BRITEIROS: junho 2005 <$BlogRSDUrl$>








quinta-feira, junho 30, 2005

Circula na net

via Mail

REFORMADOS ACTIVOS - SOMOS OS MELHORES
País dos Reformados

Ao menos num capítulo ninguém nos bate, seja na Europa, nas Américas ou na Oceânia: nas políticas sociais de integração e valorização dos reformados. Aí estamos na vanguarda, mas muito na vanguarda.

De acordo, aliás, com estes novos tempos, em que a esperança de vida é maior e, portanto, não devem ser postas na prateleira pessoas ainda com tanto a dar à sociedade. Nos últimos tempos, quase não passa dia sem que haja notícias animadoras a este respeito. E nós que não sabíamos! Ora veja-se:

o nosso Presidente da República é um reformado;
o nosso mais "mortinho por ser" candidato a Presidente da República é um reformado; o nosso ministro das Finanças é um reformado; o nosso anterior ministro das Finanças já era um reformado; o ministro das Obras Públicas é um reformado; gestores ilustres e activíssimos como Mira Amaral (lembram-se?...) são reformados; o novo presidente da Galp, Murteira Nabo, é um reformado; entre os autarcas, garantiu-o o presidente da ANMP, há "centenas, se não milhares" de reformados; o presidente do Governo Regional da Madeira é, entre muitas outras coisas que a decência não me permite escrever aqui, um reformado; e assim por diante...

Digam-me lá qual é o país da Europa que dá tanto e tão bom emprego a reformados, que valoriza os seus quadros independentemente de já estarem a ganhar uma pensãozita, que combate a exclusão e valoriza a experiência dos mais (ou menos...) velhos! Ao menos neste domínio, ninguém faz melhor que nós. Ainda hão-de vir todos copiar este nosso tão generoso "Estado social"...

Joaquim *******
Jornalista

:: enviado por RC :: 6/30/2005 09:08:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Cavaco Silva

Ontem ouvi o senhor professor Cavaco Silva reforçar a ideia de que o país e as suas empresas têm que ser mais competitivos. Infelizmente faltou o resto.

Ordenados romenos para os trabalhadores portugueses é o que se ambiciona?

Tendo ouvido os homens das contabilidades penso que chegou a altura de ouvir os homens da economia.

Se tiverem algo para dizer, é claro!

:: enviado por RC :: 6/30/2005 08:06:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Crise? Qual crise?

Qual é, qual é?

Qual é a empresa portuguesa que, para receitas de 116 milhões de euros, consegue arrecadar 40 milhões de euros de lucros?
.
Parece negócio da China.
.
.
Se não sabe ...>>>

:: enviado por RC :: 6/30/2005 10:28:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Optemos pelas energias renováveis

Referimos ontem aqui o lançamento da construção do primeiro reactor de fusão termonuclear controlada. Pretendemos apenas realçar a dimensão utópica e mitológica do facto de podermos vir um dia a fabricar um pequeno Sol na Terra. Esquecemos de deixar claro que essa nossa referência não significa um apoio incondicional e esta nova (hipotética) forma de produzir energia nuclear. Por um lado, o projecto é perigoso, uma vez que não sabemos como se manipulam alguns dos produtos radioactivos utilizados e, por outro lado, o reactor vai localizar-se perto de uma falha activa entre as placas europeia e africana, o que poderá fazer má vizinhança com os movimentos telúricos.
Porque é que em vez de se investir numa energia – que, ao contrário do que diz a notícia, não é nem renovável, nem limpa, nem barata – não se aposta antes na eficácia energética das verdadeiras energias renováveis?
Um estudo recente da NASA, baseado na observação a partir de satélites, confirma que a energia que a Terra recebe do Sol é superior à que é reemitida. É o chamado efeito de estufa, que faz com que a energia se acumule à superfície da Terra, provocando mudanças climáticas.
Ora, numa altura em que a humanidade enfrenta sérios problemas na área energética, não será paradoxal queixarmo-nos de um excesso de energia, quando poderíamos valorizá-lo e aproveitá-lo?

Continue a ler sobre As energias renováveis.

:: enviado por JAM :: 6/30/2005 09:58:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, junho 29, 2005

É assim ...

Recordando rapidamente o caso: 17 arguidos, conhecidos pelos jornais como “o gang do Vale do Sousa” são condenados em tribunal e recorrem. Noutro processo, são suspeitos pela morte de um agente da Judiciária, crime pelo qual ainda não foi deduzida acusação. São libertados por se ter esgotado o prazo de prisão preventiva.
O Conselho Superior da Magistratura concluiu agora que não houve responsabilidade disciplinar dos magistrados envolvidos no caso e que permitiram a libertação destes cidadãos acima de qualquer suspeita.
Num país em que os processos judiciais podem durar 20 anos, em que se pode estar preso preventivamente mais de 6 meses sem se saber exactamente porquê, em que ninguém apresenta queixa por crimes menores porque não merece a pena, em que quem pode pagar bons advogados consegue, com relativa facilidade, fazer prescrever os crimes de que é acusado, em que a mesma lei é interpretada de uma forma completamente diferente por diferentes Tribunais, em que quem não tem algumas posses nem sequer tem Defesa digna desse nome, em que se pode ser condenado por litigância de má-fé porque se acusa um magistrado, em que nenhum magistrado é alguma vez responsável pelo que quer que seja; num país assim, dizia eu, a Justiça não funciona nem bem nem mal. É assim ...

:: enviado por U18 Team :: 6/29/2005 10:59:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Guerra das estrelas

Imaginem que o puto Anakin Skywalker simboliza os States (E.U.A.), que o Chanceler Palpatine simboliza o W.C. Bush, e que a senadora Padme Amidala simboliza a Liberdade. Não sei que papéis dar ao Mestre Obi-Wan Kanobi e ao velho Yoda – façam vocês o favor de puxar pelas cabeças.
Já repararam que o jovem Anakin, impetuoso e apaixonado, adulado pelo Chanceler, vai sendo seduzido pelo poder e pelo carisma deste, e acaba por f… a Liberdade e passar para o Lado Negro da Força?... E que o Chanceler, usando a guerra defensiva como pretexto, concentra em si todos os poderes e transforma a República num Império? E que o Anakin acaba ele próprio por se transformar em Darth Vader?...

:: enviado por Manolo :: 6/29/2005 10:46:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Só é preciso ter “lata”

A propósito da greve dos enfermeiros, o Sr. Ministro da Saúde afirmou que o aumento da idade de reforma é “uma questão de igualdade em relação aos outros trabalhadores” e que “as medidas de harmonização das pensões são para toda a administração pública".
Até posso estar de acordo com a igualdade das idades de reforma (embora, para profissões consideradas de grande desgaste, a colocação em tarefas administrativas a partir de certa idade deveria estar na lei e não ser apenas uma boa intenção) só que um membro de um governo que tem um colega reformado após 6 anos de trabalho, deveria ser o ultimo a vir falar de “igualdade” e “harmonização das pensões”.

Não sou funcionário público mas, como toda a gente, tenho familiares, amigos e conhecidos que o são. Destes todos, há os que trabalham muito, os que trabalham mais ou menos e os calões. Do que conheço, quer a nível privado quer como utilizador dos serviços, não me parece que a percentagem de calões seja maior ou menor do a que se pode encontrar no sector privado. Conheço casos em que a desmotivação é tão grande, seja pelas condições de trabalho, seja pelo nível de salário seja ainda pela mediocridade das chefias, que pedir mais é humanamente impossível. Fazer dos trabalhadores do sector público o bode expiatório da crise é um caminho perigoso e irresponsável. Não há Estado sem funcionários públicos.
O Estado português necessita de ser repensado e muita coisa deve ser alterada. Para o fazer os responsáveis políticos têm que ter legitimidade democrática, evidentemente, mas também autoridade moral. Não é o caso.

Cada vez acredito mais que, para se ser Ministro, só é preciso ter uma imensa “lata”.

:: enviado por U18 Team :: 6/29/2005 10:15:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

Ouvir os outros

Comente aqui, já que lá não pode. É o samba duma nota só, não é?

"Direitos adquiridos"
Se há sectores da função pública em que a convergência da idade de reforma para os 65 anos se justifica por razões reforçadas é naqueles onde, como sucede na saúde (médicos, enfermeiros, técnicos de saúde), a carência de pessoal é maior e onde o regime da função pública coabita com trabalhadores em regime de contrato de trabalho, que só se reformam naquela idade. Às razões financeiras juntam-se razões de serviço público e razões de equidade.
De resto, nesses sectores a carência de pessoal de saúde combinada com a reforma aos 60 anos (quando não era antecipada...) tem como consequência que muitos reformados continuem no exercício da actividade, incluindo no SNS, acumulando a pensão com a remuneração. O aumento da idade da reforma adia essa rendosa situação. Compreende-se por isso a revolta dos interessados (ver a greve dos enfermeiros de hoje). Mas nem sempre os interesses privados dos funcionários públicos são compatíveis com o interesse público.
Inserido por VM 29.6.05


:: enviado por RC :: 6/29/2005 08:32:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

Os Ministros

Em Portugal há uma tão grande falta de casas que metade estão vazias.
Como por aí anda alguém a querer demolir a casa ao ilustre defunto, fui "falar com os mortos" que responderam assim:

"Dizia um secretário de Estado, meu amigo, que, para se repartir com igualdade o melhoramento de ruas por toda a Lisboa, deviam ser obrigados os ministros a mudar de rua e bairro todos os três meses. Quando se fizer a lei de responsabilidade ministerial, para as calendas gregas, eu hei de propor que cada ministro seja obrigado a viajar por este seu reino de Portugal ao menos uma vez cada ano [...]"

"Não concebem um secretário de Estado filósofo, um ministro poeta, escritor elegante, cheio de graça e de talento? Não, bem vejo que não: têm a idéia fixa de que um ministro de Estado há de ser por força algum sensaborão, malcriado e petulante. Mas isto é nos países adiantados em que já é indiferente para a coisa pública, em que povo nem príncipe lhes não importa já, em que mão se entregam, a que cabeças se confiam."

"Sim senhor, digo: está consolidado. E se não sabe o que isto quer dizer, leia os orçamentos, veja a lista dos tributos, passe pelos olhos os votos de confiança; e se depois disto, não souber aonde e como se consolidou o pinhal da Azambuja, abandone a geografia que visivelmente não é a sua especialidade, e deite-se a finanças, que tem bossa; fazemo-lo eleger aí por Arcozelo ou pela cidade eterna — é o mesmo — vai para a comissão de fazenda — depois lorde do tesouro, ministro: é escala, não ofendia nem a rabugenta Constituição de 38, quanto mais a Carta."

"Não havia em Florença nem gazeta para louvar as tolices dos ministros, nem ministros para pagar as tolices da gazeta.
O Dante foi proscrito e exilado, mas não se ficou a escrever, deu catanada que se regalou nos inimigos da liberdade da sua pátria.
Quem dera cá um batalhão de poetas como aquele!"

"Esperam muito, prometem muito, estão em todo o vigor das suas ilusões. E nós, nós carregamos com o desengano de muitos séculos, com os pecados de trinta gerações que passaram, e com a inaudita corrupção do presente... nós havemos de sucumbir. Os templos hão de ser destruídos, os seus ministros proscritos, o nome de Deus blasfemado à vontade nesta terra maldita."

"Creio que me vou fazer homem político, falar muito na pátria com que me não importa, ralhar dos ministros que não sei quem são, palrar dos meus serviços que nunca fiz por vontade; e quem sabe?... talvez darei por fim em agiota, que é a única vida de emoções para quem já não pode ter outras.
Adeus, minha Joana, minha adorada Joana, pela última vez, adeus."

in Viagens na Minha Terra de Almeida Garret

****

Muito mais se poderia transcrever, mas como diz o Jam os posts devem ser curtos e um morto a arrasar os vivos é coisa deveras humilhante...

:: enviado por RC :: 6/29/2005 04:58:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A banda... actualizada!

Não resisti a transcrever aqui a nova versão da famosa “Banda” do Chico Buarque, sacada da caixa de comentários do Barnabé, que felizmente ainda mexe!

(se o link não funcionar abra a página A Banda para acompanhar com a música)

Estava danado da vida
Quando o PS me chamou
Pra ver a coisa mudar
Com Sócrates paz e amor
A minha gente sofrida
Então no Sócrates votou
Pra ver a coisa mudar
Cantando coisas de amor

O empresário que já tava nas lonas votou
O operário que nem tava jantando votou
A estudantada que não tinha escola votou
Para ver, ouvir e dar passagem

O pescador há muito tempo calado sorriu
O beirão que já tinha murchado se abriu
E logo o mundo todo se assanhou
Pra ver o Sócrates mudar o que Santana deixou

O aposentado se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A professora debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela

A arenga velha se espalhou na avenida e insistiu
A militante que vivia escondida surgiu
A minha pátria toda se enfeitou
Pra ver o Sócrates mudar o que Santana deixou

Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo ficou no lugar
Depois que o Sócrates chegou
A coisa bem piorou
Em cada canto uma dor
Depois do Sócrates mentir
Cantando coisas de amor.

:: enviado por JAM :: 6/29/2005 02:16:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

«Santo subito!»

Ronald Reagan foi escolhido como “o maior americano de sempre”, à frente de Lincoln, Martin Luther King, George Washington e Benjamin Franklin.

:: enviado por JAM :: 6/29/2005 01:40:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Retratos célebres

Esta fotografia do célebre pugilista Mohamed Ali inspirada no martírio de São Sebastião, da autoria de Carl Fischer, foi feita como forma de protesto contra a mobilização do campeão do mundo de boxe para combater na Guerra do Vietname, quando estava no apogeu da sua carreira. Desde essa altura, a fotografia de celebridades perdeu muito do seu atractivo, sobretudo a partir da emersão dos paparazzi.
A National Portrait Gallery, de Londres, apresenta de 6 de Julho a 23 de Outubro, uma exposição dedicada às “Pessoas mais fotografadas do mundo”. A BBC2 associa-se à iniciativa e vai passar uma série de documentários alusivos, em dez episódios.
A este propósito, o Guardian analisa a problemática da fotografia de celebridades afirmando que fundamentalmente o que desapareceu foi a relação de confiança entre a estrela e o fotógrafo. Vivemos hoje numa época em que a foto instantânea determina mais a imagem de uma celebridade do que o retrato de pose. O processo de controlo da imagem pelos exércitos de agentes e consultores de relações públicas que cercam cada estrela deu origem a uma indústria da guerrilha especializada na captação e difusão de imagens instantâneas, muitas vezes tiradas à socapa ou a centenas de metros de distância.
No entanto, antes de se perder essa cumplicidade, foi possível obter belas imagens, como a citada foto de Mohamed Ali, ou a de James Dean em pose num caixão, três meses antes do seu acidente mortal, ou ainda as fotos mais contrastadas de Marilyn Monroe e de Greta Garbo.

:: enviado por JAM :: 6/29/2005 11:30:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Afinal...

Lembram-se da mitológica injecção atrás da orelha? Era assim que os “comunas”, segundo a propaganda dos pregadores de Domingo, resolviam o problema do equilíbrio dos sistemas de pensões.
Voltámos agora ao mesmo tema. Parece que assim isto não se aguenta. Nos bons velhos tempos os portugueses tinham a sorte de morrer menos de cinco anos depois de se aposentarem. Temos pois que o Serviço Nacional de Saúde dá um duplo prejuízo: é um poço sem fundo para as transferências do Orçamento de Estado e arruína a Segurança Social.

Por muito que se gabem as virtualidades da expansão económica como contributo para a solução dos graves problemas do país, continuo a pensar que aquilo que temos que expandir urgentemente é a inteligência colectiva.

O sentimento vigente entre as pessoas que conheço é um profundo desânimo e uma enraizada sensação de impotência.

Os contabilistas nacionais não nos dão esperança.
Será que a tal injecção é comparticipada?

:: enviado por RC :: 6/29/2005 09:19:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

Reproduzir a energia que faz brilhar as estrelas

É o objectivo do ITER, uma enorme máquina para copiar o Sol através do aquecimento de um gás de isótopos de hidrogénio até desencadear a fusão nuclear. É esta fusão de dois núcleos de hidrogénio originando um núcleo de hélio que fornece a energia às estrelas. O ITER consiste num anel magnético de ferrite, da forma de um enorme e espesso bolo-rei de cerca de 800 metros cúbicos, no interior do qual potentes campos magnéticos isolam completamente o plasma de deutério e trítio.
Pouco denso, mas aquecido à temperatura de cem milhões de graus, esse plasma deverá provocar uma quantidade suficiente de fusões nucleares para produzir dez vezes mais energia do que a que foi injectada pelo aquecimento. Para além da delicada pilotagem do plasma incandescente, o ITER deverá ainda ser capaz de extrair essa energia depositada nas paredes do Tokamak.
A construção estender-se-á de 2005 a 2015 no centro de pesquisa de Cadarache, no sul de França, e a sua exploração, prevista até 2035, deverá ocupar cerca de mil pessoas.

Leia mais sobre Fusão, energia e ambiente.

:: enviado por JAM :: 6/29/2005 08:17:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

terça-feira, junho 28, 2005

Retalhos do "Público" da semana passada

“Ao mesmo tempo que os membros do G8 anunciam um acordo histórico contra a pobreza, estão a vender armamento a países pobres”.
Surpreendidos? Porquê? Eu aqui só consigo ver coerência: se se quer lutar contra os pobres, não haverá com certeza melhor maneira do que vender armas a quem os governa…
Cá por casa,
A) “Apesar de o anterior governo ter anunciado uma ajuda de milhões de euros para subsidiar a reflorestação da Serra do Caldeirão e ajudar as vitimas do incêndio, só uma pequena parte da população afectada recebeu dinheiro, seja da Segurança Social, seja do Ministério da Agricultura.”
B) “A dívida pública da Madeira, directa e indirecta, quase duplicou entre 2001 e 2003, ao passar de 690 para 1.134 milhões de euros (…) 2001, ano em que Guterres cobriu o passivo do Serviço Regional de Saúde (12 milhões de contos), depois de, em 2000, ter assumido 110 milhões de contos da dívida madeirense (70% do total)”
C) “Foram atribuídos aos juízes do tribunal constitucional automóveis BMW (…) O juiz conselheiro Pamplona de Oliveira levou 27 meses para escrever 23 linhas de uma decisão sumária:”
Como se vê, também os sucessivos governos portugueses têm estado a fazer um enorme esforço na luta contra a pobreza.

:: enviado por Manolo :: 6/28/2005 09:11:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Chacun sur terre...



Georges Brassens
QUAND UN VICOMTE
Paroles: Jean Nohain, musique: Mireille, 1935


Quand un vicomte
Rencontre un autre vicomte,
Qu'est-ce qu'ils se racontent?
Des histoires de vicomtes...
Quand un gendarme
Rencontre un autre gendarme
Qu'est-ce qu'ils les charment?
Des histoires de gendarmes...

Chacun sur terre
Se fout, se fout,
Des petites misères
De son voisin du dessous.
Nos petites affaires
A nous, à nous
Nos petites affaires
C'est ce qui passe avant tout...
Malgré tout ce qu'on raconte
Partout, partout,
Qu'est-ce qui compte en fin de compte
Ce qui compte surtout c'est nous.
Chacun sur terre
Se fout, se fout,
Des petites misères
De son voisin du dessous.

Quand un cul de jatte
Rencontre un autre cul de jatte,
Rien ne les épate
Que des histoire de cul de jatte.
Quand une bigote
Rencontre une autre bigote,
Qu'est-ce qu'elles chuchotent?
Des histoires de bigotes...

Chacun sur terre
Se fout, se fout,
Des petites misères
De son voisin du dessous.
Nos petites affaires
A nous, à nous
Nos petites affaires
C'est ce qui passe avant tout...
Malgré tout ce qu'on raconte
Partout, partout,
Qu'est-ce qui compte en fin de compte
Ce qui compte surtout c'est nous.
Chacun sur terre
Se fout, se fout,
Des petites misères
De son voisin du dessous.

:: enviado por RC :: 6/28/2005 06:21:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Plano Poupança Reforma

Cada português é aconselhado a começar a preparar a sua reforma. Lembrem-se da CIGARRA.
Para este efeito já estão disponíveis os novos kits de poupança do Ministério das Finanças:


:: enviado por RC :: 6/28/2005 05:41:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Accesso ao Ensino Superior

Aqui estão duas fotos de curso. Escolha a sua faculdade preferida.
Envie para o BRITEIROS a imagem que melhor ilustra a Universidade Portuguesa e nós publicaremos a melhor imagem.

Faculdade Chinesa

Faculdade Americana



:: enviado por RC :: 6/28/2005 05:18:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Caiu o governo barnabita

Um dos nossos melhores blogs sobre política e cultura está em crise profunda. Habituado a criar a polémica no seio da blogosfera, contra os colunistas dos jornais ou entre os seus próprios criadores, o Barnabé parece incapaz de resistir a uma das suas maiores polémicas internas, entre as suas facções pró e contra governo PS. A confirmarem-se os abandonos anunciados, a blogosfera portuguesa fica seguramente mais pobre.

:: enviado por JAM :: 6/28/2005 03:31:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Ouvir os outros. Arrependidos?...

Que País, este!
O Conselho directivo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa votou a propina mínima para o próximo ano, mercê dos votos dos estudantes, directos interessados, e de um funcionário, contra os professores e o próprio presidente do Conselho directivo, o qual pediu a demissão na sequência da decisão, por entender que deixa de haver meios para o funcionamento da Faculdade.
Que País, este, onde os estabelecimentos públicos universitários são financeiramente governados pelos utentes e pelo pessoal administrativo! Por que espera o Ministro do Ensino Superior para fazer aprovar a revisão do sistema de governo das universidades, de modo a pôr fim a esta rebalderia?
Inserido por VM 28.6.05

:: enviado por RC :: 6/28/2005 03:06:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Que não se muda já como soía

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

O Vate

:: enviado por RC :: 6/28/2005 02:54:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Perguntar não ofende (10)

Onde é que estará José Sócrates, daqui a cinco anos ?


:: enviado por JAM :: 6/28/2005 01:39:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Afinal quem “descobriu” a América?

Gavin Menzies, antigo sub-comandante de submarino da marinha britânica, publicou em 2002 um livro em que defende que a América não foi “descoberta” por Cristóvão Colombo em 1492, mas sim 70 anos antes, pelo navegador chinês Zheng He. Gavin Menzies organizou uma exposição em Singapura, que estará patente até Setembro, intitulada “1421 – o ano em que a China navegou pelo mundo”. O acontecimento comemora as sete expedições marítimas realizadas por Zheng He, entre 1405 e 1423. Comandante duma frota de 1600 navios e mais de 28 mil homens, Zheng He ficou na História como um dos maiores navegadores de todos os tempos, mas é ainda motivo de polémica saber até onde chegaram as suas peregrinações.
Menzies criou um site Internet com o objectivo de rever a tese do seu livro. É que, segundo parece, Zheng He não fez tudo sozinho. Terá recebido uma herança preciosa: uma grande parte do mundo por onde navegou teria sido cartografada pela frota de Kubilaï Khan (1215-1294), um khan mongol que chegou a ser imperador da China.

:: enviado por JAM :: 6/28/2005 10:40:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

Ouvir os outros...

Tropeção
Não vale a pena tentar dourar a pílula. É grave, em si mesmo, o erro de contas na proposta de Orçamento rectificativo. O Ministro das Finanças não podia ter tido um descuido desta natureza. Esta rectificação orçamental era para ser um exercício de verdade, transparência e rigor, para pôr fim à ficção orçamental trapalhona de Bagão Félix & Santana Lopes. Afinal...
Enquanto o Ministro das Finanças entra em dificuldades, continuam "desaparecidos" os ministros da Economia e das Obras Públicas, que deveriam trazer a parte positiva da mensagem governativa e cujos planos e projectos deveriam contrabalançar a austeridade financeira. Onde estão eles?
Inserido por VM 27.6.05

:: enviado por RC :: 6/28/2005 12:59:00 da manhã :: 2 comentário(s) início ::

segunda-feira, junho 27, 2005

Medina Carreira

"... o povo escolhe meio enganado, então não vale a penha haver votação."

Mais vale uma maioria relativa baseada na verdade que uma maioria absoluta assente em mentira.

"Enquanto a política for este jogo de habilidades..."

Medina Carreira, há pouco no Prós e Contras, rtp1.

:: enviado por RC :: 6/27/2005 11:45:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Perguntar não ofende (9)

Contas do OE apresentam erros

Reformado pelo Banco de Portugal por não saber fazer contas?

:: enviado por U18 Team :: 6/27/2005 11:55:00 da manhã :: 3 comentário(s) início ::

Rectificação

Vai ser rectificada a rectificação do embuste.

:: enviado por RC :: 6/27/2005 10:36:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

GREVE

Lisboa sem recolha de lixo

Será embuste?

:: enviado por RC :: 6/27/2005 10:34:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

O Bastão

Em Castelo Branco, disse o Eng.º Sócrates que prefere um coro de críticas a um mar de aplausos.
São gostos.

"A função pública não nos perdoa", dizia há dias ao DN um candidato socialista à presidência de uma câmara.

Às vezes há homens que avançam tão depressa que quando olham para trás vêem que estão sozinhos.
Os Funcionários Públicos são 700 000 votos potencialmente perdidos. E não são quaisquer votos. São votos que têm constituído muito do que é o núcleo duro de votantes do Partido Socialista, são votos que se multiplicam pela militância e pelo contacto com muita gente, são votos que farão falta numa Lisboa administrativa e zangada com o senhor engenheiro.
Há muitas maneiras de racionalizar serviços e de cortar despesas e até de reduzir pessoal. Se ainda por cima se bater na cabeça das pessoas, elas não gostam. É que não gostam mesmo.

:: enviado por RC :: 6/27/2005 10:19:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Deficit de quê?

Colisão entre avioneta e carro faz um morto em Espinho.

"Uma avioneta que descolava do Aeródromo de Paramos, Espinho, colidiu este domingo com um automóvel que circulava numa estrada de acesso que cruza a pista, causando a morte a uma pessoa."

:: enviado por RC :: 6/27/2005 10:05:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

domingo, junho 26, 2005

Embustes

Em bem triste estado está a riqueza vocabular da nossa classe política.

"Há oposição da banca no que respeita a arriscar alguma coisa para as empresas que querem inovar", disse na altura Jorge Sampaio, que chegou mesmo a classificar como "um embuste" os meios que o sector financeiro utiliza para apelar ao consumo privado."
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=552298&div_id=291

Na entrevista, Carrilho avisa que vai travar "as negociatas imobiliárias", "construir um jardim no Parque (Mayer) e acabar com o embuste do arquitecto Ghery, porque nem há um contrato", considerando ainda que "tem lógica que a saída do Túnel (do Marquês) seja no Marquês, mas depende do estado das coisas na altura".
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=551052&div_id=291

O líder do PND acusou o executivo português e o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, de estarem a criar um "embuste, um logro" e atacou o ministro Freitas do Amaral, considerando que está "a fintar os portugueses e tratá-los como carneiros mal esclarecidos".
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=549974&div_id=291

Antes de Marques Mendes, subiu ao palco o presidente do CDS-PP, José Ribeiro e Castro, que criticou o alegado "embuste eleitoral" dos socialistas.
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=548263&div_id=291

Após o "não" da França e da Holanda ao Tratado Constitucional Europeu, o líder parlamentar argumentou que este documento "está irremediavelmente posto em causa" e considerou "um enorme embuste", uma "insensatez", "irresponsabilidade" e "inutilidade" o processo de revisão da Lei Fundamental aprovado pelo PS, PSD e CDS-PP.
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=544880&div_id=291

Referindo-se às medidas de austeridade anunciadas quarta-feira pelo primeiro-ministro, José Sócrates, na Assembleia da República, Manuel Monteiro afirmou que o país "está a viver uma situação de claro embuste".
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=542974&div_id=291

"Estamos a assistir a um simulacro político, a um embuste, pois o Governo abre a boca de espanto com o défice quando dizia na campanha eleitoral que ele era superior a seis por cento", afirmou, acusando-o de "aumentar o défice ao não decidir sobre as portagens nas SCUTS".
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=539947&div_id=291

A posição hoje tomada pelo candidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, que classificou ainda o projecto «tão apregoado» pelo PSD de «embuste», contradiz a decisão dos vereadores socialistas da Assembleia Municipal de Lisboa, que no primeiro trimestre deste ano votaram favoravelmente uma permuta de terrenos entre o Parque Mayer e a Feira Popular com vista à viabilização do projecto de Frank Gehry.
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=534194&div_id=291

«Fazer agora uma lei para aplicar daqui a 12 anos com base no argumento de que assim não será retroactiva seria uma mero embuste, pois, de facto, não existiria», sustentou.
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=531161&div_id=291

O líder do PSD, Pedro Santana Lopes, afirmou terça-feira à noite em Mira (Coimbra) que a dissolução do Parlamento foi um «embuste político», e disse esperar que nas eleições de Fevereiro haja um «levantamento nacional» contra a decisão.
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=492048&div_id=291

A associação de defesa de reclusos Fórum Prisões considerou hoje "um embuste" a "inauguração" da cadeia feminina de Matosinhos e denunciou que Portugal tem a maior taxa de mulheres presas entre 24 países da Euro
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=486762&div_id=291

:: enviado por RC :: 6/26/2005 06:19:00 da tarde :: 3 comentário(s) início ::

Desempoeirar as palavras

De país monotemático, a país monovocabular vai um passo.

Habituados a telejornais que abrem com a notícia do golo primordial e a blocos de notícias internacionais em que passagens de modelos são o que de mais importante ocorreu no mundo, passamos agora para a suprema simplificação do debate político e mediático.

Embuste, embuste, embuste, embuste, tudo é embuste. Para o presidente, para o primeiro ministro, para o CDS, para ti e para mim. Embuste é a palavra da moda.
—Já descobriste o embuste de hoje?
—Isso é uma embustice.
—Vossa Excelência, meu caro senhor, vocência é um embusteiro.
—Intrujão, é o que é.
—Embustearam-te?
—Alguns querem embostear a nossa vida.

Embuste, artificiosa mentira, é quase um elogio às primitivas patranhas que pululam na nossa vida colectiva.
Esperemos que, depois de embosteados os presentes e os passados, possamos1 avançar para construir o futuro.

Como diria o meu amigo Felix, no seu castelhano: “Es una trampa.”2

1- Não confundir com o "póssamos" e o "tênhamos" tão em voga nos dias que correm.
2- Engano, embuste. Nada a ver com embostear.


:: enviado por RC :: 6/26/2005 05:36:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Para a próxima mando o dinheiro para a embaixada dos Estados Unidos

Faz hoje 6 meses que a tragédia do tsunami atingiu o sudeste asiático. Porque também contribuí para a assistência humanitária e porque gosto de saber de que maneira o meu dinheiro é utilizado, fiz uma pesquisa rápida no Google: “tsunami aid 6 months”. O que encontrei foi isto: apenas uma pequena parte dos fundos foram aplicados a ajudar as pessoas. Um pouco surpreendido, procurei um pouco mais e fui lendo que uma parte do dinheiro (não se sabe quanto mas desconfia-se que bastante) foi para os habituais corruptos, enormes quantidades de bens de primeira necessidade continuam amontoados em armazéns, as ONGs vão-se entretendo no campeonato do “quem faz mais humanitarismo”, quem recebeu mais ajuda foram as pessoas com mais posses, milhares de pessoas continuam a viver em campos de refugiados e mandam-se barcos que não servem para coisa nenhuma por inadaptação às águas locais.
Entretanto, os americanos mandaram militares poucos dias após a catástrofe. Com médicos, enfermeiros e engenheiros, além de pessoal para manter alguma ordem e distribuir bens de primeira necessidade. Ao mesmo tempo, enviaram um barco militar para servir de base à distribuição da ajuda humanitária para não terem que passar pelos armazéns locais. Agora canalizam a ajuda através da USAID, uma organização governamental e profissional. Constroem escolas, casas, tentam restabelecer um mínimo de economia local e vão gastando o dinheiro em função das necessidades. Não fizeram mais porque o habitual coro de criticas a tudo o que é americano – não se coordenaram com a ONU nem com as ONGs, são tropas de ocupação, não disponibilizaram logo o dinheiro necessário, etc. – os obrigou a recuar. No entanto, a intervenção americana parece-me de alguma sensatez: quem melhor que os militares para intervir em situações de urgência? Quem melhor que os militares para impor algum respeito a autoridades locais mais interessadas no negócio humanitário do que em ajudar realmente as populações? Em situações tão dramáticas, não será melhor salvar vidas primeiro e falar de “ocupação militar” depois? Não estarão as organizações profissionais, controladas por um poder democrático, melhor posicionadas para a ajuda após a urgência?

Manda o politicamente correcto que as ONGs são puras e bem intencionadas e que os americanos são malvados e mal intencionados mas, se calhar, o mundo não é tanto assim a preto e branco.
Pensem o que quiserem, para a próxima mando o dinheiro para a embaixada dos Estados Unidos. Pelo menos sei a quem pedir contas.

:: enviado por U18 Team :: 6/26/2005 04:27:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Curso de Verão – Aprenda “Desobediência civil” em três lições

Segundo o PortugalDiário, o Bloco de Esquerda vai organizar, este Verão, um “workshop” de desobediência civil. Não conheço o conteúdo do workshop (na notícia está mesmo assim, em inglês, o que prova que até o Bloco de Esquerda não consegue resistir a desvios imperialistas) mas suponho que andará longe das sessões de agit-prop da minha juventude, em que também participavam alguns dos dirigentes mais velhos do Bloco.
Os tempos são outros e as tecnologias diferentes. Imagino que agora se aprenderá coisas do tipo como organizar manifestações por SMS, a maneira mais eficaz de arremessar um telemóvel contra um policia de choque, como utilizar o correio electrónico para agitar as massas populares ou ainda como bloquear o site do Ministério da Educação.
Cá por mim, está bem. É verdade que, nestes últimos anos, a policia não se tem confrontado com manifestações dignas desse nome e o que o país mais precisa é de uma nova geração capaz de praticar a “desobediência civil” de uma forma eficaz e organizada. Nos intervalos da actividade sempre podem utilizar os ensinamentos do curso para resistir, pacificamente, a arrastões de praia ou para evitarem serem assaltados nos comboios de Sintra, temas que o Bloco gosta de abordar de uma forma séria e responsável.
O mais complicado será explicar aos “workshopistas” que a “desobediência civil” vem da revolta contra as injustiças que se sentem directamente na pele e que, quando é organizada, cheira que tresanda a manipulação

:: enviado por U18 Team :: 6/26/2005 12:22:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

sábado, junho 25, 2005

Não há greves eficazes sem dor

A questão do direito à greve é de tal modo incontestável que deveria ser desnecessário estarmos aqui a “gastar” tantas linhas sobre o assunto. É que não acreditamos que haja alguém que não tenha conhecimento que a Constituição da República Portuguesa consagra a greve como um direito irrenunciável dos trabalhadores.
Se voltamos ao assunto é apenas pela caricatura de um país que assiste a um Vital Moreira acusador-mor do direito à greve e a um Pacheco Pereira que o defende tenazmente, o que nos leva a transcrever um pequeno excerto de um dos posts mais lidos nos blogs de ontem:

[...] A sociedade protege o interesse geral estipulando os “serviços mínimos” que são vitais para o seu funcionamento regular. Mas “mínimos” significa sempre “mínimos”, e o terreno desse mínimo é o que atribuo às funções mínimas do estado: segurança dos cidadãos, defesa nacional, funcionamento regular dos corpos de emergência nos hospitais, bombeiros, etc. Fora disso, os “mínimos” já são máximos. Não tem sentido ser liberal quanto ao Estado e depois entender os “serviços mínimos”, que este tem que garantir numa greve, com uma latitude de obrigações típica de um Estado socialista, ou seja, tudo.

:: enviado por JAM :: 6/25/2005 09:17:00 da manhã :: 3 comentário(s) início ::

Tribunal Internacional sobre o Iraque

Está a decorrer, até Segunda-feira, em Istambul, a sessão final do Tribunal Internacional sobre o Iraque (WTI), com objectivos puramente simbólicos, encarregado de julgar a legalidade da guerra, o papel da ONU, os crimes de guerra cometidos pelos Estados Unidos e a Grã Bretanha e as consequentes devastações sociais, políticas, ambientais e culturais. Estão presentes antigos responsáveis das Nações Unidas, especialistas em direito e militantes dos direitos humanos, mas nenhum dirigente americano ou britânico aceitou assistir pessoalmente, apesar dos convites endereçados a George Bush e a Tony Blair. O Tribunal pede, no entanto, a Bush que apresente a sua defesa [sic] perante o júri de consciência de Istambul.
Apesar de se tratar de uma acção simbólica, o WTI pretende chamar a atenção para o respeito da lei internacional, para que os crimes de guerra não fiquem impunes. Ou seja, de Tribunal não tem nada. Nem sei mesmo se terá algum efeito ao nível das consciências dos responsáveis...

:: enviado por JAM :: 6/25/2005 07:19:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, junho 24, 2005

Uma ideia a testar na Cova da Moura

É sabido que a música acalma as feras. Na Venezuela, consegue fazer ainda melhor: nos bairros mais degradados, transforma as crianças e adolescentes confrontados com a violência e a delinquência. Esses jovens tornam-se adultos responsáveis, adeptos de música clássica e até músicos profissionais, graças a um projecto pedagógico ambicioso e generoso, fundado há cerca de trinta anos, e que já prestou auxílio a cerca de 400 mil crianças.

Leia mais >>>

:: enviado por JAM :: 6/24/2005 04:39:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

A "Europa" acaba o trabalho ou o fim do Software livre

Em mais um desses processos de decisão obscuros e semi secretos, o Parlamento Europeu terá no dia 5 de Julho (possivelmente, porque está apenas na Agenda Provisória) um debate sobre a segunda leitura de uma Directiva da Comissão Europeia sobre a Patenteabilidade das invenções implementadas por computador. O assunto interessa-me na qualidade de profissional. Interessa-me ainda mais na qualidade de cidadão.
Traduzindo em linguagem corrente, trata-se de saber se as ideias utilizadas nos programas de computador podem ser objecto de patentes ou não [...]
A UE encarregou-se, nos anos 90, de destruir todas as grandes empresas da industria informática europeia (diga-se, em abono da verdade, bastante ajudada pelos erros dessas mesmas empresas). Prepara-se agora para acabar o trabalho e destruir as PME europeias da industria informática e garantir que nunca haverá uma alternativa de Software livre. (texto completo aqui)

:: enviado por U18 Team :: 6/24/2005 12:52:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Caça científica?!


© Desenho de Stephff – The Kuwait Times

O projecto do Japão de desenvolver a caça, dita “científica”, à baleia deixou estupefactos os vizinhos do arquipélago e instigou a cólera dos ambientalistas. O pretexto científico é tanto mais ridículo quando coincide com as declarações do responsável japonês na Comissão Baleeira Internacional, afirmando que existe no Japão uma forte procura pela carne de baleia, outrora muito consumida. Uma cadeia de restauração rápida nipónica – Lucky Pierrot – acaba de acrescentar os hamburgers de baleia à sua lista.

:: enviado por JAM :: 6/24/2005 09:45:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Sobressalto

Os campeões do comércio livre estão em sobressalto. A terceira maior petrolífera chinesa está a tentar comprar, de forma hostil, uma companhia petrolífera americana.

Segudo o Senador Ron Wyden, lá por se defender o comércio livre não quer dizer que se seja palerma.

Lembra-me W.C.Fields que dizia:" Never give a sucker a fair chance."

:: enviado por RC :: 6/24/2005 09:42:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

quinta-feira, junho 23, 2005

Ouvir os outros...

"Ilegalidade & imoralidade
Para mim, a insensata decisão dos professores de incluir na greve o boicote aos exames nacionais não era somente uma questão de ilegalidade, mas também, e antes de tudo, uma questão de imoralidade.
Inserido por VM 23.6.05 "


Os argumentos usados para rebaixar os professores portugueses têm sido muitos e variados, geralmente falaciosos, distorcendo a realidade e evidenciando a tal ignorância e iliteracia confirmadas pelos estudos internacionais. Chegámos agora ao ponto de ter Cónegos Remédios da política apelidando-nos de imorais.

Um destes dias isto só lá vai com umas "bengaladas".

Imoral mesmo é que, pouco mais de trinta anos volvidos sobre o 25 de Abril, um grupo profissional que legítima e legalmente demonstra a sua revolta seja objecto de todo o tipo de pressões, de mentiras e de insinuações aviltantes. Já imaginamos a redacção de uma próxima constituição portuguesa:

[...]
Artigo 57.º
(Direito à greve e proibição do lock-out)
1. É garantido o direito à greve, desde que não seja para fins imorais.
2. Compete aos trabalhadores definir o âmbito de interesses a defender através da greve, não podendo a lei limitar esse âmbito excepto em caso de imoralidade.
3. A lei define as condições de prestação, durante a greve, de serviços necessários à segurança e manutenção de equipamentos e instalações, bem como de serviços mínimos indispensáveis para ocorrer à satisfação de necessidades sociais impreteríveis. Estas necessidades sociais impreteríveis serão decididas ad-hoc pelo governante de serviço.
4. É proibido o lock-out.
[...]

Leia a Constituição do seu país.
De vez em quando faz bem confrontar o sonho com a realidade.

É um ano que começa mal e acaba mal.

É triste. Ao que isto chegou...

:: enviado por RC :: 6/23/2005 07:56:00 da tarde :: 3 comentário(s) início ::

Tenhamos calma...

"É um pronunciamento sobre um despacho do Governo Regional de um Tribunal dos Açores, que não é de Lisboa nem respeita à República Portuguesa, portanto não respeita ao nosso sistema", disse Maria de Lurdes Rodrigues.

Não julguemos a floresta pela árvore. Parece-me que, na ânsia de abordarmos as nossas justas queixas, não devemos abandonar aquilo que nos distingue, nível.

Não gosto de ouvir a senhora ministra ser tratada como a ministra. Não me agrada. De jornalistas ainda compreendo, mas de professores não me parece bem. Não era Wilde que dizia "Bad manners make a journalist."?

Nesta luta que é de defesa dos nossos direitos, que não devem ser confundidos com privilégios, penso devermos manter a elevação que outros não têm escrúpulos em abandonar. Tenho a certeza que a senhora ministra é uma pessoa que em boa fé aceitou liderar a "trituradora" de ministros: a máquina do maior dos ministérios. Raras vezes as mediocridades são os ministros, as segundas e terceiras linhas cujos nomes desconhecemos, daí vem geralmente a desgraça.

:: enviado por RC :: 6/23/2005 07:34:00 da tarde :: 4 comentário(s) início ::

Domínio Público

O que têm em comum obras como o Cancioneiro, de Fernando Pessoa, a Antologia, de Antero de Quental, o Don Quijote, de Miguel de Cervantes, Les Fables, de Jean de La Fontaine ou a Anna Karenina, de León Tolstoy? São algumas das inúmeras obras de referência de vários autores da literatura portuguesa e universal oferecidas gratuitamente pelo Domínio Público, a biblioteca digital criada e mantida pelo governo federal brasileiro.

Foi aí que fomos encontrar este excelente texto, extraído de As Farpas, de Ramalho Ortigão e Eça de Queiroz, de Janeiro de 1878, evocativo de tempos bem mais recentes:

Que diferença há entre este partido na oposição e o partido actualmente no governo? É revolucionário? Não: é igualmente conservador. É racionalista? Não: é igualmente católico. É evolucionista? Não: é igualmente autoritário. [...] A única opinião que a oposição diz ter, e que ela acusa o governo de não professar, é a opinião abstracta da economia, da ordem, da moralidade e do progresso. Como porém todos os governos, qualquer que seja o partido de que eles procedam, têm sucessivamente caído do poder perante a acusação de não servirem o progresso, a moralidade, a ordem e a economia, devemos acreditar que, ou essas virtudes, que aliás não podem constituir princípios de programa, são comuns a todos os partidos ou não são especiais de partido nenhum.
Os partidos portanto não se diferenciam senão pelos nomes dos indivíduos mais ou menos numerosos de que eles se compõem. Nesta ausência completa de ideias contrapostas, o governo em Portugal, versando constantemente sobre si próprio, dá-nos o espectáculo de um organismo vivo, isolado na criação, alimentando-se na sua própria substância e digerindo-se pouco a pouco a si mesmo.

:: enviado por JAM :: 6/23/2005 10:57:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, junho 22, 2005

Ou sim ou sopas

"Tribunal Administrativo de Ponta Delgada que, na sequência de uma providência cautelar apresentada pela FENPROF, ordenou a "suspensão imediata" do despacho do secretário regional da Educação que estabelecia serviços mínimos para assegurar a realização nos Açores dos exames nacionais, face à greve dos professores que termina na quinta-feira."

:: enviado por RC :: 6/22/2005 09:49:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Palmatoadas nas mãos

"HOSPITAL DE SÃO JOÃO
«Muitas mãos não são lavadas», diz ministro
O ministro da Saúde, Correia de Campos, deu um "puxão de orelhas" aos médicos e outros profissionais do hospital de São João afirmando que «muitas mãos não são lavadas» quando passam de um doente para o outro, o que resulta na enorme taxa de infecções que se registam naquele hospital."

:: enviado por RC :: 6/22/2005 09:47:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Guterres começou bem


(Clique sobre a imagem para aumentar)

O novo Alto Comissário da ONU para os refugiados esteve ontem no campo de refugiados sudaneses de Palorinya, no Norte do Uganda, de onde exigiu uma acção conjunta da comunidade internacional e da União Africana para indagar sobre a avalanche de refugiados. Os sudaneses do Sul continuam a fugir do seu país, apesar do acordo de paz assinado entre o Norte e o Sul, por causa da extrema escassez de alimentos e da continuidade dos ataques. O Uganda acolhe actualmente mais de 200 mil refugiados.

Leia mais >>>.

:: enviado por JAM :: 6/22/2005 10:17:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Então a banca privada não era melhor para o país?

Sampaio acusa a banca de fazer pouco para promover o crescimento económico.


:: enviado por JAM :: 6/22/2005 10:05:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

Relatos de Nagasaki

Em 9 de Agosto de 1945 foi largada sobre Nagasaki a segunda bomba atómica, que matou pelo menos 70 mil pessoas. O americano George Weller foi o primeiro jornalista estrangeiro a chegar ao local, um mês depois da explosão, e a relatar numa série de artigos o que viu. Weller, descrevia a cidade como “um deserto nascido da guerra” onde se propagava uma misteriosa “doença X”. Mas os censores do quartel general da ocupação, as autoridades militares americanas responsáveis na época, recusaram-se a autorizar a publicação da reportagem.
Os artigos censurados foram agora publicados pelo mais antigo diário japonês, o Mainichi Shimbun.

:: enviado por JAM :: 6/22/2005 07:29:00 da manhã :: 2 comentário(s) início ::

terça-feira, junho 21, 2005

Liberdade

LIBERDADE

Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa

A RTP Memória tem destas coisas, ouvir o Villaret dizer "meninos esqueçam este poema e amanhã sejam bons alunos" e sentir que vivemos já no outro mundo.

:: enviado por RC :: 6/21/2005 09:19:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Ouvir os outros...

"Derrota
Os sindicatos de professores marcaram greve propositadamente para dias de exames. Repudiaram a definição dos exames como "serviços mínimos obrigatórios". Envolveram-se numa guerra com o Ministério por causa disso. Temerariamente, transformaram a não realização de exames na questão principal da greve.
Se tivessem deixado os exames de fora, estariam a celebrar uma greve vitoriosa. Assim, perderam. Não conseguiram impedir os exames. Ainda por cima, ganharam a hostilidade da opinião pública. Podem vangloriar-se dos números de professores em greve. Isso de pouco vale, depois de terem falhado o "prémio grande". A derrota é indesmentível. O radicalismo e a irresponsabilidade aventureira pagam-se caro.
Inserido por VM 21.6.05 "

in http://causa-nossa.blogspot.com/

:: enviado por RC :: 6/21/2005 08:46:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Ouvir os outros...

" Ó Stôr

Leio o post que o MBR publicou esta tarde. Não estou de acordo com o que escreve, e espero que seja esse também um dos catalizadores deste blog. Apenas quero sublinhar aquilo que, seguramente, MBR sabe bem e que não menciona:
1. As paupérrimas condições dos professores- desde salários (que não aumentam há dois anos), ao desterro a que são sujeitos com sucessivas deslocações;
2. Os constantes ataques a que têm sido sujeitos (já nem quero falar da vergonha que foi o concurso dos professores com Santana Lopes), mas já mesmo sob este Executivo: por exemplo, recordo as declarações de Sócrates, no princípio deste mês, em Setúbal, quando disse que era um privilégio dos docentes e um mau exemplo estes não terem turma distribuída no ano da aposentação. Ou Sócrates não sabe do que fala, ou foi puramente demagógico, pois trata-se apenas de medida da administração para evitar que a meio do ano as turmas tivessem que mudar de professor. Outra possibilidade era, como está na lei, que o Ministério tivesse de pagar mais 1/3 ao professor por estar a trabalhar depois de ter atingido as condições de aposentação, o que assim se evita.
Outro exemplo foi o que o Governo disse sobre os professores com horário zero, que, efectivamente, não têm turmas atribuídas mas têm um horário a tempo-inteiro.
3- A falta de reconhecimento do estatuto da classe dos professores, que, sendo uma profissão de alto desgaste e que idealmente exige uma actualização constante, não vêem reconhecidos direitos nem possibilidades, com as quais, afinal, beneficiariam os alunos, ou seja, todos nós. Embora não concorde com tudo o que está neste artigo de João Dias da Silva no DN , no final indica algumas questões importantes
4- Esta questão do timing da greve é uma balela. Os professores não deveriam ter feito greve na altura dos exames? E o Governo, deveria ter avançado com estas medidas na altura dos exames? Ou contava que isso fosse um "impeditivo" ?
5- Se a greve não teve maior impacto, isso deve-se às ameças que foram feitas aos professores, à estranha tolerância que alguns têm aos governos do PS, e à desunião da própria classe dos professores.
6- O país está numa situação complicada e sim, é preciso contenção. A ver vamos se paga só o do costume e até que ponto vão as medidas de aumento das receitas."

in http://bichos-carpinteiros.blogspot.com/

Um lampejo de lucidez num mar de oportunismo político. No entanto ligeiramente desactualizado, já não se diz stôr. Agora é só sôr...

:: enviado por RC :: 6/21/2005 08:27:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Assalto à lei

Instalações do Tribunal Criminal de Lisboa

Carregador de telemóvel, dinheiro do totoloto dos funcionários, micro-ondas e rádio foram roubados.

(Eu nem comento)

:: enviado por RC :: 6/21/2005 08:23:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Ken Livingstone

Example

Ken Livingstone, o trabalhista que deu alguns cabelos brancos à senhora Thatcher, é hoje o Mayor de Londres, o que equivale mais ou menos a ser presidente da câmara duma cidade com dez milhões de habitantes.

Nos primeiros anos da década de oitenta era ele o homem que dirigia o Greater London Council e que tinha muitas das competências que hoje tem como Mayor. Tanto irritou a senhora Thatcher que ela, pura e simplesmente, aboliu a dita autoridade.

Nesses tempos viajei inúmeras vezes com o "red" Ken. A Jubilee Line era o seu meio de transporte para o trabalho, como milhões de outros Londrinos. Não tinha guarda-costas. Lia o seu jornal ou um livro de bolso.

Gostava de ver os nossos políticos a seguir o exemplo do bom do Ken.

:: enviado por RC :: 6/21/2005 05:45:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

O primeiro veleiro solar

Se tudo correr bem, o Cosmos-1, um satélite diferente dos outros, será lançado esta noite (20h46, hora de Lisboa) a partir de um submarino no mar Báltico, por um velho míssil intercontinental SS18 da era soviética, baptizado Volna. Será o ponto culminante de uma cooperação de vinte anos entre cientistas americanos e russos, fora dos circuitos oficiais, para evitar as complicações diplomáticas da guerra fria. Trata-se da consagração para a Planetary Society, associação internacional que foi dirigida durante muitos anos pelo astrofísico e escritor Carl Sagan.
O Cosmos-1 é um engenho de 40 kg, fabricado na Rússia, e será propulsado por uma vela de 30 m de diâmetro, enfunada não pelos ventos solares (partículas demasiado lentas para lhe dar uma impulsão suficiente) mas pela pressão das radiações originadas pela colisão dos fotões da luz solar sobre a vela reflectora. Esta pressão é ínfima, mas, em cada segundo, a velocidade do Cosmos-1 irá aumentar de 50 microns por segundo. Mesmo sendo quase nada, como não há resistência, ao fim de 24 horas a velocidade poderá atingir 15 km/h. Daqui a um mês (se conseguir sobreviver aos micro-meteoritos e aos ultravioletas) poderá navegar a mais de 450 km/h, e assim sucessivamente.
Teoricamente, uma nave espacial à vela poderia atingir Plutão em menos de cinco anos, sem uma única gota de combustível... à excepção, é claro, do combustível necessário para a colocar em órbita.

Actualização:
Segundo as declarações de Bruce Murray, co-fundador da Sociedade Planetária, responsável pelo projecto, há uma boa e uma má notícia: a boa é que há razões para crer que a caravela espacial está activa e em órbita; a má é que não se sabe onde é que ela está.
[JAM :: 22/06/2005 16:02]

:: enviado por JAM :: 6/21/2005 10:20:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

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"Vasco Gonçalves

Mal o conheci pessoalmente. Mas as duas ou três vezes que nos encontrámos em 1974 e 1975 revelaram-me um homem sério, empenhado, honesto, culto e idealista. Para ele a revolução ficou amarguradamente inacabada, muito aquém do "verdadeiro socialismo" por que lutava. Mas o principal que o 25 de Abril nos trouxe e nos legou -- a liberdade, a democracia, a modernização, o progresso social -- devemo-lo também a ele, por menos que ele estimasse alguns traços dessa herança.
Sucede muitas vezes aos revolucionários não se reconhecerem nos resultados da revolução. Faz parte da natureza das coisas a realidade ficar aquém da utopia revolucionária. Revoluções bem sucedidas são as que ficam a meio caminho dos seus propósitos transformadores...
Inserido por VM 11.6.05 "

in http://causa-nossa.blogspot.com/2005/06/vasco-gonalves.html

:: enviado por RC :: 6/21/2005 12:45:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

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"Isto não tem nada a ver com hoje...

"O Tribunal Constitucional deu razão aos Sindicato dos Maquinistas da CP na queixa apresentada em 2000 contra a definição de serviços mínimos por parte do Governo, era então Ministro dos Transportes, Jorge Coelho, no quadro de uma greve de maquinistas.


Em causa estava o facto de ter sido o Governo a determinar e impor os serviços mínimos, ao invés dos trabalhadores e associações sindicais. Esta medida resultou, na prática, na neutralização desta greve, pelo facto de os serviços mínimos terem posto em causa os objectivos da paralisação." Jornal de Negócios, 6 de Junho de 2005.

O sindicato exige agora, cinco anos passados, que a CP regularize a situação dos profissionais que sofreram faltas injustificadas, processos disciplinares e viram suspensa a progressão na carreira..."

in http://barnabe.weblog.com.pt/

:: enviado por RC :: 6/21/2005 12:39:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Ouvir os outros...

"INFORMAÇÃO ÚTIL. O PESO DO ESTADO.

Nos últimos vinte e cinco anos o peso das despesas totais do Estado em Portugal evoluiu da seguinte forma: 1990 – 43,7% do PIB. Até 1993 verificou-se o maior crescimento da despesa pública do sector público administrativo, para 47,6% - designadamente, em virtude do novo sistema retributivo da função pública decidido pelo governo do Prof. Cavaco Silva, responsável pelo aumento significativo dos encargos permanentes na administração pública. O ano de 1993 é aquele em que pela acção conjugada da recessão e do aumento das despesas se alcança o maior défice orçamental dos últimos vinte e cinco anos. Em 1996, a despesa voltou a descer em termos relativos no tocante ao PIB, em virtude do crescimento económico e das medidas disciplinadoras adoptadas em 1995 e 1996. Até 1999 verifica-se um aumento da despesa pública em virtude da integração na função pública de funcionários que tinham vínculos precários e estavam no regime de recibos verdes apesar de desempenharem funções permanentes – atinge-se então 45,9% do PIB. Apesar de uma redução de despesa em 2001, em 2002 o peso da despesa volta a crescer fortemente em relação ao PIB por força da redução do produto. Atinge-se então a cifra de 47,1%. Em 2003 e 2004, mantém-se o mesmo peso relativo, com respectivamente 46,8 e 47,4%. Verifica-se, assim, que em termos brutos os anos de 1993 e de 2004 são os piores anos, sendo evidente o descontrolo verificado sobretudo no segundo semestre de 2004. Nota-se, assim, que não houve uma consolidação orçamental da despesa, que obrigaria a uma descida sustentada do lado da despesa. Nota-se em contrapartida que o valor mais baixo alcançado em relação ao peso do Estado é o do ano de 1996 (44,5%). Houve, no entanto em Portugal um forte crescimento da despesa corrente primária desde 1990 a 2004, na ordem do 12%, que contrasta com 5,9% na Grécia, com 4,5% no Reino Unido e com 4,9% na Irlanda. O peso do pessoal na despesa pública é de 15%, só superado pela Suécia (16,6%) e pela Dinamarca (17,9%). A média europeia é de 11% (valores de 2004). No entanto. O peso da despesa corrente primária em Portugal (40,1%) é inferior à média europeia (41,4%) em virtude do baixo nível das nossas transferências para as famílias (apoios sociais). Por fim, quanto ao peso da despesa pública no PIB, a média da EU 15 é de 47,6% e Portugal tinha em 2003 46,8%. Abaixo de nós estão apenas: Espanha, Irlanda, Luxemburgo e Reino Unido. Todos os outros têm um peso maior da despesa pública no PIB, ao contrário do que muitas vezes se diz."

in http://blogs.parlamento.pt/casadoscomuns/

:: enviado por RC :: 6/21/2005 12:31:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

segunda-feira, junho 20, 2005

Velhinhos

"[...] nos próximos trinta e cinco anos seremos o terceiro país mais idoso da Europa."
(Vitorino, rtp1)

É um facto e a solução, segundo Vitorino, é manter abertos os canais da imigração.

Haverá uma incapacidade reprodutiva entre os portugueses?

:: enviado por RC :: 6/20/2005 09:39:00 da tarde :: 2 comentário(s) início ::

Dúvidas

Example

Com a devida vénia a O Ilhavense e o meu obrigado ao Augusto.

:: enviado por RC :: 6/20/2005 03:20:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Quando o galo canta sobre o esterco...

O Conselho Europeu de Bruxelas da semana passada foi um fracasso total sobretudo por causa da guerra entre o presidente francês e o primeiro ministro britânico. O primeiro porque quer acabar com o cheque inglês e o segundo porque exige uma redução drástica dos fundos atribuídos à PAC (cerca de 40% do orçamento europeu), dos quais a França é a principal beneficiária.
É claro que, quer um, quer outro, falam em nome da solidariedade no seio da União.


© Desenho de Dave Brown – The Independent


:: enviado por JAM :: 6/20/2005 03:12:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Em dia triste

Mesmo em dias tristes há coisas lindas que nos entram nas caixas de correio.

Example

:: enviado por RC :: 6/20/2005 01:46:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

domingo, junho 19, 2005

Este sindicato...

É correia de transmissão?

Example
FNE

:: enviado por RC :: 6/19/2005 09:49:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Este sindicato...

É correia de transmissão?

Example

:: enviado por RC :: 6/19/2005 09:43:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Fim do direito à greve

Agora os direitos das pessoas são decididos por despacho e à la carte, conforme convenha ao Governo.

Como pode todo o serviço duma instituição ser serviço mínimo?

Se tudo pode ser mínimo então acabou o direito à greve...

Quem ganha com uma guerra civil no interior do ME?

Os ministros passam e são os professores que cá ficam para apanhar os cacos e travar os "arrastinhos"...

:: enviado por RC :: 6/19/2005 09:29:00 da tarde :: 4 comentário(s) início ::

Marcelo Rebelo de Sousa

O Senhor Professor Marcelo que acumula as funções de comentador para a RTP1 (pago por todos nós), com a de emissor de pareceres e talvez outras que desconhecemos, com o biscate de professor acha mal que os senhores professores da Cova da Moura e de outros lugares idílicos façam greve face às injustiças a que estão destinados.

É preciso ter lata...

:: enviado por RC :: 6/19/2005 09:24:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Festival José Afonso

Coimbra, 16 a 24 de Junho

A Câmara Municipal de Coimbra e o Teatro Académico Gil Vicente promovem o Festival José Afonso, cujo cartaz aposta sobretudo em nomes que marcaram uma presença positiva nos palcos portugueses nos últimos 10 anos. A edição deste ano é dedicada à música celta, com actuações de grupos da Escócia, Irlanda, Espanha (Galiza e Astúrias), França (Bretanha), Canadá (Quebec) e Portugal.
Ontem foi dia de Dervish, um dos grupos mais puristas da música tradicional irlandesa. O festival vai continuar com os portugueses Realejo e os bretões Kornog (22), o grupo galego Berroguetto (23) e termina, no dia 24, com os Galandum Galundaina, de Portugal, e os Shooglenifty, da Escócia.

Leia o programa completo do festival >>>

:: enviado por JAM :: 6/19/2005 01:30:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Círculos uninominais

Em teoria tudo bem.
O eleito fica mais directamente ligado ao eleitor e acaba a possibilidade dos cabeças de lista estratégicos e só para dar o nome na certeza de um outro cargo logo a seguir.
Não é razoável que as actuais práticas de estratégia eleitoral possam ser mantidas. A cada deputado "recrutado" para o Governo deverá corresponder uma eleição intercalar no círculo por onde foi eleito. Vai pôr muita gente a pensar.

(Líder da bancada socialista quer regular as incompatibilidades e limitar a rotatividade dos deputados. Medidas para a próxima sessão legislativa )

Limitar? Terá que ser eliminada a rotatividade.

:: enviado por RC :: 6/19/2005 11:30:00 da manhã :: 2 comentário(s) início ::

Batman voltou

Quando Bob Kane criou Batman, em Maio de 1939, nas páginas do jornal Detective Comics, estava longe de imaginar que o seu justiceiro, disfarçado de morcego, se transformaria ao longo dos tempos num ícone popular. Imaginado por Kane como uma espécie de cruzamento entre Zorro e Drácula, Batman é o cavaleiro andante dos tempos modernos. Confrontado sistematicamente com inimigos monstruosos, de espírito assaz desmedido: o Joker, palhaço sádico, a Mulher-Gato, venenosa e felina, o Espantalho, cientista louco, o Duas-Caras, que enlouqueceu após ter ficado com metade do rosto desfigurado... ou seja, um belo conjunto de psicopatas.
Revisitado por inúmeros cenógrafos e desenhadores, Batman apareceu pouco a pouco como um ser perturbado e neurótico, levando uma vida dupla movimentada e tentando lutar contra as suas próprias pulsões. Esta imagem atinge o cúmulo nos anos 80 com O Regresso do Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller, uma das melhores obras de banda desenhada da era pós-moderna e, ao mesmo tempo, uma crítica à sociedade americana da era Reagan.
O personagem conhece então uma segunda juventude e, no seu cinquentenário, triunfa nos cinemas do mundo inteiro graças ao filme de Tim Burton, que criará mesmo um segundo Batman ainda mais bem conseguido, mas que dá uma visão demasiado pessoal do herói que, acima de tudo, põe em foco o seu lado associal e a monstruosidade animal dos seus inimigos. Uma overdose de efeitos pirotécnicos que transformou o universo do vingador mascarado num autêntico carnaval.
Fim do mito? Não. Como os heróis são imortais, Batman regressa ao Início, num episódio que nada tem a ver com os precedentes. Batman Begins dá início àquilo que se anuncia como uma nova trilogia e dá o novo fôlego de que o personagem precisava. As aventuras de Batman continuam.

Lets look at the trailer >>>

:: enviado por JAM :: 6/19/2005 11:24:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

sábado, junho 18, 2005

“Seguir em frente” mas para onde?

Ontem, tive oportunidade de assistir às conferências de imprensa logo após o final do Conselho Europeu de Bruxelas. Numa, Jean-Claude Juncker e Durão Barroso, com cara de enterro, falavam de “profunda crise europeia”, de “egoísmos nacionais” e dos malvados dos ingleses que não querem nem Constituição nem pagar a “Europa”. Patético.
Na outra, Tony Blair explicava porque é que a anormalidade do “desconto” britânico está ligada à anormalidade da PAC e porque é que as duas têm que ser discutidas em simultâneo. Falava do significado dos “Nãos” e da mensagem que os cidadãos europeus estão a tentar transmitir para quem os queira ouvir: a UE não está no bom caminho. Blair explicou ainda que preferiu não fazer nenhum acordo que assinar um acordo que prolongasse, pelo menos até 2013, a filosofia orçamental actual. Afirmou-se disposto a abrir mão do desconto britânico em troca de uma redefinição das prioridades da UE. Segundo Blair, alguns dirigentes europeus (só faltou citar Chirac) afirmam que o futuro da Europa está na política agrícola. A Inglaterra pensa que o futuro da Europa está na tecnologia e nos serviços de grande valor acrescentado.
Estou em desacordo com muitas políticas de Blair mas, neste ponto, não posso estar mais de acordo.
No início dos anos 90, trabalhei, em Bruxelas, numa empresa europeia de informática. Tive oportunidade de assistir, em directo, à destruição da indústria informática europeia. Em nome da “livre concorrência” (unilateral, porque os americanos faziam exactamente o contrário) e do dinheiro que não se podia desviar da absorção das montanhas de manteiga e leite que ninguém queria comprar, cortaram-se todos os investimentos em investigação. De caminho asfixiou-se a industria informática europeia. Se nos recordarmos que uma boa parte da tecnologia informática que utilizamos hoje teve origem em empresas europeias ou em europeus que entretanto emigraram para os EUA e se compararmos com os benefícios económicos que daí tiramos, podemos ter uma ideia das consequências da política seguida pela UE nos anos 90. A Comissão Europeia dessa altura tinha um rosto: Jacques Delors. Hoje é um mito do europeísmo ...

Passados mais de 10 anos, há dirigentes europeus que continuam a ter uma visão do continente rural e bucólica. A pintura é bela mas irrealista. A Agricultura europeia é importante mas os subsídios para produzir coisa nenhuma fazem falta noutro lado e não será a Agricultura que vai empregar os 20 milhões de europeus que estão sem trabalho.
Todos têm o direito de ter uma visão para a “Europa” mas, então, que o afirmem claramente. Não façam “Agendas de Lisboa” a apostar na tecnologia ao mesmo tempo que “espetam” 42,6% do orçamento na PAC. Esta discussão é urgente e não pode esperar por 2013.
No fundo, o que Tony Blair tentava explicar é que quer “seguir em frente” desde que lhe expliquem para onde. Eu também.

:: enviado por U18 Team :: 6/18/2005 06:42:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

Perguntar não ofende (8)

Estugarda fica em Itália ?

:: enviado por U18 Team :: 6/18/2005 06:31:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

O baixo nível

O nível a que chega a discussão dos problemas do país e a estratégia de diminuir e aviltar para depois submeter vem atingindo níveis preocupantes. Muitos dos funcionários públicos que agora são ofendidos em jornais e televisões são os mesmos a quem o Estado pedirá que assegurem a estabilidade, o prestígio e a autoridade do mesmo. Pena que quem pague a factura no fim sejamos todos, sem excepção. Quando os arrastões forem nas escolas e os profissionais a quem vem sendo retirada a autoridade, o prestígio e o respeito que devia preteger a todos e cada um, olharem para o lado e deixarem de intervir, então talvez o que hoje parece ser barato se torne efectivamente caro.

Quando os cidadãos pedirem o socorro dos que os protegem e esses funcionários arrastarem os pés e cumprirem única e exclusivamente na devida proporção do respeito com que são tratados, então o que parece ser barato agora sairá caro a muita gente.

Quase somos levados a pensar que a classe política, conhecedora da fama que vai tendo entre os cidadãos, tem dificuldade em suportar que outros sejam respeitados.

No fundo e no fim, tudo o que agora parece sair barato sairá muito caro no futuro.

ps.
Comentário do "povo":

"40.000 mil:

- Desocupados
- Mandriões
- Putos Mimados
- Acomodados
- Parasitas
- Retornados
- Virus Sociais

Isto de fazer Greves à Sexta e Segunda é um Must... Vão de FDS mais cedo... tal como a bela greve dos profs! em plena época de exames... se estão a "ca*ar-se" para os nossos filhos por carga de àgua vou eu importar-me com esta gentinha? "ca*o-me" de alto também... pena é não ter havido um maremoto no tejo afim de limpar a sujidade do nosso Portugal... com menos 40.000 a despesa seria reduzida drasticamente!"


:: enviado por RC :: 6/18/2005 03:59:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Manifestação hoje

Lisboa prepara-se para ser palco duma manifestação convocada pela Frente Nacional para o Martim Moniz pelas 14:00.

A argumentação assenta no habitual raciocínio de que os males do nosso país são causados pelos cidadão originários dos PALOP e é invocado o aumento da criminalidade de grupo e um video da BBC sobre os acontecimentos em Carcavelos.

A Frente Nacional interroga:
"Atingimos o limiar do ridículo e caricato de se verem polícias fardados no meio de uma praia, de shotgun na mão, separando os nossos filhos dos bandos de criminosos. Que raio de Liberdade é esta?!"

É que mesmo vindo da extrema direita a pergunta tem razão de ser.

E eu pergunto quem exerce a autoridade do Estado?
Quem é que junto das populações representa o poder sereno e firme do Estado?

:: enviado por RC :: 6/18/2005 11:57:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

A Eslováquia vai acabar com o desemprego

Os ideais consagrados no Tratado constitucional (apesar de congelado) continuam a influenciar as decisões inovadoras dos dirigentes europeus. Numa altura em que a Europa se debate como uma das suas maiores crises de desemprego, a Eslováquia teve uma ideia genial e simples como o ovo de Colombo: para habituar os seus desempregados – 13% da população activa – a uma maior mobilidade, porque não pagar-lhes para que eles procurem trabalho... lá fora? Um subsídio de “expatriação” mensal, juntamente com todas as despesas de deslocação, será brevemente pago a todos desempregados que desejem emigrar para o “eldorado” da UE da sua escolha.
Os vizinhos húngaros, polacos, checos e sobretudo austríacos estão furiosos com esta exportação do desemprego para dentro das suas fronteiras, mas o ministro do Trabalho eslovaco responde que não pretende, de maneira nenhuma, resolver o seu problema do desemprego em detrimento do dos seus vizinhos; está só a tentar estimular a mobilidade do emprego nas regiões transfronteiriças.
Subtil, não?

:: enviado por JAM :: 6/18/2005 11:09:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

Os primeiros cinquenta mil

manif

:: enviado por RC :: 6/18/2005 02:30:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

sexta-feira, junho 17, 2005

“Crimes” da alma feminina!

Quando me convidaram para escrever no Briteiros confesso que fiquei surpreendida. Logo a seguir, fiquei bastante atrapalhada. Estou habituada a escrever quase exclusivamente para fins profissionais. Escrever para suscitar nas outras pessoas vontade de ler o que me passa pela cabeça parece-me bastante mais complicado. Para agravar o mal estar, foi-me dito que faltava no Briteiros uma alma feminina. Que grande responsabilidade ! Não tenho a certeza se sou uma boa representante da alma feminina.
Depois de alguma reflexão decidi tentar e espero conseguir partilhar convosco um pouquinho da minha alma, apesar de não ser representativa da feminina ou de outra coisa qualquer.

Para começar da melhor forma e como as férias se aproximam, pensei em partilhar convosco alguns pensamentos sobre uma senhora de quem gosto muito. Nunca a encontrei e também nunca nos falámos mas escreve uns romances policiais que me merecem bastante respeito. Descobri-a através de uma crítica literária numa revista francesa sobre um dos romances que ela tinha acabado de publicar. Como sou curiosa e gosto de ler bons romances policiais, decidi comprá-lo. Intitula-se Em Busca do Pecador Perfeito (edição brasileira) e é uma edição de bolso com cerca de 600 páginas. Comecei a ler e quando já tinha lido cerca de metade apercebi-me que tinha a impressão de estar a ler 4-5 histórias que decorriam em paralelo e ainda não tinha percebido como é que se iriam interligar. Entretanto, fui lendo outros romances cuja acção se situa quase sempre no Reino Unido e com a equipa de investigação do Inspector Thomas Lynley.
O que mais me agrada nestes livros policiais é que a autora tem uma grande preocupação em descrever pormenorizadamente os locais e as gentes. O perfil psicológico das personagens é certamente fruto de grande investigação porque se adapta perfeitamente aos contornos locais e ao mesmo tempo denotam uma grande universalidade. Em todos os romances que li até agora encontrei sempre personagens que reagem exactamente como eu ou como as pessoas que conheço de forma mais íntima. O último romance que li intitula-se A Place of Hiding e a acção desenrola-se na ilha de Guernesey. Adorei a maneira particular de pôr em evidência o caracter ilhéu e quase me vi a passear nas ruas estreitas da parte velha da cidade. Penso que nas próximas férias irei visitar a ilha de Guernesey e levarei certamente para ler uma colectânea de romances policiais editados pela mesma senhora: Crime from the mind of a woman.
A senhora é americana e chama-se Elizabeth George. Alguns dos seus livros foram editados em português pela Planeta Editora.
Boa leitura e bom bronze!

:: enviado por Anónimo :: 6/17/2005 11:06:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

GREVES

"Greves
Para além das vantagens que têm sobre os trabalhadores do sector privado (segurança no emprego, remunerações, idade de reforma, cálculo da reforma, férias, baixas por doença, tempo de trabalho, etc.), os funcionários públicos têm ainda um outro "privilégio": as suas greves não prejudicam somente (nem principalmente) a entidade patronal (ou seja, o Estado), mas sim e sobretudo os utentes dos serviços públicos, isto é, a população em geral.
O que me parece, porém, da greve dos professores é que o seu evidente "oportunismo" temporal (coincidência com os exames) só pode virar contra eles a população. Com toda a justeza, aliás! Sendo este o primeiro teste à sua firmeza no que respeita às providências de disciplina das finanças públicas, o Governo, esse, não pode ceder. Em nome dos contribuintes e em nome dos utentes do sistema de ensino."


O Causa Nossa não permite comentários. Aqui o leitor é livre de exprimir a sua opinião. Comentários?

:: enviado por RC :: 6/17/2005 09:23:00 da manhã :: 3 comentário(s) início ::

Os mínimos

Os serviços mínimos querem dizer, no entender do Governo, todo o serviço que há. Logo iniciámos uma nova era de relações laborais em Portugal. Se o mínimo é tudo então estamos perante o fim do direito à greve. Chapéuzinho na mão e costas curvadas...

E era tudo tão fácil, bastava um pouco de inteligência.

O problema da prepotência é que começa por vencer os homens e no fim só lhe restam servos.

Os servos só são leais ao medo. Os servos não dizem o que pensam. Os servos só dizem sim. Os servos não criam. Os servos obedecem. Os servos não têm autoridade. Os servos são um mau exemplo.

Estamos perante um avanço drástico das forças ocultas da anarquia. Que autoridade pode ter um Estado sem mãos?

Em breve teremos os arrastões nas praias, os arrastinhos nas escolas e as arrastadelas nas ruas. Nessa altura quem teremos que diga NÃO?

:: enviado por RC :: 6/17/2005 09:11:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quinta-feira, junho 16, 2005

Convocar serviços mínimos é ilegal

Convocar serviços mínimos de professores «é ilegal»
2005/06/16 | 17:50

Porque exames não são «uma necessidade social inadiável», dizem juristas.

Docentes não são obrigados a comparecer e os que fizerem greve «não poderão ser sancionados»


A decisão do Governo de convocar serviços mínimos de professores para assegurar os exames nacionais do básico e secundário «é ilegal» porque .....>>>>>

:: enviado por RC :: 6/16/2005 08:15:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Quadratura do Círculo

Mais um serão de quarta-feira a ouvir Carlos Andrade, Jorge Coelho, Pacheco Pereira e Lobo Xavier.
Álvaro Cunhal, Eugénio de Andrade e Vasco Gonçalves estiveram no centro do debate. Lá para o fim apareceram os arrastões. Até há bem pouco tempo eram barcos de pesca que levavam tudo para dentro das redes. Agora são outra coisa. Lá vieram as ideias do costume, a autoridade do Estado, os problemas sociais e os educativos. O intelectual português tem argumentação fácil e tudo se resume a uma questão de mentalidades ou a um problema do sistema educativo. É tão fácil, não é?

A frase da noite foi: "O sistema educativo é o grande responsável deste tipo de situações."[sic]

Como agora está na moda bater-se nos professores, caí no engodo de pensar que aí estava mais um ataque.

Mas não era nada disso. Como me explicou um amigo hoje no café das seis, não se trata de um ataque à classe docente. Como o Briteiros não entra em vulgaridades aqui vai uma versão traduzida:

" o que o senhor Dr. quis dizer é que a culpa é do sistema educativo porque não deixa que os senhores professores dêem "a criação" aos meninos..."

Fiquei logo mais descansado. És cá dos nossos.

(Brita de Ouro para quem adivinhar quem foi o autor da frase)

:: enviado por RC :: 6/16/2005 07:35:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

O canalizador polaco

É o novo anfitrião do Turismo. Personagem mítica, denunciada pelos defensores do “Não” ao Tratado constitucional por ser o emblemático responsável pelo dumping social que representam os novos Estados da União Europeia, o famoso canalizador polaco tornou-se a estrela de uma campanha de promoção turística (em francês) com o objectivo de melhorar a imagem da Polónia junto dos franceses, as ovelhas negras da União.


(Clique na imagem para aceder ao site)


:: enviado por JAM :: 6/16/2005 03:15:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Breve história da PAC

No princípio era a PAC. Desde que foi criada, em 1962, a PAC sempre fez parte das políticas prioritárias da União. Hoje é atacada por todos os lados, julgada demasiado dispendiosa, mal compreendida pelos contribuintes europeus, que a financiam, e pelos agricultores que dela beneficiam. A PAC, na primeira linha do orçamento comunitário, conheceu várias crises sucessivas: a sobreprodução, as ofensivas contra o meio ambiente, o aumento da concorrência internacional.
Como é que as coisas chegaram ao actual estado?

Continue a ler a Breve história da PAC.

:: enviado por JAM :: 6/16/2005 09:53:00 da manhã :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, junho 15, 2005

Mais papista que o Papa

A chamada para o artigo de Vital Moreira nos comentários sobre o post das nomeações, avivou-me uma interrogação que arrasto há bastante tempo: como é que pessoas que até têm um ar inteligente, que têm sucesso nas suas carreiras profissionais e que, aparentemente, não ganham nada com isso, defendem, para lá da racionalidade, determinada personagem política?
Cavaco teve Vasco Graça Moura. Santana teve Luís Delgado. Sócrates vai tendo Vital Moreira (curiosamente, não me lembro de um equivalente para Guterres ou Barroso). São pessoas que perante qualquer crítica ao seu herói, mesmo que suave, saltam para a frente e defendem-no até à exaustão. A maioria das vezes, reagem até antes dos interessados e chegam ao absurdo de, quando estes se autocríticam (o que é raro mas acontece), criticarem a autocrítica.
A intransigência e o fundamentalismo que demonstram na defesa dos seus ídolos deixam-me perplexo. Não há uma pinga de crítica e nada é questionável.
Não sei sequer como os classificar. Não é propriamente Yes Men porque os Yes Men dizem que sim mas não argumentam. Não é sabujice porque a sabujice pressupõe falta de inteligência e esta gente não é estúpida. Também não é bem lambe-botas que supõe interesse no acto que parece não haver. Quanto muito seguidismo, mas o seguidismo implica obediência cega e não tenho conhecimento de que sejam mandados.
Voltando ao post das nomeações, obviamente que tem de haver lugares de confiança política na Administração Pública e, logo, é normal que haja nomeações. Como também é legal a acumulação de reformas e ordenados. Assim como é inquestionável a legitimidade do Governo para aumentar impostos. Não é nada disto que está em causa. O meu problema, e porventura o de outros portugueses, é que Sócrates fez uma campanha eleitoral a prometer que faria tudo de uma forma diferente dos anteriores governos. Vê-se.
Vital Moreira vai no bom caminho para entrar na mesma galeria que Graça Moura e Luís Delgado. Continua-me a faltar a palavra que os defina mas ... por alguma razão se inventou a expressão “mais papista que o Papa”.

:: enviado por U18 Team :: 6/15/2005 09:51:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

É o dinheiro, estúpido

Acabou-se as “25 Nações soberanas, amigas e unidas”, acabou-se a “solidariedade para fazer face à mundialização”, acabou-se “a Europa unida com um objectivo comum”. Voltámos a um tema mais prosaico: o dinheiro.
Ou muito me engano ou o Conselho Europeu de amanhã e de sexta arrisca-se a ser a maior “peixeirada” a que o busto de Schuman já assistiu e só é pena que as televisões não sejam autorizadas na sala de reuniões (não haveria nenhuma Quinta das Celebridades que ganhasse em audiências a este Reality Show).
Chirac não quer ser o bombo da festa, de modo que lançou a discussão sobre o “desconto” britânico. Blair contra atacou e admite rever a sua posição se a França aceitar rever a Política Agrícola Comum (a tal que dá subsídios a quem se comprometa a não produzir nada). Sabe muitíssimo bem que Chirac não pode, politicamente, rever a PAC.
Freitas do Amaral diz que a proposta em cima da mesa é inaceitável e que as negociações serão muito difíceis. Não sei se falava a título pessoal ou como Ministro mas deve saber do que fala.
Os condóminos zangaram-se. Estão todos de acordo que é preciso fazer obras no prédio mas ninguém quer pagar. A solidariedade é muito bonita enquanto for apenas um conceito num Tratado Constitucional, quando se trata de abrir o porta-moedas a coisa complica-se.
São estes dirigentes europeus que querem “fazer avançar o processo de integração europeia”, que querem um Ministro dos Negócios Estrangeiros comum, mais poderes de decisão para a Comissão Europeia e um presidente para a UE mas que, na primeira oportunidade, discordam em tudo.
Despida dos grandes ideais, dos grandes princípios e das frases floreadas a UE fica nua e mostra o essencial do que os move a todos: é o dinheiro, estúpido.

:: enviado por U18 Team :: 6/15/2005 02:20:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::