Su Doku ou com qualquer coisa que obrigue os alunos a estarem fechados numa sala a fazer nada ou nada de relevante em termos pedagógicos, se assim for, eu, pessoalmente, acho que, aí sim, é de acabar de vez com as aulas de substituição e deixar a rapaziada em paz (teachers, leave the kids alone!): talvez alguns deles tenham a sorte de arranjar um(a) amigo(a) que os faça descobrir o “Principezinho”.

:: enviado por Manolo :: 11/20/2005 11:28:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A Espanha, trinta anos depois de Franco

Com a morte de Franco, em 20 de Novembro de 1975, os espanhóis encararam o desconhecido onde pairava o medo do regresso dos seus velhos demónios. Mas, felizmente, a transição democrática foi um sucesso, ajudada pela influência positiva do rei D. Juan Carlos, e hoje a democracia está bem instalada, a tal ponto que até mesmo a ETA parece ter abandonado a ideia de a fazer vacilar.
Problemas, que durante décadas emergiram periodicamente, foram resolvidos, graças à negociação civilizada. Nem mesmo as tradicionais relações Igreja-Estado, impediram a Espanha de se tornar, em certos aspectos, um país de costumes mais brandos que os dos holandeses.
É certo que subsistem as tensões nacionalistas, mas a existência da realidade autonómica tem permitido uma convivência relativamente pacífica, exceptuando o problema basco, cuja solução dissiparia a última das preocupações do governo. Mas as conversações estão em curso, favorecidas pelo voto das Cortes que, em Maio passado, autorizaram o governo a dialogar com a ETA.
Homem de convicções, Zapatero aposta forte. À frente de um governo minoritário, refém das suas alianças com os partidos regionalistas, conseguiu abrir várias frentes ao mesmo tempo, mesmo não dispondo de uma retaguarda que lhe permita resistir serenamente aos virulentos ataques da oposição. Donde resulta um clima de tensão que contrasta com o compromisso da transição e demonstra quão exemplar foi o caminho percorrido pela Espanha nos últimos 30 anos.

:: enviado por JAM :: 11/20/2005 10:41:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Faltas zero...

Educação: Walter Lemos desmente Louçã

«Como vereador nunca tive qualquer falta»
«O absentismo não faz parte da minha carreira»
«Como professor, também não tenho faltas averbadas no meu currículo»

:: enviado por RC :: 11/20/2005 09:58:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Valter "Vale Tudo" Lemos

Francisco Louçã acusa Valter Lemos de ter perdido mandato como vereador por faltas injustificadas
20.11.2005 - 19h29 Lusa, PUBLICO.PT

Francisco Louça afirmou hoje que "o Governo está a ir pelo mau caminho ao escolher a demagogia no relatório sobre faltas dos professores", quando o actual secretário de Estado da Educação, “enquanto vereador na Câmara de Penamacor, [pelo CDS] cessou funções por ter excedido o número de faltas injustificadas".
[...]
Ainda no tema Educação, Louça acusou o Governo de "escolher a demagogia, ao publicar um relatório incompleto sobre as faltas dos professores". "Nenhum professor deve faltar sem justificação, mas o Governo faz um truque de mágica. O Ministério da Educação soma os doentes e as grávidas, que demoram a ter professor de substituição, na conta das faltas da caixa registadora da demagogia", argumentou o dirigente do Bloco de Esquerda."

Fica demonstrada a "honestidade" intelectual daqueles que falam para os professores e para o país do "alto da burra". Numa profissão em que as mulheres predominam é natural que na sua vida profissional tenham que faltar se quiserem ter filhos. É preciso saber que a licença de parto implica aproximadamente quatro meses de trabalho perdidos, ou seja 88 faltas por filho.

Em política não vale tudo!



:: enviado por RC :: 11/20/2005 07:45:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Hit and run...

"O abandono do local do acidente e a não assistência à vítima é considerado crime, previsto no código penal e punido com uma pena de prisão que pode ir até aos dois anos ou pena de multa até 120 dias. "

Brandos são os costumes...

:: enviado por RC :: 11/20/2005 03:01:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Será Portugal um país de emigrantes?

Lembram-se da expressão “remessas dos emigrantes”, tão em voga nos anos 80, de que hoje em dia quase ninguém fala, nem estimula?
Em Portugal, as remessas dos emigrantes têm vindo a baixar de ano para ano, fruto do divórcio latente entre o Estado português e as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.
O Financial Times, deu a palavra ao ex-ministro das Finanças britânico, Norman Lamont, que, baseando-se num relatório do Banco Mundial, revela que actualmente a soma das remessas dos emigrantes do mundo inteiro para os respectivos países de origem atingiram no ano passado valores da ordem dos 150 biliões de euros.
Em alguns países essas remessas chegam a ultrapassar mais de 20% do PIB e o seu impacto na economia poderá mesmo ser superior ao dos ganhos resultantes da liberalização do comércio.

:: enviado por JAM :: 11/20/2005 10:58:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

sábado, novembro 19, 2005

Amarelices

Não há prémios para quem adivinhar qual era a organização que ontem ficou escondida debaixo deste amarelo vergonhoso...

Qual é coisa
Qual é ela
Cai no chão
Fica amarela?

Total geral nacional de adesão: cerca de 80% (dados provisórios às 12h 30 do dia 18)

Por regiões:
Norte -Superior a 85% em todos os sectores, com muitas escolas de todos os ciclos de ensino e educação encerradas.
Centro: Cerca de 85% em todos os sectores, com muitas escolas de todos os ciclos de ensino e educação encerradas.
Grande Lisboa: Cerca de 75% em todos os sectores, com muitas escolas de todos os ciclos de ensino e educação encerradas.
Sul: Cerca de 70% no Básico e Pré-Escolar e 50% no Secundário, com várias escolas encerradas.



:: enviado por RC :: 11/19/2005 02:16:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Nos bastidores da dança dos boys (e dos sobreiros)


(Clique sobre a imagem para aumentar)

José Sócrates propôs de facto ao PR, mais do que uma vez e em termos informais, a substituição de Souto Moura (cujo mandato só termina em Outubro de 2006). Sampaio declinou sempre – e chegou a ter uma conversa com Souto Moura, em finais de Maio, informando-o disso mesmo.

Quando deixarmos de ignorar as evidências e se passarem a exigir responsabilidades (políticas) objectivas, sem medo de que o 'mundo' acabe, então talvez possamos voltar a ter razões para acreditar de novo que este país pode regressar ao futuro. Até lá, não nos podemos queixar.

:: enviado por JAM :: 11/19/2005 09:00:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Os absentistas...

Em tempo de guerra, mentiras por mar, mentiras por terra...

Vamos descobrindo que os professores portugueses não prestam, nem os juízes, nem os polícias, nem os soldados, nem os enfermeiros, nem os funcionários públicos em geral, nem os trabalhadores que são pouco produtivos, nem os empresários que arriscam pouco, nem os autarcas, nem os médicos que são às pargas, nem os oftalmologistas que são muitos e quase brigam para ter clientes, nem os desempregados que são uns aldrabões, nem os farmacêuticos, nem...

Mas afinal quem é que se aproveita?

:: enviado por RC :: 11/19/2005 01:05:00 da manhã :: 2 comentário(s) início ::

Vale a pena

As "lições" de Vital Moreira

POR DR. CUSTÓDIO PINTO MONTES
JUIZ CONSELHEIRO DO S.T.J.

:: enviado por RC :: 11/19/2005 01:00:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, novembro 18, 2005

O ponta de lança da direita europeia

A Comissão Europeia tomou posse em 18 de Novembro de 2004 e, após um ano no poder, não conseguiu melhorar a sua imagem. Bem pelo contrário, é hoje considerada uma equipa sem envergadura, politicamente incoerente e demasiado obediente aos governos e ao mundo dos negócios. Daniel Cohn-Bendit, chefe dos verdes europeus, classifica Durão Barroso como “um camaleão feliz: um liberal que muda de cor em função dos interlocutores, para melhor vender a sua banha da cobra, e que não tem ninguém à sua frente para o contradizer”.
Ao jeito de balanço deste primeiro aniversário, a Libre Belgique lança mão da metáfora futebolística:

Bastou um ano para que José Manuel Barroso trocasse a camisola de defesa pela de um avançado. Um ano a sofrer golos, a fintar sem marcar, sem conseguir concretizar nem um dos seus contra-ataques. Hoje, o homem dá impressão de ter encontrado as boas marcações no jogo europeu, de empregar uma combatividade mesmo sem conseguir ousar a audácia.
O homem pretende ser um dinamizador de jogo, provocar os Estados. O honesto intermediário que queria ser está convencido que reposicionou a Comissão no centro do processo europeu. As críticas continuam no entanto a chover: pouca audácia, pouca legislação, pouca fé europeia.
Então o Português agarra-se ao lugar. Quando se lhe fala em demissão, remata que seria uma grande perda para a Europa. E desata a rir.

:: enviado por JAM :: 11/18/2005 09:57:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Valores tradicionais vs novos valores

Depois de uma ausência bastante longa, devida a circunstâncias profissionais e pessoais, achei que seria bom partilhar algumas das coisas boas que me aconteceram recentemente.

No dia 29 de Outubro assisti a um concerto de um grande senhor da música portuguesa. Confesso que tenho vários discos dele, mas nunca tinha assistido a um concerto ao vivo. Adorei! Foi um grande espectáculo, com boa música e em que os músicos e os espectadores partilharam tanto as músicas que todos cantavam em coro, como os momentos de improvisação. Foi-me dada raras vezes a ocasião, vivendo no estrangeiro, de viver um destes momentos excepcionais em que temos o sentimento de pertencermos à mesma “família”. O Rui Veloso é um grande músico e não precisa de apresentações. Pessoalmente gostaria mesmo assim de testemunhar da forma como ele conseguiu com muita sinceridade e com a ajuda do excelente grupo que o acompanha, criar um momento de grande comunhão entre os portugueses que assistiam ao concerto. Obrigada Rui.

Num outro registo, fiquei a conhecer uma menina portuguesa de Vila Nova de Gaia que também canta. Chama-se Sofia Ribeiro e tem 26 anos. Ouvi-a cantar num pequeno bar, acompanhada ao contrabaixo por Marc Demuth. Desta vez foi uma viagem mais intimista, mas com bastante variedade e humor e que passou por estilos tão variados como o jazz, o blues, a bossa nova e o fado.
A Sofia tem uma voz linda e que domina perfeitamente e consegue adaptar com facilidade a esta combinação peculiar entre um contrabaixo e uma voz. Parece-me que requer bastante talento e muita cumplicidade. Desejo à Sofia e ao Marc o maior sucesso para o futuro.

Estas duas experiências fazem-me acreditar que tanto nos valores tradicionais como nos novos valores a música portuguesa tem futuro, o que muito me alegra.


:: enviado por Anónimo :: 11/18/2005 02:26:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Não há fumo sem fogo

Freitas do Amaral assegurou que, “desde a tomada de posse deste Governo”, não houve qualquer voo de aparelhos dos serviços secretos dos EUA em território português. Ainda assim, adiantou que “as averiguações continuam”.

O fumo surgiu de uma informação lançada pelo Washington Post e pela Human Rights Watch: A CIA mantém presumíveis terroristas em detenção ilegal em países europeus.
As malhas deste tenebroso assunto conduzem mais uma vez ao Vice Presidente Cheney que há muito pretende legalizar esses centros secretos de detenção e tortura nos Estados Unidos. Após a demissão do seu chefe de gabinete, Lewis Libby, principal arquitecto da política de torturas, uma parte das suas funções passaram para David Addington, autor do famoso memorandum de 2002 que pretendia legalizar essas práticas.
Agora descobre-se que afinal, em nome da guerra contra o terrorismo, esse horror está a ser exportado para a Europa. E isso é no mínimo intolerável.

:: enviado por JAM :: 11/18/2005 08:53:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, novembro 17, 2005

Limpeza mais que perfeita

A fonte de Trevi é provavelmente o lugar mais visitado da capital italiana. A pequena praça onde se situa foi testemunha de acontecimentos tão míticos como as esculturas que decoram a fonte. Entre eles, conta-se o célebre banho da meia-noite de Anita Ekberg no filme La Dolce Vita de Fellini.
As dezenas de milhares de forasteiros que todos os dias visitam a fonte têm por hábito atirar uma moeda para a água, para como diz a lenda terem a garantia de voltar um dia mais tarde a Roma.
Esta semana, a fonte de Trevi voltou a dar que falar, na sequência da prisão de quatro indivíduos encarregados de limpar a fonte e que “limparam” literalmente a quantia de 110 mil euros em moedas.

:: enviado por JAM :: 11/17/2005 10:12:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Basta!



Basta!

:: enviado por RC :: 11/17/2005 05:53:00 da tarde :: 3 comentário(s) início ::

Federação Nacional dos Sindicatos da Educação

A FNE, Federação Nacional dos Sindicatos da Educação, pela mão dos seus dirigentes, pôs a sua impressão digital, ou assinou de cruz, um protocolo que lhe foi proposto pela Ministra da Educação. Quem comparar esse protocolo que a FNE assinou de cruz, com o protocolo inicial, verá que tudo ficou praticamente inalterado. De forma muito gravosa, dá-se assim o aval a uma política que, ao invés do que é afirmado, levará o nosso país para um fosso bem fundo. É esta a referência de inteireza a que alguns chegaram.
Cá se fazem, cá se pagam...

:: enviado por RC :: 11/17/2005 05:41:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Tiro no porta-aviões


Coordenador do Plano Tecnológico.... ao fundo.

O timoneiro do porta-aviões "Plano Tecnológico" foi ao fundo.

:: enviado por RC :: 11/17/2005 12:50:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

quarta-feira, novembro 16, 2005

A cimeira de Tunes e o guardião da rede


© desenho de Patrick Chappatte

Quando há três anos Taiwan recebeu o indicativo Internet “.tw”, o regime de Pequim, que está constantemente de atalaia sobre tudo o que se pareça, de longe ou de perto, com qualquer reconhecimento internacional da “província rebelde”, protestou imediatamente junto de Washington, que logo deitou as culpas para uma obscura ONG sediada na Califórnia, a Internet Corporation for Assigned Names and Numbers.
A ICANN é uma curiosa criação, única no seu género: a sua competência é mundial e as suas decisões impõem-se a todos os Estados, mas depende do direito e do ministro da Justiça californiano e o departamento do Comércio americano exerce um direito de veto sobre as suas decisões.
Historicamente, a Internet é uma criação americana. Foram as suas empresas, os seus investigadores, os seus engenheiros que a inventaram. Desde então, os Estados Unidos mantêm sobre ela todos os poderes. Podem, se quiserem, “desligar” um país. Se lhes passar pela cabeça, podem tornar inacessíveis todos os sites “.pt”. Para isso, bastar-lhes-ia agir sobre um único computador, o servidor-raiz mestre que, guardado num local secreto, comanda os outros doze servidores-raiz do planeta.
Por isso Washington recusa ceder a sua posição controladora à comunidade internacional, invocando a necessidade de excluir qualquer abuso por parte de Estados não democráticos. O que não deixa de ser pertinente, visto que a Cimeira que, a partir de hoje, vai “discutir” a questão tem lugar num país que interna os internautas.
É sabido que o desenvolvimento de um meio de comunicação e de expressão como a Internet constitui um poderoso aliado da democracia e uma séria ameaça para os regimes repressivos. Por isso, seria mais sensato confiar as chaves da Internet a um organismo internacional comummente aceite por todos. A menos que se pense que só os Estados Unidos poderão garantir a segurança do mundo virtual, tal como com o mundo real.

Leia também: Coutada privada.

Adenda:
Acaba de chegar a informação que o Secretário Geral de Repórteres sem Fronteiras, Robert Ménard, foi bloqueado dentro do avião Paris-Tunes e impedido de entrar na Tunísia, onde ia participar na Cimeira Mundial sobre a Sociedade de Informação.
Este triste acontecimento contrasta estranhamente com o discurso de ontem de Kofi Annan, por ocasião da abertura da Cimeira, ao declarar que “a sociedade de informação é impensável sem liberdade” e vem dar razão àqueles que criticam a escolha da Tunísia como país organizador desta segunda volta da Cimeira.

:: enviado por JAM :: 11/16/2005 09:38:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

terça-feira, novembro 15, 2005

Em França, é o Estado que arde

Os analistas franceses de todos os quadrantes políticos foram unânimes, nas últimas duas semanas, em considerar aquilo que só o Blasfémias não vê : que a guerrilha urbana lançada pelos “jovens das periferias” não é mais do que um testemunho da total separação entre a sociedade francesa e a sua classe política. O próprio presidente Chirac reconheceu-o ontem na sua comunicação ao país.
O Estado francês tem manifestado, nos últimos trinta anos, um notável autismo, que afecta do mesmo modo todos os partidos políticos, cujos quadros são recrutados nas grandes escolas parisienses. Na concepção Estadocrática francesa, nada muda e nada mudará, porque a França é perfeita como está e como sempre foi. A concepção de Estado actual e a maneira de o gerir são as mesmas que foram instauradas no século XIII: o Estado em cima e a sociedade em baixo; o Estado fixa o rumo e a sociedade vai atrás. A sociedade que é composta por indivíduos iguais, por definição.
Desde os anos 80, o Estado fala, fala,... e a sociedade destroça em todas as direcções. Não existe qualquer relação entre a economia real, capitalista e globalizada, e a política económica dos subsídios aos agricultores que entretanto desapareceram. Não existe qualquer relação entre, por um lado, o discurso do Estado republicano sobre a cidadania e a laicidade e, por outro lado, a Constituição que consagra as comunidades étnicas e religiosas. Não existe qualquer relação entre o discurso do Estado sobre a imigração e os imigrantes que chegaram aos montes para usufruir das excelentes escolas e dos óptimos hospitais.
Na França de hoje, o patronato internacionalizou-se, os estudantes desligaram-se da política, os sindicatos, em vez de defenderem os trabalhadores, defendem os seus interesses particulares, os partidos perderam os militantes, os imigrantes criaram uma economia paralela. Todas essas micro-sociedades vivem em França mas deixaram de constituir uma República francesa. O Estado francês mete o nariz em tudo, mas tornou-se, na prática, completamente ineficaz. Está presente onde a sociedade não precisa dele, mas está ausente onde é mais necessário. Há dois anos, deixou morrer trinta mil idosos desidratados. Agora é incapaz de resistir a algumas dezenas de batalhões de meliantes.
E quem foi que criou as zonas de não-direito onde irromperam os incêndios? Foram os adolescentes, ou foi o Estado autista?

:: enviado por JAM :: 11/15/2005 11:57:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A dama de ferro

Conheceu Harvard e a prisão, as Nações Unidas e o Citibank. Tem 67 anos e as suas raízes mergulham do outro lado do Atlântico, num país fundado por ex-escravos americanos, em meados do século XIX. Um país que tem uma penosa falta de escolas, de hospitais, de estradas, de água canalizada, de electricidade,... mesmo em vastas zonas da capital.
Nessas circunstâncias, é louvável que, em vez de um ex-futebolista milionário, os liberianos tenham preferido quem teoricamente melhor poderá atrair os investimentos e o apoio internacional e contribuir para restabelecer a credibilidade inexistente.
Ellen Johnson-Sirleaf é a primeira mulher eleita para a mais alta magistratura em África. Já é conhecida como a “dama de ferro”, como se, para merecer reinar, uma mulher tenha que ser forçosamente dura e viril.

:: enviado por JAM :: 11/15/2005 10:18:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Manuel Alegre

"A modernização e a melhoria da escola pública passam obviamente pela valorização profissional e social dos professores. Tem de ser feita com e não contra os professores"

Recordemos António Ferreira:

Floresça, fale, cante, ouça-se e viva
a portuguesa língua e lá onde for
vá senhora de si, soberba e altiva.

:: enviado por RC :: 11/15/2005 06:51:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Garcia Pereira

Garcia Pereira faz queixa contra meios de comunicação social.

Porque o Briteiros não é sectário, aí está o link para a candidatura de Garcia Pereira. Tanto quanto sabemos, uma vez formalizada a candidatura, todos os cidadãos candidatos devem receber igual tratamento. Vivemos em democracia, ou não?

:: enviado por RC :: 11/15/2005 06:40:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

segunda-feira, novembro 14, 2005

Virus Oficiais...

A Sony forneceu involuntariamente portas abertas para vírus informáticos. Alguns dos CD de música da empresa usam autênticas técnicas perigosas para proteger os direitos de autor.

Parece que vale tudo. In the dollar we trust!

:: enviado por RC :: 11/14/2005 09:56:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Tribunal absolve

Tribunal absolve autor de blogue acusado de divulgar matérias do processo Casa Pia.

Pode ler mais em: http://www.doportugalprofundo.blogspot.com/

:: enviado por RC :: 11/14/2005 08:49:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Notícias do PREC (3)

"Há uma forte resistência e má vontade dos professores em garantir actividades para os alunos depois das 15:15 porque dizem estar contra o despacho do Ministério", referiu Pedro Queiroga.

"Nós até apresentámos um projecto com actividades lúdico-desportivas para a escola, mas os professores mandaram-nos a nós executá-lo".

É a total inversão...

Como podemos verificar, os educadores, burgueses e contra-revolucionários, continuam a resistir aos avanços desta Grande Marcha das vanguardas revolucionárias. Os professores continuam a contrariar a grande revolução e recusam a integração em Unidades Colectivas de Educação, não querem aceitar a sua condição de Operários do Ensino. A grande timoneira, para efeitos de compreensão das massas, bem esclareceu a populaça: "Eu quero chegar a acordo"... desde que concordem comigo...

No futuro, todos os professores que recusarem o novo fundamentalismo sofrerão as respectivas consequências, à moda da Arábia Saudita: 40 meses de prisão e 350 chibatadas para professor.


:: enviado por RC :: 11/14/2005 05:18:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Da utilidade do Presidente da República

Um regime político diz-se democrático, quando a legitimidade do poder dos governantes deriva do livre consentimento dos governados. Por isso, porque vivemos num país democrático, vamos, em 22 de Janeiro, ser de novo chamados a participar num processo eleitoral pluralista, igualitário e competitivo. Acontece que, desta vez, as eleições presidenciais vão decorrer num momento de grande descrédito na política e nos políticos, fruto de num sentimento generalizado nos governados de que é necessário melhorar a qualidade da nossa democracia representativa. Daí que os pobres conteúdos programáticos dos actuais candidatos pareçam estar mais preocupados com a crise da democracia e com as fronteiras dos poderes presidenciais do que propriamente com propostas concretas para mudar o que está mal.
No livro De l'esprit des lois, Montesquieu trata da separação dos três poderes clássicos (Executivo, Legislativo e Judicial) e faz alusão à ideia de um quarto poder regulador que modera os outros três. Estará o nosso presidente da República confinado a esse papel de moderador? Ou deverão os poderes do presidente ser aumentados, por forma a permitir-lhe uma maior intervenção nos assuntos da governação? Viveremos nós numa espécie de diarquia da águia bicéfala que confere ao presidente a regulação nos períodos tranquilos e a acção nos períodos de crise? Ou será o presidente a cabeça da águia responsável pelas visões gerais e pelas perspectivas de longo prazo, deixando à outra, ao governo, a marcha quotidiana dos assuntos de Estado?
É para promover uma reflexão conjunta sobre estas e outras questões ligadas ao papel do presidente da República na nossa democracia que, a partir de hoje, vos propomos o inquérito aqui ao lado. Não temos a pretensão nem o objectivo de propor uma revisão da Constituição sobre a matéria, nem tão-pouco pôr em causa a realidade da figura institucional do presidente.
Se a sua imagem do PR corresponde a uma das escolhas que propomos, indique-a respondendo ao nosso inquérito. Se a sua opinião for outra, poderá utilizar os nosso e-mail ou a caixa de comentários deste post para participar no debate. Em qualquer dos casos, deixamos desde já os nossos agradecimentos antecipados.

:: enviado por JAM :: 11/14/2005 08:49:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

domingo, novembro 13, 2005

Crisis? What crisis?

When I was young,
it seemed that life was so wonderful,
a miracle, oh it was beautiful, magical
And all the birds in the trees
well they'd be singing so
happily, joyfully, playfully watching me
But then they send me away
to teach me how to be sensible, logical,
responsible, practical
And they showed me a world where
I could be so
dependable, clinical, intellectual, cynical

There are times when all the world's asleep
the questions run too deep
for such a simple man
Won't you please, please tell me what we've learned
I know it sounds absurd
but please tell me who I am

Now watch what you say or they'll be calling you
a radical, liberal, fanatical, criminal
Won't you sign up your name
we'd like to feel you're
acceptable, respecable, presentable, a vegtable!

But at night, when all the world's asleep
the questions run so deep for such a simple man
Won't you please, please tell me what we've learned
I know it sounds absurd
but please tell me who I am

:: enviado por Manolo :: 11/13/2005 11:15:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

..e justiça terá sido feita.

A Relação de Lisboa, após ano e meio de prolongada e profunda reflexão, decidiu não pronunciar Paulo Pedroso, alegando que “(…) o que se obtém é uma dupla e insanável dúvida quanto à veracidade das imputações feitas ao arguido e quanto à pretendida inocência deste (…) tudo conjugado e ponderado, temos como resultado final a impossibilidade de, em audiência, sujeita ao necessário e desejável contraditório, se vir a obter a condenação de Paulo Pedroso (…) Não é de considerar altamente provável a futura condenação do acusado nem esta é mais provável do que a sua absolvição (…) pelo que avançar para a pronúncia com as ditas incertezas constituiria um ataque ao bom nome e reputação do acusado (…)”
(Com todo o respeito - não vá o diabo tecê-las... - seria talvez de perguntar a quem redigiu este acórdão: mas, então, é preferível que o acusado não veja completamente esclarecida no tribunal a verdade dos factos, provando a sua alegada inocência, sem deixar lugar a qualquer dúvida?)
Já o tribunal que julgou os pais de Joana, a menina algarvia que desapareceu em Setembro do ano passado, aplicou a pena de 20 anos de prisão a um e de 19 a outro, com base na “(…) livre convicção que o tribunal formou a partir dos testemunhos e da prova pericial, bom como da conjugação de vários indícios que foram apresentados (…)”. Isto sem ter aparecido o corpo, sem confissões dos acusados e sem testemunhas do alegado crime.

:: enviado por Manolo :: 11/13/2005 10:54:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Maria de Lurdes Rodrigues

Ouvimos no telejornal as palavras da Senhora Ministra da Educação. A comparação das escolas a agências deve garantir-lhe uma assessoria num qualquer banco quando seguir o caminho dos seus antecessores. O presidente de um qualquer banco veria com preocupação a sua organização se esta gerasse descontentamento em 70% dos seus trabalhadores, mas para a senhora ministra esse problema é bom de resolver: grilhetas nos pés e está o assunto arrumado. Se a moda pegar...
A situação da mobilidade dos professores e as reais causas para uma tal mobilidade escapam à senhora ministra que, à boa maneira portuguesa, confunde causas e consequências...

Curiosamente, a sua interpretação do significado de uma greve geral decretada por todos os sindicatos do sector, incluindo os normalmente conotados com o PS e o PSD, foi exactamente igual à que Bagão Felix fazia em situações idênticas. Felizmente que a mobilidade dos ministros da educação é muito superior à dos professores...

:: enviado por RC :: 11/13/2005 08:50:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

O filme que desconfia da indústria farmacêutica

Este Outono tem sido particularmente desconfortável para a indústria farmacêutica. O filme “O Fiel Jardineiro”, inspirado num romance de John Le Carré, trata um escândalo ligado ao teste de um novo medicamento em África e põe em causa as práticas das multinacionais farmacêuticas, pouco escrupulosas em relação à saúde dos africanos que lhes servem de cobaias.
Realizado por Fernando Meirelles, o mesmo que fez a “Cidade de Deus”, é ao mesmo tempo um filme de suspense, uma história de amor e um ataque fulminante à maneira como a indústria farmacêutica põe em perigo as vidas de cidadãos inocentes dos países do terceiro-mundo, na ânsia de desenvolver um mercado de biliões de dólares para um medicamento a ser comercializado nos países ricos e industrializados.
Uma ficção negra e paranóica que infelizmente não tem nada de incongruente e que teve paralelo na vida real em escândalos relativamente recentes com as companhias Pfizer e Apotex que, apesar de terem sido posteriormente branqueados, contribuíram para reforçar a vigilância sobre a indústria dos medicamentos.

Let’s look at the trailer.

:: enviado por JAM :: 11/13/2005 12:24:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Que morram...

«Dou a voz a Cavaco Silva, porque ele agora não quer falar», declarou o candidato às presidenciais apoiado pelo Bloco de Esquerda (BE), explicando que iria citar afirmações do ex-primeiro-ministro feitas em 2002, numa conferência na Faculdade de Economia do Porto, sobre o número de funcionários públicos.

«Diz ele: Como nos vamos livrar deles? Reformá-los não resolve, porque deixam de descontar para a Caixa Geral de Aposentações e diminui a receita do IRS. Só resta esperar que acabem por morrer. Cavaco Silva, 2 de Março de 2002», acrescentou Francisco Louçã, motivando assobios e apupos por parte da plateia.

«Não vou acusar Cavaco Silva de não ter uma ideia sobre como deve funcionar a Administração Pública. Ele tem a ideia de que é preciso livrarmo-nos dos funcionários públicos e deixá-los morrer», sublinhou o dirigente do BE, argumentando que todos os candidatos a Belém «têm uma ideia sobre esta matéria», mas «há os que querem e os que não a querem dizer».

O candidato a Presidente da República rejeitou ainda a ideia de «um Estado deficiente, ausente, privatizado» e advertiu as «700 mil Famílias» dos funcionários públicos para a «ameaça da direita» nas presidenciais de 2006, que apontou como especialmente importantes por antecederem um período de vários anos sem eleições.

:: enviado por RC :: 11/13/2005 02:23:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

sábado, novembro 12, 2005

Natureza

Segundo uma estimativa feita pelo Grupo Lobo-Associação para a Conservação do Lobo e do seu Ecosistema, a população de lobos, no nosso país, rondará os 300 exemplares, distribuídos pelo Gerês, serra do Alvão e distrito de Viseu.
Ora, a ser verdade, aqui está uma boa notícia (não como aquelas que o sr. engenheiro nos costuma dar pela TV): ainda não démos cabo de tudo no país – já não temos linces, cada vez há menos “caça”, mas, vá lá, ainda temos lobos.

:: enviado por Manolo :: 11/12/2005 09:49:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Assim vão os mundos

“Os 7 milhões de dólares necessários anualmente durante a próxima década para prover o acesso a água potável a 26 mil milhões de pessoas são menos do que os europeus gastam em perfume e menos do que os americanos gastam em cirurgias plásticas.” In Resumo do Relatório do Desenvolvimento Humano 2005.
Já se viu um predador ter compaixão pela presa?...

:: enviado por Manolo :: 11/12/2005 09:39:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A esquerda e as presidenciais

Jerónimo de Sousa responsabiliza Manuel Alegre por eventual vitória de Cavaco Silva na 1ª volta.
J. S. não tem razão.
Na verdade, a responsabilidade não é apenas de Manuel Alegre e de quem o apoia; é também de Jerónimo de Sousa (ou seja, do PCP) e de Francisco Louçã (ou seja, do BE). A responsabilidade é da esquerda em geral, de todas as cores da esquerda, que deveriam ter acordado num candidato comum contra os 2 candidatos do sistema.
Como não o fizeram, tentando cada qual levantar mais alto a sua bandeira, o que irá acontecer, segundo tudo indica, é a vitória de Cavaco logo na 1ª volta; e, se houver 2ª volta, a esquerda irá enfrentar um dilema: vai ter que escolher entre um enterro (Cavaco) e um funeral (M. Soares).
Se bem que há sempre a alternativa proposta por José Saramago no “Ensaio sobre a lucidez”: o voto em branco.
Nota 1: Quando escrevi “funeral” relativamente ao dr. M. Soares, não estava a pensar na idade dele – não é por ele ter a idade que tem que não votarei nele;
Nota 2: Quanto a Saramago, lamento, pelo respeito que lhe tenho, que se disponha a apoiar 2 candidaturas em simultâneo, a do seu partido e a de M. Soares.

:: enviado por Manolo :: 11/12/2005 08:05:00 da tarde :: 3 comentário(s) início ::

Ouvir os outros

"Não é fácil fazer uma caricatura de Manuel Alegre, ele próprio é o presidente que os portugueses escolherão se quiserem em Belém uma pessoa normal, se não escolherem para o lugar alguém com vocação de contabilista da mercearia ou, muito simpelsmente, se não quiserem pensar no assunto nos próximos dez anos."

Leia mais no Jumento...>>>

:: enviado por RC :: 11/12/2005 09:27:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Alegre ausência...

Muita tinta, muitos bits correram hoje a propósito de Manuel Alegre ter feito gazeta ao parlamento. Vital Moreira imediatamente comentou o deve e haver de uma tal atitude e outros afirmaram que a postura de Alegre foi ambígua.

Farto de contabilistas... Eu percebi, e você?

:: enviado por RC :: 11/12/2005 01:55:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

chico-espertismo


:: enviado por Manolo :: 11/12/2005 01:22:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, novembro 11, 2005

As Fénix renascidas

Jerónimo de Sousa diz e tem razão: os candidatos Cavaco, Soares e Alegre querem passar por Fénix renascidas, i. e., quem os ouvir, há-de pensar que vêm do nada, que não têm cá estado estes anos todos, aparecendo e apresentando-se agora com as mãos limpas, como “impolutos e incorruptíveis” salvadores do país; como se não tivessem responsabilidades – e grandes, enormes! – no estado a que isto tudo chegou, como não tivessem já governado, "presidenciado" e "deputarizado" durante anos e anos a fio, neste mesmo país. Vendo bem, são umas cortesãs com muita cama (de dossel) a fingirem-se de virgens imaculadas e redentoras.

:: enviado por Manolo :: 11/11/2005 11:12:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Alegre cimenta posição à frente de Soares

Melhora nas intenções de voto e ausenta-se durante a votação do orçamento de estado para 2006. Resta saber o que pensa Manuel Alegre sobre a política deste governo. Precisamos de ouvir se está de acordo com a ética republicana a atitude de total desrespeito por direitos individuais e colectivos...

:: enviado por RC :: 11/11/2005 04:29:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

quinta-feira, novembro 10, 2005

Esquecimento providencial

“Con la caduta del Muro fu restituita la dignità e la civiltà a milioni di persone. Grazie al nostro governo la data della caduta del Muro è diventata una celebrazione ufficiale”.

O partido de Berlusconi organizou ontem a “Primeira Festa Nacional da Liberdade”, para assinalar o aniversário da queda do muro de Berlim. Sobre os cartazes espalhados pelas paredes de Roma podiam ver-se os retratos de todos os ditadores que, segundo o partido de Berlusconi, marcaram a História do século XX: Hitler, Estaline, Fidel Castro, Saddam Hussein, Ossama Bin Laden. Mas, uma figura parece ter sido esquecida nessa lista de ditadores. Sobretudo tratando-se de um fascista italiano. Terá sido de propósito, ou foi só mero esquecimento?

:: enviado por JAM :: 11/10/2005 04:04:00 da tarde :: 3 comentário(s) início ::