segunda-feira, dezembro 31, 2007
Lembrando 1959
Enquanto Fulgêncio Baptista foge - com o rabo entre as pernas - Camilo e Che preparam-se para entrar triunfalmente em Havana, consumando assim a libertação de Cuba.
«… Tenho sofrido o que um ser humano pode sofrer. Nem sei como tenho tido forças para tanto. Mas com todo este sofrimento nunca deixei de ter fé na nossa causa. Sei que venceremos. Desde sempre mantive a disposição de dar a vida pelo Partido em todas as circunstâncias, assim como a dou de forma horrível e cheia de sofrimento. Mesmo quase já um cadáver ainda fui esbofeteado por um agente. Dores, insónias, fome, agonias, tudo tenho sofrido nestes sete meses, quase sempre de cama, sem me poder mexer…»
«… Que infelicidade a minha de só aos cinquenta anos ter começado a trabalhar dessa forma. Felizes os que vêm novos para o Partido e o encontram a trabalhar assim…»
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© Desenho de Bandeira - Diário de Notícias
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Edite Estrela afirmou ontem no Parlamento Europeu que José Sócrates, durante a presidência portuguesa, governou tão bem os assuntos europeus e os destinos do país que quase parece ter o dom da ubiquidade.
Pedimos a beatificação?
Carla Bruni com Sarkozy!?
Drogou-a. Só pode ser.
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Até Manuel Pinho será capaz de admitir que nem o Sunday Times é um tablóide sensacionalista nem Rod Liddle é um jornalista desconhecido à procura de notoriedade. Vejamos o que ele escreveu na edição de ontem:
“A Portuguese journalist has suggested that Kate McCann was only “one step away from prison” at one point during the police investigation into the whereabouts of her missing daughter, Madeleine. Manuel Catarino, the editor-in-chief of some Portuguese newspaper, believes that Kate McCann escaped prison only because of the preferential treatment afforded to her because she was English, rather than Portuguese. It’s a shame that this “preferential treatment” didn’t extend to an even barely competent investigation of the case, you might think. Six months after Madeleine went missing, the Portuguese old bill at last got around to sending in sniffer dogs to the McCanns’ apartment where they think they found some specks of blood, but aren’t entirely sure. Meanwhile, the boss of the investigation, Goncalo “Sherlock” Amaral, was sacked. The Portuguese public – out of straightforward xenophobia – have always assumed the McCanns to be guilty, despite overwhelming evidence to the contrary. Thinking of the
Compreendo o ponto de vista. Aliás, todos o podemos compreender se substituirmos casal McCann por casal Silva, trocarmos Algarve por costa turca ou tunisina e rebobinarmos a história para a contar de novo (e não me venham dizer que o casal Silva nunca deixaria os filhos sozinhos).
É que ao lado da excelência apregoada – muito mais individual do que colectiva e mesmo assim onde apenas as duas pessoas ligadas ao futebol serão figuras globais – existe um país onde a policia tem “Sherlock” Amarais que gostam de “apertar” suspeitos; onde o segredo de justiça é como o limite de velocidade: todos sabemos que existe mas ninguém liga; onde só aos presidentes de Câmara ou de clubes de futebol se dá a opção de fuga ao serem “avisados” de que vão ser detidos para prestar declarações, sem que ninguém seja responsabilizado por isso; onde se pode ser preso sem acusação e passar meses numa cadeia sem ser ouvido por ninguém; onde, na melhor das hipóteses, o julgamento será realizado passados 3 ou 4 anos sobre os factos e, entre recursos e contra recursos, poderá durar mais 4 ou 5; onde se inventou a figura de “arguido” para espanto do resto do mundo; onde arguido continua a ser igual a culpado para a opinião pública; onde se pode ser considerado arguido quando um cão pára junto a algo que nos pertence, sem que absolutamente mais nenhuma prova nos aponte como “suspeitos”.
Nós sabemo-lo. Os ingleses também.
Sendo assim, não seria muito mais inteligente se, em vez de tentar promover o País com a imagem (pouco) subliminar de Califórnia da Europa, o promovêssemos como Europe’s Far West?
Não só o turismo radical está na moda e em plena expansão, como é um turismo relativamente endinheirado. Think again.
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Dupla maravilhosa separou-se na Sexta à tarde... Uniram Europa e África, escreveram um Tratado... Imaginem se governassem Portugal! |
(Alberto Gonçalves, DN 16.12.07)
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(Alberto Gonçalves, DN 16.12.07)
Nestes "tempo de coruja" não te esquecemos, amigo arquitecto.
Parabéns pelo teu centésimo aniversário!!!
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“Tenho passe mas hoje não pago. É bom.” — Anónima, num autocarro da Carris.
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b) Duas pessoas na foto não têm roupa feita por um alfaiate particular. Assinale-os com um círculo.
c) Metade das pessoas na foto não gosta de jornalistas. Assinale-os com um quadrado.
d) Algumas pessoas da foto são primeiros-ministros porque se fosse o presidente a descolar-se a Lisboa já teria havido um golpe de estado no respectivo país. Assinale-os com um rectângulo.
e) Algumas das pessoas da foto representam países mais ricos do que a maior parte dos países da UE mas continuam a pedir ajudas e não têm intenção nenhuma de ajudar os seus vizinhos mais pobres. Assinale-os com uma estrela.
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Confesso que até agora não nunca fui aquilo a que soe chamar-se de ecologista, ambientalista ou uma qualquer dessas palavras terminadas em ista e que nos colocam nesse grupo privilegiado dos que vivem em profunda amizade e simbiose com o Planeta.
Não o era basicamente por duas razões. Primeiro, porque tenho as mais sérias dúvidas de que a Humanidade possa controlar o clima. Segundo, porque colocado perante a hipotética e filosófica questão do que faria se, com uma arma nas mãos, visse o ultimo urso polar vivo a atacar um sem abrigo de 90 anos, não hesitaria uma décima de segundo em abater o urso.
Coloquei o verbo ser no passado porque as minhas convicções sofreram um sério abalo esta semana ao ler sobre a Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas que começou na segunda-feira em Bali. A minha primeira reacção foi de pensar que temos aqui 15000 pessoas transportadas em avião (questão de coerência), praticamente todas com a mesma opinião, que se vão reunir durante 12 dias para decidir a melhor maneira de nos fazerem pagar mais taxas ou impostos eco-qualquer-coisa a fim de salvar a Terra de catástrofes que nem sequer conseguimos imaginar.
Depois reparei que a Conferência se realiza em Bali. Ora, eu nunca estive em Bali. Porque é longe e é caro. Mas gostava de ir porque só me dizem bem do local. Consultado o site da Conferência fiquei a saber que, nesta altura do ano, a temperatura varia entre 26° e 30° (embora um pouco húmido – 80%), que não preciso de usar gravata na maior parte do tempo, que posso escolher como hotel entre o Laguna Resort & Spa ($323 por noite) e o Ayodya Resort Bali ($178 com vista para o mar) porque infelizmente o Four Seasons é um pouco caro ($720), que há bastantes actividades culturais asseguradas por bailarinas locais, que há Internet grátis, que os discursos são feitos por senhores com camisas havaianas e que há bastantes excursões (opcionais) à disposição.
Temo apenas que seja um pouco tarde para integrar a modesta comitiva que o governo português irá enviar e para me juntar ao amigo da Quercus que já lá está desde o dia 1. Por isso, acabo de criar a Associação dos Amigos da Armeniaca vulgaris (sim, apesar do nome está quase extinta) e espero ainda ir a tempo para a 14ª. Conferência. Só peço que seja nas Seicheles. E que me arranjem um lugar no North Island. Se é para salvar o Planeta, que seja com classe.
Hugo Chávez acha que perdeu o referendo de domingo porque o povo ainda não está suficiente maduro e preparado politicamente para abraçar o socialismo.
Uma grande chatice a via eleitoral para o socialismo. Como o amigo Fidel Castro lhe podia ter explicado antes, não é assim que se fazem as coisas. Primeiro faz-se o socialismo, depois fazem-se eleições.
Votações no partido “Rússia Unida” de Vladimir Putin, nalgumas repúblicas russas:
Daguestão - 89,47%
Inguchétia - 98,72%
Kabardino/Balcária - 96,12%
Chechénia - 99,36%
Mordóvia - 93,41%
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A senhora Gibbons é uma mulher com sorte. Não só foi condenada apenas a 15 dias de prisão em vez das 40 chibatadas que seriam a pena normal, como foi agora “perdoada”, ao fim de 8 dias de prisão, pelo presidente do Sudão e já está a caminho da sua casa em Inglaterra. Para cúmulo da sorte, as bondosas autoridades sudanesas nem sequer a entregaram à multidão ululante que reclamava a sua execução.
A senhora Gibbons tinha saído de casa para ensinar inglês a crianças no Sudão. Cometeu o crime horrendo de insultar o Islão ao permitir que os seus alunos de 6 e 7 anos baptizassem um urso de peluche com o nome de Maomé.
Eu acho que devemos dialogar com esta gente o mais depressa possível. Se mandarmos conjuntamente o Dr. Mário Soares e o Dr. Freitas do Amaral, estou certo que algum compromisso será alcançado e que, no futuro, casos como este apenas estarão sujeitos a uma pena máxima de 20 chibatadas.
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Afazeres profissionais têm-me mantido afastado deste blog. Não é que alguém tenha dado por isso ou que tenha muita importância. Digo isto apenas para abrir caminho a um pedido.
Durante uma audiência num tribunal londrino sobre a eventual extradição de um cidadão britânico para os EUA, o representante do governo americano declarou que, perante a lei americana, era aceitável o rapto de cidadãos estrangeiros procurados pela justiça do seu país. Explicou ainda que se uma pessoa for raptada pelas autoridades americanas noutro país para ser apresentada à justiça americana, nenhum Tribunal dos EUA pode considerar o rapto ilegal e libertá-la. Parece que a lei vem do tempo dos caçadores de recompensas nos anos de 1860. Perante a perplexidade dos juízes, citou o caso de um cidadão mexicano raptado no México e levado para o Texas para ser julgado e onde o Supremo Tribunal declarou a “captura” legal.
Por isso, meus amigos, aqui fica o pedido: sabendo da tendência litigiosa dos americanos e temendo que algum post meu ofenda o governo americano ou algum dos seus cidadãos, se eu não der sinais de vida durante um ou dois meses, por favor, procurem-me numa prisão americana.
Sabia que os americanos têm alguma dificuldade em sair da infância. Não sabia que ainda brincam aos bounty hunters.
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© Desenho de Petar Pismestrovic, Kleine Zeitung, Áustria
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